RECURSOS CINESIOTERAPÊUTICOS NA ESTIMULAÇÃO SENSÓRIO MOTORA NO CONTROLE POSTURAL DA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN: REVISÃO SISTEMÁTICA

Resumo

Introdução: O controle do equilíbrio postural está relacionado com as condições musculoesqueléticas, sinergismos musculares, representações internas, mecanismos antecipatórios e adaptativos, como também com o sistema sensório motor. Em relação ao sistema sensório motor, o processamento sensorial está associado à percepção, motricidade, cognição, maturação do sistema nervoso central (SNC) e estímulos ambientais; promovendo uma interação neurofuncional (BOTELHOS e BONFIM, 2012). Para tanto, devemos considerar os aspectos neuroanatômicos e neurofisiológicos dos sistemas visual, vestibular e somatossensorial; bem como, possíveis transtornos do processamento sensorial que podem interferir no equilíbrio funcional da criança (BLUME et.al, 2010; APOLONI et.al, 2013). As crianças com síndrome de Down (SD) apresentam uma alteração genética apresentando características clínicas típicas, incluindo hipotonia e alterações no sistema sensório motor. Com isso, é observado uma alteração no tempo de aquisição dos marcos motores, incluindo o controle do equilíbrio postural (BLUME et.al, 2010; SILVA et.al, 2013).  Objetivo: Abordar os métodos de intervenção sensório motora em relação ao equilíbrio postural de crianças com Síndrome de Down. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática nas bases de dados da MedLine, Lilacs, PEDro e SciELO, utilizando todas as possíveis combinações dos descritores: Síndrome de Down, equilíbrio postural e córtex sensório motor. Considerando como critério de inclusão artigos que abordaram a intervenção da estimulação sensório motora em crianças com SD entre 0 a12 anos, publicados na língua portuguesa e inglesa entre os anos de janeiro de 2000 a agosto de 2017. Os critérios de exclusão foram artigos de revisão literatura e artigos que abordassem a intervenção sensório motora em adultos com SD. Resultados: Foram encontrados 130 artigos, dos quais 101 na MedLine,16 na Lilacs, 7 na SciELO e 6 na PEDro. Apresentaram potencial de inclusão 14 artigos e apenas 4 corroboravam com o objetivo deste  estudo; Foram encontrados 3 estudos que abordavam atividades nas quais foram estimuladas a interpretação e integração das informações dos vários sistemas sensoriais e   1  artigo sobre a importância do equilíbrio postural para ter um domínio corporal nas crianças com SD. Conclusão: Os exercícios fisioterapêuticos abordados na intervenção de crianças com SD têm como objetivo minimizar os atrasos motores, através dos estímulos sensoriais e neuromusculares que interferem diretamente na aquisição das habilidades motoras, além de permitirem a independência de amplos movimentos até mesmo do sentar e ficar em pé, que são propostos pelo equilíbrio postural tanto estático quanto dinâmico. Embora os métodos abordados demostraram-se positivo, faz-se necessário mais estudos que comprovem quais os mais viáveis e assertivos na intervenção precoce.