ÍNDICE TORNOZELO-BRAQUIAL COMO AVALIADOR DE COMORBIDADES CARDIOVASCULARES DO DIABETES MELLITUS EM PACIENTES ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DO HOSPITAL VEREDAS, EM MACEIÓ-AL.

Autores

  • José Espínola da Silva Neto Centro Universitário Tiradentes UNIT -AL
  • Maria do Carmo Borges Teixeira Centro Universitário Tiradentes de Alagoas
  • Maria Rosa Fragoso de Melo Dias Centro Universitário Tiradentes de Alagoas

Palavras-chave:

Diabetes Mellitus, Doenças cardiovasculares, Índice Tornozelo-Braquial

Resumo

Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) apresenta-se com um dos mais importantes problemas de saúde pública do mundo, com incidência crescente pelo envelhecimento populacional, estima-se que 171 milhões de pessoas tenham a doença e que este número alcançará 366 milhões em 2030.Sabe-se que esta patologia provoca lesões nas paredes dos vasos e distúrbios de seu funcionamento, levando a um quadro de doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) acentuada e microangiopatia. O índice tornozelo-braquial (ITB) é um instrumento para avaliação do grau de acometimento vascular periférico, é um método simples, não invasivo, de baixo custo e de grande confiabilidade. Em pacientes diabéticos, o ITB pode ser um mecanismo de avaliação precoce de avaliação da existência de DAOP, tal qual de seu risco cardiovascular acarretado. Objetivo: avaliar o valor preditivo do índice do tornozelo-braquial para doenças cardiovasculares em diabéticos atendidos no Ambulatório do Hospital Veredas em Maceió-AL. Métodos: Inicialmente, tratou-se de um estudo do tipo observacional do tipo coorte prospectivo na cidade de Maceió, Alagoas. Todavia, a no contexto da pandemia, o coorte temporal foi perdido, e modificou-se a avaliação para um estudo observacional transversal. Resultados: Foi possível coletar um grupo amostral de 19 pacientes. Destes, 6 possuiam sexo masculino (31,57%) e 13 feminino (68,42%). A faixa etária variou entre 84 a 36 anos, média de 49 anos (+/- 10,5) e mediana de 54 anos. 100% dos pacientes estudados são portadores de Diabetes Mellitus do tipo 2. Sobre o tempo relativo ao diagnóstico até a data da coleta, 9 (47,36%) possuem entre 1 a 4 anos, 3 (15,78%) possuem diagnóstico prévio entre 5 a 10 anos e 7 (36,84%) destes possuem mais de 10 anos de diagnóstico. Sobre a raça, 6 (31,57%) possuem raça branca, 6 (31,57%) negra e 7 (36,84%) parda. Sobre o Índice tornozelo-Braquial, 13 (68,42%) dos estudados possuíam valores dentro da faixa considerada normal (0,9- 1,39) e porém 6 (31,57%) possuíam valores anormais (≤0,9). Não foram identificados pacientes com ITB >1,40 (ITB Aberrante). A prevalência de alteração no ITB por sexo foi maior no sexo feminino que no masculino (38,46% vs. 33,33%). Quanto ao tempo de diagnóstico do diabetes e alterações no ITB, 2 (22,22%) dos que possuíam alteração no ITB, possuíam também 1 a 4 anos de diagnóstico; 1 (33,33%) com alteração e 5 a 10 anos de diagnóstico prévio; e 3 (42,85%) com a alteração e mais de 10 anos de diagnóstico. As coletas de dados foram prejudicadas por conta da pandemia, perdendo o coorte temporal vislumbrado inicialmente. Conclusão: Mediante ao contexto já relatado o estudo foi interrompido. Ademais, ressalta-se a importância da mensuração do ITB no âmbito da consulta médica, haja vista ser um exame simples, acessível, e possível de ser realizado durante o atendimento em pacientes diabéticos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

José Espínola da Silva Neto, Centro Universitário Tiradentes UNIT -AL

Acadêmico de Medicina do Centro Universitário Tiradentes Unit AL

Referências

ARAUJO, Ana Luisa Guimarães Siqueira de et al. Frequência e fatores relacionados ao índice tornozelo-braquial aberrante em diabéticos. J. vasc. bras. [online]. 2016, vol.15, n.3, pp.176-181. Epub Oct 10, 2016. ISSN 1677-5449. http://dx.doi.org/10.1590/1677-5449.009316.

Beckman JA, Creager MA, Libby P. Diabetes and Atherosclerosis: Epidemiology, Pathophysiology and Management. JAMA. 2002;287(19):2570-81. PMid:12020339. http://dx.doi.org/10.1001/ jama.287.19.2570.

CHANG, Li-hsin et al. The Ankle Brachial Index Exhibits Better Association of Cardiovascular Prognosis Than Non–High-Density Lipoprotein Cholesterol in Type 2 Diabetes. The American Journal Of The Medical Sciences, [s.l.], v. 351, n. 5, p.492-498, maio 2016. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.amjms.2016.02.035

CHEVTCHOUK, Liliana; SILVA, Marcio Heitor Stelmo da; NASCIMENTO, Osvaldo José Moreira do. Ankle-brachial index and diabetic neuropathy: study of 225 patients. Arquivos de Neuro-psiquiatria, [s.l.], v. 75, n. 8, p.533-538, ago. 2017. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/0004-282x20170084.

