TRATAMENTO CIRÚRGICO DE CARCINOMA BASOCELULAR DO TIPO ESCLERODERMIFORME E RECIDIVA LINFONODAL: RELATO DE CASO.

Autores

  • DEBORA AGUIAR
  • ANA MELO
  • BRENDA MELO
  • FERNANDO FLUHR
  • MARCELLA WANDERLEY
  • ANA CAROLINA PONTES

Palavras-chave:

Carcinoma basocelular. Cirurgia. Recidiva. Prognóstico

Resumo

Introdução. O carcinoma esclerodermiforme é um dos subtipos histológicos do carcinoma basocelular de maior caráter infiltrativo e recidivante sendo responsável por cerca de 20% dos carcinomas primários e 88% dos tumores recidivantes. O tumor recidivado devido ao seu caráter infiltrativo apresenta pior prognóstico. Geralmente apresenta-se em área de cicatriz, ao seu lado ou em profundidade principalmente em região do “H” da face. Clinicamente, manifestam-se como uma placa branco-amarelada, escleroatrófica, de aspecto duro, liso, sem definição clara de bordas, podendo apresentar teleangiectasias, lembrando esclerodermia; além disso, em alguns casos, pode ocorrer ulceração da lesão. Este tumor pode apresentar-se sob outros tipos histológicos a exemplo do basoescamoso, considerado outro subtipo metatípico raro com características comuns ao carcinoma basocelular e espinocelular. Este, devido a estas características mistas, caráter infiltrativo altamente recidivante, sua raridade e pouco estudo configura-se como um desafio tratá-lo. Objetivo: Apresentar um caso clínico do subtipo esclerodermiforme do carcinoma basocelular com ênfase no tratamento. Metodologia: As informações contidas neste trabalho foram obtidas por meio de revisão do prontuário, registro dos métodos cirúrgicos, aos quais o paciente foi submetido e revisão da literatura. Foi realizado um relato de caso de um paciente jovem com carcinoma basocelular na cidade de Maceió, Alagoas. Resultados e Discussão: TMSS, sexo masculino, 17 anos, diagnosticado com carcinoma basocelular do subtipo esclerodermiforme. Submetido a parotidectomia direita estendida ao pavilhão auricular e pele com margens livres de neoplasia, com esvaziamento cervical supraomohioideo ipsilateral. Houve necessidade de remocao de conduto auditivo externo e sacrifício dos ramos superiores do nervo facial por invasão tumoral direta. Reconstruído imediatamente com retalho de avanço cervico-facial. Realizou radioterapia adjuvante com 71 GY. Aos 21 anos evoluiu com linfonodomegalia cervical nível II direito, onde a biopsia apresentou-se como carcinoma basoescamoso. Submetido a tratamento cirúrgico do pescoço em junho/17. No momento em planejamento de adjuvancia com quimioterapia e em avaliação para a viabilidade de novo tratamento radioterápico. Conclusão: Devido ao caráter infiltrativo, alta recidiva e aparência inoculada ao exame físico, o tratamento do CBC agressivo maior que 2 cm é a micrografia de Mohs, pois é a única que analisa a histologia de praticamente 100% das margens cirúrgicas do tumor e rastreia suas extensões subclínicas, sendo, dessa forma, uma das mais seguras quando a cura do paciente, tanto na prevenção de recidivas quanto na cura dessas. Quando primário, o CBC necessita, além da cirurgia, a radioterapia. O tumor recidivado e metastatico apresenta pior prognóstico, logo, precisa da quimioterapia também.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

CHINEM, V. P.; MIOR, H. A. Epidemiologia do carcinoma basocelular. Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 86, n. 2, p. 292-305, 2011.

MANTESE, S. et al. Carcinoma Basocelular – Análise de 300 casos observados em Uberlândia – MG. Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 81, n. 2, p. 136-42, 2006.

NEGRIN, D. M. L. Carcinoma Basocelular. Dermatologia Venezuelana, v. 46, p. 4-16, 2008.

Downloads

Publicado

2020-08-13

Como Citar

AGUIAR, D., MELO, A., MELO, B., FLUHR, F., WANDERLEY, M., & PONTES, A. C. (2020). TRATAMENTO CIRÚRGICO DE CARCINOMA BASOCELULAR DO TIPO ESCLERODERMIFORME E RECIDIVA LINFONODAL: RELATO DE CASO. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (5). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/8405

Edição

Seção

Ciências da Saúde e Biológicas