POR UMA INFÂNCIA CLANDESTINA: ALTERIDADE E POIESIS SUBJETIVA, COM CLARICE LISPECTOR

Resumo

O modo de existir das pessoas e de se relacionar com o outro sofreu uma mudança repentina causada pelo isolamento social, em consequência da pandemia, decorrente do vírus covid 19. Nesse contexto de quarentena, com a suspensão das aulas presenciais e, com a implantação da modalidade de ensino remoto, as crianças estão isoladas e sem contato com seus pares. Como então pensar a infância a partir da relação com o outro num tempo de pandemia, em que o distanciamento social é condição imprescindível para a preservação da vida? O presente estudo consiste numa pesquisa de doutorado em fase inicial, que objetiva problematizar a possibilidade de criação de uma poética subjetiva no encontro de crianças de 5º ano do Ensino Fundamental em duas escolas, uma da rede pública e outra da rede particular, em Rondonópolis/MT, a partir das provocações da escrita de Clarice Lispector. Subsidiada na abordagem qualitativa, a proposta do presente estudo consiste em uma pesquisa do tipo intervenção. No percurso metodológico será utilizada a cartografia que permitirá analisar as experiências de alteridade entre as infâncias e a criação de uma poética subjetiva a partir da escrita de Clarice Lispector.