O direito da personalidade à educação, as novas tecnologias de ensino no brasil e seus reflexos para as cidades inteligentes.
Palavras-chave:
educação, cidades inteligentes, exclusão, política pública, COVID-19.Resumo
Essa pesquisa tem por objetivo analisar a influência que as novas tecnologias desempenham na educação e como se dá o acesso da população brasileira a estas. Para tanto, será apresentado um breve histórico do surgimento dos direitos da personalidade, cujo rol compreende o direito à educação, e como as cidades inteligentes dependem de políticas públicas que fomentem oportunidades para que ocorra o aprendizado. Será utilizado como referencial teórico Orlando Gomes (1966), Amartya Sem (2010) e Boa Ventura de Souza Santos (2020), relacionando seus conceitos a dados já colhidos em Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua ‐ PNAD Contínua 2018 - sobre o uso das tecnologias. Em seguida, será apresentado o conceito de cidade inteligente e será explorada a relação das pessoas com as tecnologias, seu uso e sua acessibilidade nos tempos da infecção do Covid-19. Será demonstrado que é desigual o acesso às tecnologias entre os pobres e os mais ricos e que isso configura uma grande vantagem para o desenvolvimento da formação educacional e profissional da elite, ao contrário do que acontece com os mais necessitados. Por fim, relacionar-se-á como a implementação das cidades inteligentes e a aproximação entre a administração pública e as pessoas passa obrigatoriamente pela educação e que o Estado, travestido do sistema capitalista, falha não só no ensino, mas também em oferecer condições de subsistência. Concluindo, assim, que as “smartcities”, inseridas numa população com níveis de educação tão desiguais, causam mais exclusão do que interação.