AS CORES DO AFETO: para aprender, trocar e (re)existir em um lar para crianças protegidas pelo Estado
Resumo
Este projeto de extensão desenvolvido em um lar/casa para crianças que estão sob a tutela do Estado devido ao abandono das famílias, está vinculado ao projeto de pesquisa ‘Raça, classe, gênero e justiça social para um ensino de inglês democrático e de(s)colonial’. Essa é uma ação que foi pensada para ser um ato político-acadêmico, uma vez que todos(as) envolvidos(as) irão contribuir com/na instituição e com o processo de cidadania das crianças e dos adolescentes e com as subjetividades dos(as) discentes. Esta proposta pauta-se no argumento de Antunes (2009): “O que é o conhecimento, se dele as comunidades do entorno acadêmico nada aproveita?” Além disso, acreditamos também que as pesquisas de extensão possuem seu devido lugar sócio científico, quando universidade se ocupa de ser politicamente engajada, “pois, cumprir a Universidade a tarefa do Estado e da sociedade civil, não é uma questão de opção ideológica ou de voluntarismo, de fato, esta é uma imposição de sua própria historicidade” (FIUZA; NAOMAR DE ALMEIDA FILHO; JANINE, 2016).
Portanto, para que esse percurso histórico seja marcado de ações que reduzam as iniquidades da exclusão, estamos propondo uma série de práticas de ensino-aprendizagem que incluem inglês, números, pintura, palavras, ministradas por estudantes que não se conformam com a racialização e o acesso não democrático dessa commodity chamada Educação. Diante do exposto, essa atividade extensionista tem como objetivo geral mobilizar os saberes e potencialidades dos estudantes do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde da UFRB, uma vez que são discentes dos cursos de Psicologia e Enfermagem, para atuação dentro de um espaço cuja linguagem de mediação é a afetividade.