Faludi AA, Izar MCO, Saraiva JFK, Chacra APM, Bianco HT, Afiune Neto A et al. Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose – 2017. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76

FERREIRA T. R. A. S. Diabetes mellitus. In: Teixeira Neto F. Nutrição Clínica. Rio de Janeiro: Guabanara Koogan, 2003. p.408-23. 24.

GABRIEL, Stefano Atique et al. Doença arterial obstrutiva periférica e índice tornozelo-braço em pacientes submetidos à angiografia coronariana. Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery, v. 22, n. 7, p. 49-59, 2007.

HENDRIKS, Eva J.e. et al. Association of High Ankle Brachial Index With Incident Cardiovascular Disease and Mortality in a High-Risk Population. Arteriosclerosis, Thrombosis, And Vascular Biology, [s.l.], v. 36, n. 2, p.412-417, fev. 2016. Ovid Technologies (Wolters Kluwer Health). http://dx.doi.org/10.1161/atvbaha.115.306657.

HIRSCH, Alan T. et al. ACC/AHA 2005 Practice Guidelines for the Management of Patients With Peripheral Arterial Disease (Lower Extremity, Renal, Mesenteric, and Abdominal Aortic). Circulation, [s.l.], v. 113, n. 11, p.463-654, 21 mar. 2006. Ovid Technologies (Wolters Kluwer Health). http://dx.doi.org/10.1161/circulationaha.106.174526.

HYUN, Suzanne et al. Ankle-brachial index, toe-brachial index, and cardiovascular mortality in persons with and without diabetes mellitus. Journal Of Vascular Surgery, [s.l.], v. 60, n. 2, p.390-395, ago. 2014. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvs.2014.02.008.

KAWAMURA, Takao. Índice Tornozelo-Braquial (ITB) determinado por esfigmomanômetros oscilométricos automáticos. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, [s.l.], v. 90, n. 5, p.322-326, maio 2008. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0066-782x2008000500003.

LIMA-COSTA, Maria Fernanda., PEIXOTO, S.V., FIRMO, J.O.A., UCHOA, E. Validade do diabetes auto-referido e seus determinantes: evidências do projeto Bambuí. Revista de Saúde Pública. São Paulo, v. 41, n. 06, ano 2007, p. 947-953, Dez./2007.

NATSUAKI, Chiharu et al. Association of borderline ankle-brachial index with mortality and the incidence of peripheral artery disease in diabetic patients. Atherosclerosis, [s.l.], v. 234, n. 2, p.360-365, jun. 2014. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.atherosclerosis.2014.03.018.

Norman PE, Davis WA, Bruce DG, Davis TM. Peripheral arterial disease and risk of cardiac death in type 2 diabetes: the Fremantle Diabetes Study. Diabetes Care. 2006;29(3):575-80. [ Links]

Resnick HE, Lindsay RS, McDermott MM, et al. Relationship of High and Low Ankle Brachial Index to All-Cause and Cardiovascular Disease Mortality: The Strong Heart Study. Circulation. 2004;109(6):733-9. PMid:14970108. http://dx.doi.org/10.1161/01. CIR.0000112642.63927.54.

SACCO, ICN et al. Avaliação das perdas sensório-motoras do pé e tornozelo decorrentes da neuropatia diabética. Revista Brasileira de Fisioterapia, v. 11, n. 1, p. 27-33, 2007.

Sales AT, Fregonezi GA, Silva AG, et al. Identification of peripheral arterial disease in diabetic patients and its association with quality of life, physical activity and body composition. J Vasc

Schaan BD, Gus E. Cardiac risk profile in diabetes mellitus and impaired fasting glucose. Rev Saúde Pública 2004;38(4):529-36. [ Links ]

Scheffel RS, Bortolanza D, Weber CS, Costa LA, Canani LH, Santos KG, et al. [Prevalence of micro and macroangiopatic chronic complications and their risk factors in the care of out patients with type 2 diabetes mellitus]. Rev Assoc Med Bras. 2004;50(3):263-7. [ Links ]

Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes: 2017-2018. São Paulo: Clannad; 2017.

Stamler J, Vaccaro O, Neaton JD, Wentworth D. Diabetes, other risk factors and 12 years cardiovascular mortality for men screened in the multiple risk factors intervention trial. Diabetes Care.1993;16(2):434-44. [ Links ]

POTIER, Louis et al. Interaction between diabetes and a high ankle–brachial index on mortality risk. European Journal Of Preventive Cardiology, [s.l.], v. 22, n. 5, p.615-621, 29 abr. 2014. SAGE Publications. http://dx.doi.org/10.1177/2047487314533621.

Williams DT, Harding KG, Price P. An evaluation of the efficacy of methods used in screening for lower-limb arterial disease in diabetes. Diabetes Care. 2005;28(9):2206-10. PMid:16123491. http://dx.doi.org/10.2337/diacare.28.9.2206.

Downloads

Publicado

2020-11-25

Como Citar

Espínola da Silva Neto, J., Borges Teixeira, M. do C., & Fragoso de Melo Dias, M. R. (2020). ÍNDICE TORNOZELO-BRAQUIAL COMO AVALIADOR DE COMORBIDADES CARDIOVASCULARES DO DIABETES MELLITUS EM PACIENTES ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DO HOSPITAL VEREDAS, EM MACEIÓ-AL. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (8). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/13956

Edição

Seção

Seminário de Iniciação Científica - PROVIC/UNIT - Ciências da Saúde e Biológicas