MANEJO DE ACIDENTES OFÍDICOS NA EMERGÊNCIA E EVOLUÇÃO DOS CASOS EM ALAGOAS NOS ANOS DE 2010 A 2015

Autores

  • carine vilarins souza Centro Unversitoario Tiradentes

Palavras-chave:

Alagoas, animais peçonhentos, emergencia

Resumo

Introdução: Os animais peçonhentos, como serpentes, aranhas e escorpiões, apresentam glândulas produtoras de venenos que provocam danos quando entram em contato com o ser humano e outros animais. Dentre esses, os acidentes ofídicos possuem significativa importância médica devido à gravidade e frequência que ocorrem, sobretudo em países de clima tropical como o Brasil. Os gêneros de serpentes peçonhentas mais comuns em nosso país são Bothrops, Crotalus, Lachesis e Micrurus, que possuem como representantes a jararaca, cascavel, surucucu e coral, respectivamente. O veneno desses animais apresenta ação neurotóxica, miotóxica, proteolítica, nefrotóxica e coagulante, que podem provocar um envenenamento de leve à grave, a partir dos sintomas apresentados. Objetivos: Destacar a importância do tratamento de emergência adequado para recuperação do paciente picado por cobra, principalmente com relação à identificação do animal, medidas pré-hospitalares adequadas e aplicação do soro antiveneno correspondente à espécie envolvida no acidente. Assim como avaliar a incidência e evolução desses acidentes no estado de Alagoas. Metodologia: Para isso, foram analisados manuais do Ministério da Saúde sobre o manejo de acidentes ofídicos, como também foram examinados dados do DATASUS sobre esses acidentes no estado de Alagoas nos anos de 2010 a 2015. Resultados e conclusões: A identificação de uma serpente peçonhenta pode ser feita a partir da presença de fosseta loreal, dentes inoculadores, características da cauda (lisa, em chocalho ou eriçada) ou coloração em anéis pretos, brancos e vermelhos. Dentre as medidas pré-hospitalares é importante manter o local da picada elevado e estendido; não fazer a sucção do veneno e não espremer o local da picada; não fazer torniquete, pois aumenta o risco de necrose local e síndrome compartimental, já que reduz a circulação sanguínea; limpar o local com água de sabão ou com soro fisiológico; e buscar ajuda profissional adequada. No ambiente hospitalar, devem ser monitorados os sinais vitais do paciente, manter sua hidratação e diurese, se necessário administrar analgésicos para alivio da dor e deve ser aplicado o soro antiveneno específico para o animal previamente identificado. Com relação à analise de dados em Algoas, no período em questão foram registrados 1517 casos em 99 municípios alagoanos, dos quais cerca de 68% foram classificados como leve e 5% como grave. Dentre esses, 823 foram com cobras peçonhentas. A maioria dos pacientes apresentou evolução favorável, a partir de tratamento eficiente, no entanto dois óbitos foram registrados, sendo um em Campo Alegre e o outro em Taquarama.

Palavras-chave: Alagoas, animais peçonhentos, emergência.

 

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Biografia do Autor

carine vilarins souza, Centro Unversitoario Tiradentes

Academica de Medicina do Centro Universitário Tiradentes

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Publicado

2020-08-13

Como Citar

souza, carine vilarins. (2020). MANEJO DE ACIDENTES OFÍDICOS NA EMERGÊNCIA E EVOLUÇÃO DOS CASOS EM ALAGOAS NOS ANOS DE 2010 A 2015. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (5). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/8414

Edição

Seção

Ciências da Saúde e Biológicas