MORBIMORTALIDADE HOSPITALAR DE PACIENTES ACOMETIDOS PELA COVID-19 NA SEGUNDA MACRORREGIÃO DO ESTADO DE ALAGOAS

Resumen

Introdução: Diferentemente da maioria das gripes periódicas, a taxa de mortalidade da COVID-19 tem se mostrado superior (BRASIL, 2020). Diante disso, fica evidente que essa pandemia exigiu mudanças repentinas e urgentes na atenção e cuidado dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). Dentre essas mudanças, destaca-se a necessidade de monitorar o perfil de morbimortalidade dos pacientes hospitalizados. Isso é justificado pelo fato dos pacientes com COVID-19 possuírem maior taxa de mortalidade quando possuem diagnósticos de agravos crônicos e respiratórios, o que enfatiza a importância de se investigar o perfil dos pacientes admitidos (PEREIRA et al., 2020). Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico de morbimortalidade hospitalar por COVID-19 na segunda macrorregião do estado de Alagoas. Metodologia: Trata-se de uma análise transversal retrospectiva com abordagem quantitativa. O estudo teve como base censos diários emitidos pelo hospital regional de Arapiraca e pelo hospital de campanha de Arapiraca, à secretaria municipal de saúde de Arapiraca, sede da segunda macrorregião do estado de Alagoas. A coleta de dados ocorreu no período de maio a dezembro de 2020, utilizando-se somente os meses já coletados. A partir disso, as informações foram tabuladas entre os meses de janeiro a junho de 2021 em uma planilha eletrônica registrando a evolução dos indivíduos, desde a data de entrada até a data de saída das instituições hospitalares. Assim, os dados foram analisados através do software Epi Info™ no período compreendido entre os meses de julho e agosto de 2021, realizando-se estatística descritiva básica para sistematizar os dados. Resultados: O estudo permitiu quantificar o total de 542 indivíduos admitidos nas unidades hospitalares investigadas. A verificação permitiu observar que as principais faixas etárias acometidas foram idosos e adultos com 47,60% e 43,17%, respectivamente. Ademais, no que se refere aos registros por sexo, identificou-se a predominância do sexo masculino com 54,80% dos casos. Além disso, salienta-se inúmeros registros com comorbidades associadas, dentre elas, a hipertensão arterial sistêmica (HAS) se destaca por ser auto relatada em 40,96% dos indivíduos. A seguir, diabetes, cardiopatias, obesidade, doenças respiratórias, doença renal e câncer são as mais frequentes, nessa respectiva ordem. Os fatores de risco para complicações de comorbidades pré-existentes, a saber, tabagismo e etilismo, são autorreferidos em 5,53% e 1,11% dos casos, na devida ordem. Já a média de dias em permanência hospitalar sugeriu o valor aproximado de 9,96 dias com um período máximo de 183 dias de hospitalização. Por fim, a evolução dos pacientes exibiu a taxa de alta com o valor aproximado de 61,25% dos casos, seguida pela taxa de óbito com 22,14% dos indivíduos. Conclusão: Em face do exposto, foi possível descrever o perfil epidemiológico de morbimortalidade hospitalar por COVID-19 na segunda macrorregião do estado de Alagoas.