AVALIAÇÃO DAS RELAÇÕES DOS ÁPICES DENTÁRIOS COM O ASSOALHO DO SEIO MAXILAR E DO CANINO COM O Y INVERTIDO DE ENNIS EM DIFERENTES PADRÕES DE CRESCIMENTO VERTICAL
Palavras-chave:
Ápice dentário, Ortodontia, Tomografia Computadorizada Cone-Beam.Resumo
INTRODUÇÃO: O seio maxilar possui um íntimo relacionamento com os ápices radiculares dos dentes permanentes, podendo dificultar algumas terapias ortodônticas visto que durante o processo de movimentação dentária, o dente pode mover-se com o osso, quando ocorre equilíbrio entre aposição e reabsorção óssea, ou através deste, quando ocorre aplicação excessiva de força. Dessa forma, com o uso de forças leves, o dente que está em íntima relação com a cavidade antral não cai no seio e move-se com o osso, alterando a forma do seio maxilar. Na presença de movimentação através do seio maxilar ou em movimentos intrusivos, pode haver reabsorção radicular e alto grau de inclinação dentária.OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi avaliar se o padrão de crescimento vertical interfere na distância entre os ápices radiculares e o assoalho do seio maxilar, assim como entre o ápice do canino e a parede anterior do seio maxilar e o assoalho da cavidade nasal (Y invertido de Ennis). METODOLOGIA: Foi realizada uma análise retrospectiva por meio de tomografias computadorizadas Cone-Beam. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Centro Universitário Tiradentes, Alagoas, Brasil (CAAE: 63541316.6.0000.5641). A amostra de conveniência foi composta por 30 tomografias de indivíduos entre 18 e 36 anos, independente do gênero, realizadas no período de 2011 a 2017. As mensurações ocorreram a partir do software ImplantViewer 3, onde foi determinado a princípio os grupos de avaliação (hipodivergente, normodivergente e hiperdivergente) através do ângulo Frankfurt – mandibular (FMA), posteriormente submetendo-os as análises supracitadas no objetivo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A movimentação de dentes através do seio maxilar é um dos maiores desafios na Ortodontia, visto que a manutenção da integridade da parede sinusal requer uma compensação da aposição do novo osso, antes da reabsorção óssea sofrida. Devido ao canino possuir uma raiz longa, deve-se atentar para a relação do seu ápice radicular com o Y invertido de Ennis, principalmente frente a dilacerações ou anquilose, devido a possibilidade de impactações desse dente ou dificuldade na sua movimentação ortodôntica. Não houve diferença significativa entre os grupos avaliados quanto a distância dos ápices radiculares para o assoalho e parede anterior do seio maxilar. Em relação ao ápice do canino e o assoalho da cavidade nasal, os hipodivergentes apresentaram um menor distanciamento. CONCLUSÕES: A relação do ápice radicular com as extremidades do seio maxilar independe do padrão de crescimento vertical, todavia os pacientes hipodivergentes apresentaram maior intimidade entre o ápice do canino e o assoalho da cavidade nasal. Desta forma, é essencial maior atenção no planejamento da mecânica ortodôntica neste grupo de pacientes quando a movimentação distal do canino se faz necessária.
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Referências
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