PERFIL SOCIOEPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES ADULTOS COM DIAGNÓSTICO DE SÍFILIS EM UM CENTRO DE TESTAGEM E ACONSELHAMENTO DE IST’S EM MACEIÓ NO PERÍODO DE 2018-2019

Autores

  • Matheus Soares Baracho Ramos Centro Universitário Tiradentes

Palavras-chave:

adulto, epidemiologia, sífilis

Resumo

Introdução: A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível, com grande preocupação na saúde pública, seja pela alta transmissibilidade, seja pelos danos que pode ocasionar em recém-nascidos em sua forma congênita. A epidemiologia da sífilis adquirida, forma que pode ocorrer em homens ou mulheres não gestantes transmitida por via sexual, encontra-se em baixa produção na literatura, em parte pela centralização da atenção e recursos para a sífilis gestacional e congênita, e também pela negligência frente a epidemia em curso.

Objetivo: Traçar o perfil socioepidemiológico de pacientes diagnosticados com sífilis atendidos no CTA do Bloco I do Pam Salgadinho e no CTA Itinerante;

Material e Métodos: Realizado estudo epidemiológico descritivo de base populacional, com abordagem quantitativa mediante coleta de dados socioeconômicos e de saúde dos pacientes diagnosticados com sífilis. A Pesquisa foi autorizada pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) do Centro Universitário Tiradentes. A coleta ocorreu de setembro de 2018 a março de 2019, os critérios de inclusão abrangeram resultado de teste rápido positivo no CTA, e entrevistados maiores de 18 anos. Os critérios de exclusão abrangeram entrevistados menores de 18 anos, gestantes e resultado negativo de teste treponêmico. Foram realizadas 50 entrevistas e os dados foram organizados com o uso do Excel e Epi Info Versão sete.

Resultados: Os resultados obtidos evidenciaram igualdade de sexo na amostra sendo 50% feminino e 50% masculino, predominância de 40% na faixa etária de 31 a 50 anos ,56% na escolaridade de ensino fundamental, 48% na renda de < 1 salário e 86% em heterossexuais. Em relação ao comportamento 52% afirmaram não utilizar preservativo e 42% afirmam usar as vezes, apenas 4% afirmam sempre usar essa forma de prevenção, 58% afirmam não possuir conhecimento sobre a doença , 56% não possuem conhecimento sobre a transmissão , 80% não possuem conhecimento sobre as consequências e 32% não possuem conhecimento sobre as formas de proteção. Ao analisar diagnóstico prévio e tratamento, 28% já disseram ter tido infecção por sífilis, desses 54% não realizaram o tratamento ou realizaram de forma incompleta. Sobre as comorbidades, 28% afirmaram ter Hipertensão Arterial Sistêmica, 12% Diabetes, 4% HIV, 2% TB, 2% Hepatite B, 2% Hepatite C, 12% outras doenças e 52% não possuíam comorbidades.

Conclusão: Constatou-se assim, conhecimento populacional limitado sobre as possíveis consequências da doença, apontando para necessidade de redirecionamento da estratégia estatal em intervir abrangendo toda a população sexualmente ativa, de forma a disseminar informações sobre as manifestações clínicas e realizar busca ativa pelos pacientes na fase sintomática, de forma a promover o diagnóstico e o tratamento precoce.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BRASIL. Boletim epidemiológico: Sífilis. Brasília: Ministério da Saúde, 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 3242, de 30 de Dezembro de 2011. Dispõe sobre o fluxograma laboratorial da sífilis e a utilização de testes rápidos para triagem da sífilis em situações especiais e apresenta outras recomendações. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST/AIDS. Diretrizes para controle da sífilis congênita. Manual de bolso. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

BRASIL. Secretaria de Vigilância em Saúde. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. 8. ed. rev. Brasília: Ministério da Saúde, 2010.

HOOK, Edward W. Syphilis. The Lancet, [s.l.], v. 389, n. 10078, p.1550-1557, abr. 2017. Elsevier BV. .http://dx.doi.org/10.1016/s0140-6736(16)32411-4.

MACIEL, Rayane Bento et al. Perfil epidemiológico dos casos de sífilis na cidade de Americana (SP) de 2005 a 2015. Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção, Santa Cruz do Sul, v. 7, n. 3, ago. 2017. ISSN 2238-3360. Disponível em: . Acesso em: 27 out. 2017.

SOLOMON, M. M. et al. Syphilis Predicts HIV Incidence Among Men and Transgender Women Who Have Sex With Men in a Preexposure Prophylaxis Trial. Clinical Infectious Diseases, [s.l.], v. 59, n. 7, p.1020-1026, 13 jun. 2014. Oxford University Press (OUP). http://dx.doi.org/10.1093/cid/ciu450 .

Downloads

Publicado

2020-08-10

Como Citar

Baracho Ramos, M. S. (2020). PERFIL SOCIOEPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES ADULTOS COM DIAGNÓSTICO DE SÍFILIS EM UM CENTRO DE TESTAGEM E ACONSELHAMENTO DE IST’S EM MACEIÓ NO PERÍODO DE 2018-2019. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (7). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/12332

Edição

Seção

PROBIC E PIBIC