Colaboração científica internacional nos trabalhos do ENANCIB (2010-2015)
Resumo
Trabalhos anteriores analisaram a presença de autores estrangeiros nos periódicos brasileiros das áreas de informação, entretanto não foram localizados estudos que abordassem as características da presença de autores estrangeiros nos eventos científicos brasileiros das áreas de informação, em particular no principal evento brasileiro de âmbito nacional: o Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação. O objetivo do estudo é conhecer aspectos da colaboração científica internacional da comunidade brasileira das áreas e informação, especialmente em relação à dimensão, distribuição cronológica, aos idiomas utilizados, os nomes dos autores dos trabalhos e suas instituições, bem como os países das instituições. É um estudo bibliométrico da literatura científica brasileira das áreas de informação, cujo universo são as comunicações e os pôsteres com pelo menos um autor com afiliação estrangeira, registrados nos anais do Enancib realizados de 2010 a 2015. A unidade de análise é a referência bibliográfica de trabalho de Enancib. As variáveis são: o número de trabalhos, os nomes dos autores, as instituições de afiliação dos autores, os países das instituições dos autores e os idiomas usados nos textos. A fonte de dados é a base de dados ABCDM da Universidade de Brasília, cujos dados foram disponibilizados em arquivo no formato texto e convertidos para o MS-Excel e SPSS, onde foram feitas as estatísticas, a formatação das tabelas e as figuras com os resultados. Foram extraídos da base ABCDM 1.786 registros de trabalhos publicados nos anais dos Enancib de 2010 a 2015 dos quais apenas 1.236 tinham afiliação em pelo menos um autor. O estudo mostra que a participação de autores estrangeiros nos Enancib (2010-2015) se restringe a apenas 1,5% dos trabalhos publicados, com maioria dos textos escrita em português, com participação de autores brasileiros na grande maioria dos casos, e tendo os autores espanhóis como destaque entre as autorias estrangeiras. Em relação às instituições envolvidas, destaque para as brasileiras FIOCruz, UFMG e UnB, e as estrangeiras Université de Bordeaux, Universidad Carlos III de Madrid, Universidad de Zaragoza e Universidade Eduardo Mondlane de Moçambique.