Entre o vimos e ouvimos: o exercício da Storytelling na formação inicial de pedagogos
Palavras-chave:
As narrativas, sons e imagens têm na contemporaneidade intensificado suas formas de comunicação, principalmente quando veiculadas pelos artefatos móveis digitais, em especial os smartphones. A hipermídia é tomada como a linguagem da cultura digital e, aoResumo
As narrativas, sons e imagens têm na contemporaneidade intensificado suas formas de comunicação, principalmente quando veiculadas pelos artefatos móveis digitais, em especial os smartphones. A hipermídia é tomada como a linguagem da cultura digital e, ao observarmos os fenômenos de construção dessas novas maneiras de expressões que emergem diariamente, nos propomos a investigar tanto as práticas pedagógicas alinhadas à inserção das tecnologias da informação e comunicação digitais em sala de aula quanto à promoção da inclusão e alfabetização digital em curso de formação inicial de professores. Partindo desse cenário, o presente trabalho, apresenta relato de experiência resultante de estratégia pedagógica desenvolvida pela disciplina Educação e Tecnologias no primeiro semestre de 2018 com acadêmicos do curso de Pedagogia da Universidade Federal do Tocantins (UFT), campus Palmas, Brasil. Objetivou-se proporcionar a elaboração de registros avaliativos no formato de “ vídeos relatos” por meio da Storytelling no intuito de empreender estudos acerca de estratégias metodológicas em práticas docentes no Ensino Superior. Adotamos como procedimentos metodológicos: a pesquisa exploratória, a produção de narrativas digitais por meio do exercício da Storytelling materializadas em pequenos vídeos e divulgados via grupo de WhatApp da disciplina e a análise dos mesmos na perspectiva da abordagem qualitativa. Nesse artigo, exibimos também a importância em propiciar situações de aprendizagens com uso de aparelhos de comunicação móveis pessoais ampliando a compreensão dos discentes acerca das potencialidades presentes nas novas linguagens midiáticas e a imprescindível intervenção nos mecanismos de formação inicial de professores. Assim, propicia-se uma verdadeira mobilização para uso das mídias digitais, alfabetização computacional dos futuros docentes como também uma real imersão ao mundo das tecnologias da informação e comunicação digital por parte da comunidade universitária, pois, sem tais perspectivas e ações, o descompasso entre sociedade da informação e mundo escolar continuará por existir nos quefazeres pedagógicos e na formação de educadores.Downloads
Referências
ALMEIDA, Maria Elizabeth B, & VALENTE, José Armando. Integração currículos e tecnologias e a produção de narrativas digitais. In: Rev. Currículo sem Fronteiras, v.12, n.3, p.57-82, set./dez.2012. Disponível em: www.curriculosemfronteiras.org/vol12iss3articles/almeida-valente.htm. Acessado em 09 de junho de 2018.
BAUER, Martin W & GASKELL, George (Orgs.). Pesquisa qualitativa com textos e som: um manual prático. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. In: Magia e Técnica: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994.
BUCKINGHAN, David. Cultura Digital, Educação Midiática e o lugar da escolarização. Educação e Realidade, Porto Alegre, v.35n.3, p-37-58, set./dez.,2010.
____________________. Media Education: literacy, learning and contemporary culture. Cambridge: Polity Press, 2008.
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede – a era da informação: economia, sociedade e cultura, v. 1, trad. Roneide Venâncio Majer. 4. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2001.
CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: artes de fazer. 5ª. ed. Petrópolis, RJ: Vozes.2012.
COSCARELLI, Carla V. Letramento Digital: aspectos sociais e possibilidades pedagógicas. 2ªed. Belo Horizonte: Ceale/ Autêntica, 2011.
CUNHA, Maria Isabel da. Conte-me agora! As narrativas como alternativas pedagógicas na pesquisa e no ensino. In: Rev. Fac. Educação, São Paulo, v.23, n1-2, jan./dez.1997. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-25551997000100010. Acessado em: 09 de junho de 2018.
FLICK, U. Introdução à pesquisa qualitativa. 3.ed.- Porto Alegre: Artmed, 2009.
JENKINS, Henry. Cultura da convergência. São Paulo: Aleph,2009.
KERCKHOVE, Derick de. A pele da cultura. Lisboa. Olho Dágua. 2009.
KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de metodologia científica- teoria da ciência e Iniciação Científica. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
LACERDA, Gilberto. Ensinar e aprender no meio virtual: rompendo paradigmas. In: Educação e Pesquisa, São Paulo, v.37, n.2, p. 307-320, mai./ago. 2011.
LANKSHEAR, Colin & Michele KNOBEL. Digital Literacies: concepts, policies and practices. NewYork: Peter Lang Publishing, 2008.
LEMOS, André. Cibercultura: tecnologia e vida social na cultura contemporânea. Porto Alegre: Sulina, 295 p., 2007.
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, ED 3ª, 1999.
___________. Inteligência Coletiva. São Paulo: Loyola, 2007.
MACHADO, Arlindo. O sujeito na tela: modos de enunciação no cinema e no ciberespaço. São Paulo: Paulus, 2007.
MAcLUHAN, Marshall. Os meios de comunicação como extensões do homem. São Paulo: Cultrix, 1973
MATTELART, Jorge. História da sociedade da informação. São Paulo: Loyola, 2002.
MILL, D; JORGE, G. Sociedades grafocêntricas digitais e educação: sobre letramento, cognição e processos de inclusão na contemporaneidade. In: MILL, D. (Org.). Escritos sobre Educação: desafios e possibilidades para ensinar e aprender com as tecnologias emergentes. São Paulo: Paulus, 2013. p. 39-71.
RÜDIGER, Francisco. (2013) As teorias da cibercultura. Porto Alegre: Sulina.
SANTAELLA, Lúcia. Comunicação ubíqua: repercussões na cultura e na educação. São Paulo: Paulus, 2013.
_____________. Linguagens líquidas na era da mobilidade. São Paulo: Paulus, 2007.
SANTOS, Edméa. Visual Storytelling e Pesquisa-Formação na cibercultura. In: Rev. Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica, Salvador, v.03, n.07, p-290-305, jan./abr.2018.
SIBILIA, Paula. O homem pós-orgânico: corpo, subjetividade e tecnologias digitais. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002.
SOARES, Magda. 2002. Novas Práticas de Leitura e Escrita: Letramento na Cibercultura. Educ. Soc., 23 (81): 143-160.
VYGOTSKY, LEV S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes,1996.