URETEROLITÍASE EM PACIENTES COM RIM ÚNICO: RELATO DE CASO

Autores

  • Mirna Soares Moreira
  • Natália Costa Larré
  • Matheus Soares Baracho Ramos
  • Leonardo Albuquerque da Costa
  • Carla Santos de Lima

Palavras-chave:

Nefrologia, RELATO DE CASO

Resumo

Mirna Soares Moreira1 (Autora), e-mail: mirnasmoreira@gmail.com;                              Natália Costa Larré1(Coautora), e-mail: natalia.clarre@souunit.com.br;  ;                             Matheus Soares Baracho Ramos1 (Coautor), e-mail: matheus_baracho@hotmail.com;                   Leonardo Albuquerque da Costa1 (Coautor), e-mail: leoalbucosta@gmail.com;                                   Carla Santos de Lima1 (Orientador), e-mail: carla_santosdelima@hotmail.com; 

 

Centro Universitário Tiradentes[1]/Curso/Alagoas, AL.

 

4.00.00.00-1 - Ciências da Saúde 4.1.00.00-6 – Medicina 4.01.01.00-2 – Clínica Médica 4.01.01.13-4 - Nefrologia


 

INTRODUÇÃO: Diferentemente do que ocorre nas anomalias congênitas do trato urinário superior, em que há alteração de número, nas quais a agenesia renal unilateral é comum e geralmente tem bom prognóstico, a nefrectomia pode predispor os pacientes à proteinúria, hiperfiltração, perda de massa renal e esclerose glomerular focal. O objetivo deste trabalho é relatar e discutir um caso de rim único por nefrectomia, que se agravou com o desenvolvimento de ureterolitíase. RELATO DE CASO: J.A., 68 anos, procedente de Viçosa, deu entrada no pronto atendimento com queixa de anúria há 5 dias. Relata dor lombar à direita de moderada intensidade, associada a náuseas, vômitos, fraqueza e edema de membros inferiores (MMII). Nega outros sintomas e comorbidades.  Afirma que apresentava dor lombar leve à direita há três meses, mas com diurese normal. Paciente em uso de cistostomia há 3 anos e histórico de nefrectomia à esquerda após trauma renal pérfuro-cortante há 10 anos. Ex-tabagista e ex-etilista (parou há 10 anos). Ao exame físico, paciente apresentava-se afebril, hidratado e hipocorado, com edema em MMII (++/4+); ausculta cardiorrespiratória sem alterações; abdome distendido, presença de diástase dos retos abdominais e dor à palpação em hemiabdome direito, sem sinais de visceromegalia. Exames laboratoriais evidenciaram hemoglobina: 8,2 mg/dL; hematócrito: 24%; leucócitos: 6100/mm³ (contagem diferencial normal); ureia: 103 mg/dL; creatinina: 10,3 mg/dL; eletrólitos dentro da normalidade. Tomografia de abdome sem contraste identificou rim direito único, com microcálculos de até 0,3 cm em polo inferior; além de cálculo medindo 1,4 cm em seguimento distal do ureter determinando dilatação do sistema coletor à montante. Foi realizado implante de cateter de duplo-lúmen (CDL) em veia jugular interna direita e início de terapia dialítica. Indicada ureterorrenolitotripsia a laser à direita. DISCUSSÃO: O caso apresentado mostra um paciente com quadro de ureterolitíase (cálculo de 1,4 cm próximo à junção ureterovesical) que se agrava pelo histórico de nefrectomia à esquerda há 10 anos. Fatores que influenciam o tratamento desta condição incluem tamanho do cálculo e localização no trato urinário. Para cálculos com mais de 10 mm, pela baixa probabilidade de eliminação espontânea, estão indicadas técnicas intervencionistas como a ureterorrenolitotripsia, um procedimento minimamente invasivo e que possibilita retirada de vários cálculos. Num paciente com rim único, a urgência no tratamento de um cálculo no trato urinário é maior pelo maior risco de deterioração aguda da função renal, o que já pode ser evidenciado no caso acima pelos níveis elevados de ureia e creatinina; sendo, portanto, já recomendado nessas situações a remoção ativa do cálculo. CONCLUSÃO: J.A. encontrava-se há cinco dias com anúria, sendo a dor lombar de início nos últimos três meses. Queixas como anúria, dor lombar, náuseas e edema estão entre os sintomas de ureterolitíase, confirmada após exames complementares. Terapia dialítica foi indicada e iniciada. Tamanho de cálculo e localização são alguns dos parâmetros para a indicação de ureterorrenolitotripsia. Além do tamanho de 1,4 cm na junção ureterovesical, J.A. tem histórico de nefrectomia, que torna o caráter do procedimento mais urgente, haja vista os altos níveis de ureia e creatinina.

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Referências

BAITELLO, A. L. et al. Fatores de risco para lesão renal aguda em pacientes com trauma grave e seus efeitos na mortalidade. J Bras Nefrol 2013;35(2):127-131

KORKES, F. et al. Diagnóstico e Tratamento de Litíase Ureteral. J Bras Nefrol 2009;31(1):55-61

MAZZUCCHI, E; SROUGI, M. o que há de novo no diagnóstico e tratamento da litíase urinária?. Rev Assoc Med Bras 2009; 55(6): 723-8

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Arquivos adicionais

Publicado

2020-08-10

Como Citar

Soares Moreira, M., Costa Larré, N., Soares Baracho Ramos, M., Albuquerque da Costa, L., & Santos de Lima, C. (2020). URETEROLITÍASE EM PACIENTES COM RIM ÚNICO: RELATO DE CASO. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (6). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/11143

Edição

Seção

Ciências da Saúde e Biológicas