HIDROCINESIOTERAPIA CORRELACIONADA COM CINESIOTERAPIA PARA TRATAMENTO DE SÍNDROME DE DOWN: REVISÃO SISTEMÁTICA

Resumo

Introdução: Considerando o conjunto de características clínicas distintas da Síndrome de Down (SD) deve ser ressaltada a presença de alterações no sistema sensório motor contribuindo para os déficits do controle motor e do equilíbrio postural. Outra característica clínica relevante é a hipotonia muscular, contribuindo para os atrasos da aquisição dos marcos motores. Sendo assim a criança com SD necessita de uma intervenção precoce e que possibilite a experiência motora de maneira diversificada. A fisioterapia aquática utiliza os princípios físicos e termodinâmicos que garantem tratamento para reabilitação neurofuncional (TOBLE, A.M., et. al, 2013). Advindos da imersão do corpo em piscina aquecida, estabelecendo a consciência corporal e reeducação muscular, promovendo estímulos para o sistema sensório-motor e adequando o tônus muscular (DIMITRIJEVIC, L. et. al., 2012), gerando força e equilíbrio (CARVALHO, D. R. et. al. 2012). O efeito da água no sistema muscular está relacionado com a pressão hidrostática e a adequação do tônus, favorecendo assim a eliminação de edemas e de lactatos, além de diminuir o impacto das articulações durante os exercícios. Objetivo: Abordar a importância da intervenção da fisioterapia aquática para as crianças com Síndrome de Down. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica nas bases de dados Lilacs, SciELO, Medline e PeDro, utilizando as palavras-chaves: Síndrome de Down, hidroterapia e crianças. Considerando como critérios de inclusão, artigos que abordassem a intervenção da fisioterapia aquática em crianças com SD publicados na língua portuguesa e inglesa, entre os anos de 1996 a 2016. Os critérios de exclusão foram artigos de revisão de literatura e de intervenção da fisioterapia aquática em adultos com SD. Após a leitura dos artigos, foi realizada uma leitura crítica de revisão bibliográfica de todo material encontrado. Resultados: Através do cruzamento das palavras-chaves, foram encontrados 3 artigos, sendo 2 no Lilacs e 1 no SciELO, não foi encontrado artigos nas bases de dados Medline e PeDro. Dos artigos encontrados, 2 abordaram estudo de caso, onde analisou o tratamento utilizando a cinesioterapia e a hidrocinesioterapia em crianças com SD e 1 estudo abordou a hidroterapia na SD utilizando os princípios mecânicos dos fluídos. Conclusão: Apesar das evidências clinicas sobre a importância da fisioterapia aquática no tratamento da criança com SD, a literatura ainda é muito escassa. Portanto, a realização de mais estudos clínicos são necessários para que possamos definir a intervenção mais assertiva para os possíveis déficits no desenvolvimento dessas crianças, colaborando para a independência funcional e favorecendo suas atividades de vida diária.