A RESIGNIFICAÇÃO DAS PRÁTICAS DE ENSINO PARA O DIÁLOGO CRÍTICO E AUTONOMIA NO AMBIENTE DIGITAL

Resumo

A comunicação, em tempos de tecnologias digitais, aproximou culturas e mesclou a linguagem por mediação, criando aparatos que possibilitaram ao sujeito o protagonismo efervescente das narrativas dialógicas em rede, nos ecossistemas virtuais. Enquanto o mundo se permitiu a interligação através de linguagens, culturas, signos, informações e conhecimento nas vias do ciberespaço, um processo de natural autonomia e protagonismo dos usuários dessas redes virtuais se desenvolvia, sob um emaranhado de experiências, sociabilidades e compartilhamentos em tempo presente. A percepção sobre a liberdade do indivíduo no espaço virtual e a sua interligação com a proposta de interferência mediadora das práticas educativas, a partir da problematização crítica resultante dos movimentos de aprendizado promovido pela ação do próprio sujeito, tornou-se uma necessidade estruturante da educação. Nessa perspectiva, o texto propõe uma abordagem sobre o papel da educação, sob o dialógico crítico e libertador freiriano como um diferencial contributivo para uma aprendizagem significativa no ambiente digital. Aplicou-se, para o alcance do seu objeto, a pesquisa qualitativa, fazendo uso do método exploratório com espeque na pesquisa bibliográfica e documental sobre os ensinamentos teóricos de Paulo Freire. A pesquisa concluiu que promover uma educação contributiva nas vias digitais para a formação de uma consciência crítica e reflexiva como prática dialógica libertadora é ressignificar a autonomia do sujeito num permanente movimento de inquietação indagadora.