IMPORTÂNCIA DA IDENTIFICAÇÃO DE FATORES DE RISCO EM ESCOLARES PARA O DESENVOLVIMENTO DE SÍNDROMES METABÓLICAS NO ADULTO
Palavras-chave:
obesidade infantil, morbidade, sobrepesoResumo
Introdução: Os distúrbios alimentares de maior prevalência em infantes encaixam-se nos extremos da desnutrição energético-proteica e da obesidade e sobrepeso. Estes últimos, por sua vez, vinculam-se à forte mudança nos hábitos alimentares das crianças brasileiras que, atrelados a aspectos comportamentais, evidenciam a maior exposição destas a fatores de risco associados a doenças crônicas e síndromes metabólicas presentes na vida adulta. Estudar a história das principais doenças metabólicas que infligem o adulto implica na necessidade de realizar uma análise retrospectiva de possíveis fatores de risco na infância, e sua persistência durante a vida adulta. Objetivos: O presente estudo busca reconhecer, em crianças de idades entre dois e seis anos, condições como obesidade e sobrepeso, cuja associação a aspectos ambientais, na infância, aumentem a probabilidade de ocorrência de síndromes metabólicas como diabetes mellitus tipo dois e obesidade, na vida adulta. Em conseguinte, objetiva-se estabelecer propostas de impacto na redução de tais riscos e agravantes, por meio de medidas de prevenção que sejam efetivas como educação em saúde, modificação de hábitos alimentares e prática de esportes. No âmbito das referidas intervenções, abrangem-se, também, o encaminhamento para acompanhamento médico especializado e a orientação dos pais quanto ao seu papel ativo como agentes desta mudança. Metodologia: O trabalho foi desenvolvido por meio de uma avaliação antropométrica – peso e altura - das crianças e pela verificação dos seus respectivos cartões de vacina. Os dados foram colhidos durante uma atividade em saúde em uma escola na comunidade de Guaxuma, Conjunto Elias da Silva Bonfim, transcritos em tabelas individuais referentes a cada infante e organizados qualitativamente. Calculou-se também o IMC, permitindo avaliar o estado nutricional e classificar as crianças nos padrões: magreza, eutrófico, sobrepeso e obesidade, possibilitando a investigação de fatores de risco predisponentes para doenças crônicas futuras. Resultados: O estudo evidenciou maior prevalência do sobrepeso nos indivíduos avaliados - 18% - associada a maus hábitos alimentares, moradia urbana e baixo nível econômico, corroborando com a literatura a ideia de que a exposição precoce a fatores ambientais sobrepõe outros fatores etiopatogênicos no desenvolvimento de tais afecções. Conclusão: Foi possível constatar que as síndromes metabólicas, como obesidade e diabetes mellitus tipo dois, devem ser prevenidas na infância, tendo em vista que condições de risco, tais como sobrepeso e obesidade infantil, favorecem o seu desenvolvimento na vida adulta. Sendo assim, avalia-se como papel do médico da atenção básica, em conjunto com a estratégia de saúde da família (ESF), a prevenção primária destes agravos, através da promoção de transformações nos âmbitos de principal convívio da criança - na escola e em casa. É de suma importância a integração destes meios para uma abordagem biopsicossocial na diminuição de morbidades futuras.
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Referências
ELSA Brasil: maior estudo epidemiológico da América Latina. Disponível em: Acesso em 27 de Outubro de 2017.
Lamounier, J. A; Parizzi, M. R. OBESIDADE E SAÚDE PÚBLICA. Disponível em Acesso em 27 de Outubro de 2017.
Tratado de pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria. – 2.ed. – Barueri, SP: Manole, 2010.
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