A emergência de gêneros textuais e autorias docentesdiscentes na cibercultura

Autores

Palavras-chave:

Cibercultura, multirreferencialidade, atos de currículo, autorias coletivas, gêneros do discurso.

Resumo

Com a emergência da cibercultura, em tempos de mobilidade ubíqua, emergem tecnologias interativas, que modificam as formas de perceber e apreender o mundo, impactando e reconfigurando os tradicionais processos de comunicação, comunicação e sociabilidade, bem como a educação e a aprendizagem, de forma geral. Nesse contexto, as imagens, estáticas ou em movimento, áudios, tabelas, sons, gestos, infográficos, gráficos, mapas, fotografias, reportagens visuais, entre outras formas de comunicação, que constituem as narrativas do mundo contemporâneo, trazem, em seu bojo, a ideia de multiletramentos. Processos autorais tornam-se cada vez mais coletivos, e convidam a escola a pensar essas mudanças, a fim de atender às novas demandas da sociedade. Neste artigo, amparados no paradigma da complexidade (Morin, 1996) e nos princípios da multirreferencialidade (Ardoino, 1998), apresentamos os resultados de uma pesquisa realizada no âmbito da disciplina eletiva “Cotidianos e Currículos: uma prática social em formação”, integrante do curso de Graduação em Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, que objetivou verificar autorias docentes e discentes que se evidenciam na tessitura do conhecimento, em redes de aprendizagem online. Estratégias pedagógicas que privilegiam processos colaborativos, interativos e dialógicos, instituídas a partir de atos de currículo, e apoiadas no uso intensivo de dispositivos materiais e intelectuais, possibilitaram a emersão de pré-autorias, autorias transformadoras e autorias criativas, na reprodução textual; na transposição de gêneros do discurso; em processos interativos; e nos recursos argumentativos e linguísticos. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALVES, Nilda. Trajetórias e redes na formação de professores. Rio de Janeiro: DP&A, 1998.

ARDOÍNO, Jacques. Pesquisa multirreferencial (plural) das situações educativas e formativas. In: Barbosa, Joaquim. G. (Coord.). Multirreferencialidade nas ciências sociais e na educação. São Carlos: UFScar, 1998.

BOAVENTURA SANTOS, de Souza. Uma outra universidade possível: processos desiguais e combinados para descolonizar a universidade no mundo. Conferência. IX Seminário Internacional. As redes educativas e as tecnologias: educação e democracia – aprenderensinar para um mundo plural e igualitário. 2017.

COPE, Bill; KALANTZIS, Mary (Orgs.). Multiliteracies: literacy learning and the design of social futures. New York: Routledge, 2006.

DEMO, P. Pesquisa: princípio científico e educativo. São Paulo: Cortez, 1990.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 12ª Ed.. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.

____. Pedagogia do oprimido. 11ª Ed.. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2006.

JOSSO, Marie-Christine. Experiências de vida e formação. Natal: EDUFRN; São Paulo: Paulus, 2004.

MACEDO, Roberto Sidnei. Atos de currículo e formação: o príncipe provocado. Revista Teias. Currículos: problematização em práticas e políticas. Rio de Janeiro: UERJ, jan./abr. 2012, v. 13, nº 27, p. 67-74.

MORIN, Edgar. Introducción al pensamiento complejo. Barcelona: Gedisa, 1996.

____. Ciência com consciência. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000.

NÓVOA, Antonio. Diz-me como ensinas, dir-te-ei quem és, e vice-versa. In: Actas do

PROFMA. Porto. Lisboa: Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, 1991, pp. 1-20.

____. Prefácio. In: Josso, Marie-Christine. Experiências de vida e formação. São Paulo:

Cortez, 2004.

PINEAU, Gaston. A autoformação no decurso da vida: entre hetero e a ecoformação. In:

NÓVOA, António; FINGER, Matthias (Orgs.). O método (auto)biográfico e a formação. Lisboa: Ministério da Saúde, 1988, p. 65-77.

ROJO, Roxane. (Org.). Escola conectada: os multiletramentos e as TICS. São Paulo: Parábola, 2013.

SANTOS, Edméa O. dos. Educação on-line como campo de pesquisa-formação: potencialidades das interfaces digitais. In: Santos, Edméa; Alves, Lynn. (Orgs.). Práticas pedagógicas e tecnologias digitais. Rio de Janeiro: E-papers, 2006, p. 123-142.

____. Pesquisa-formação na cibercultura. Santo Tirso, Portugal: Whitebooks, 2014.

WALSH, Maureen. Multimodal literacy: what does it mean for classroom practice? Australian Journal of Language and Literacy, 2010, v. 33, nº 3, p. 211-239. Disponível em: , https://www.alea.edu.au/documents/item/63. Acesso em: 21 jul.2018.

Downloads

Publicado

2018-10-31

Como Citar

Amaral, M. M. do, & da Silva, A. B. (2018). A emergência de gêneros textuais e autorias docentesdiscentes na cibercultura. Simpósio Internacional De Educação E Comunicação - SIMEDUC, (9). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/simeduc/article/view/9558

Edição

Seção

GT 03 - Docência, criatividade, inovação e investigação