Mapas mentais e seu impacto na produção e raciocínio critico-criativos na percepção/formação de alunos e professores de uma Escola Técnica em Sergipe

Resumo

A produção científica no Brasil vem gradualmente desmistificando a crença de que a criatividade não tem papel definido e não ocupa lugar expressivo na Educação. Mas qual seria seu papel dentro do contexto educacional das TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação) e das TACs (Tecnologias de Aprendizagem e Comunicação)? De acordo com a UNESCO, a alfabetização midiática e informacional melhora o processo de ensino e aprendizagem fornecidos pelos professores a jovens cidadãos, ajudando-os a se tornarem cidadãos independentes, críticos e reflexivos e trabalhadores do conhecimento criativos e efetivos. Entre as ferramentas estimuladoras de pensamento criativo, este artigo escolhe tratar dos Mapas Mentais, uma técnica de Cartografia Cognitiva, com o objetivo de investigar se a aprendizagem de construção e uso dos mesmos comprova alguns dos resultados assinalados por seu criador Tony Buzan e por estudiosos de técnicas, ferramentas e métodos que estimulam o pensamento e produção criativos, Noller, Okada, Isaksen, Treffinger, Puccio, Murdock e Mance entre outros. A população escolhida foi um grupo de dezenove estudantes do primeiro ano de uma escola técnico-agrícola do Norte de Sergipe, objeto de um projeto do Programa de Integração da Ciência, Tecnologia e Inovação com a Educação Básica e Núcleos de CTI-EB da Universidade Tiradentes-UNIT. O artigo traz um recorte da oficina de criatividade, dividida em três módulos e apresenta a aplicação dos Mapas Mentais em cada módulo. A oficina de criatividade faz parte de um conjunto de cinco oficinas: Alfabetização Informacional, Alfabetização Midiática, Jogos na Matemática e Scratch, todas voltadas para o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes para a Literacia Informacional e Midiática. A pesquisa se enquadra na categoria de pesquisa-ação e investiga, através do depoimento dos alunos e professores que utilizaram a ferramenta enquanto discentes ou discentes, as percepções dos Mapas Mentais como uma técnica produtora de criatividade e melhoria do raciocínio crítico criativo. A percepção dos alunos e de quatro professores que utilizaram a ferramenta em sua pratica docente foi obtida através do uso de questionários auto-preenchidos, com perguntas abertas e fechadas. Os resultados obtidos confirmam que o ensino e aprendizagem dos Mapas Mentais produzem resultados positivos em relação à facilitação de planejamento, capacidade de organização, expressão criativa, trabalho colaborativo, planejamento, desenvolvem habilidades inter-relacionais e atuam em seu processo de construção como um instrumento que produz reflexão na ação.