USO DA CPRE NA FÍSTULA BRONQUIOBILIAR

Autores

  • THAÍSA LINS MORETTI UNIT
  • Marília Ambrósio Cavalcante Leitão
  • Lauriana Medeiros de Souza Vasconcelos
  • Mariana Lages Sarmento Barbosa
  • Fernanda de Lima Loureiro
  • Daniel Pacheco da Costa

Palavras-chave:

cpre, fistulo bronquiobiliar

Resumo

Introdução: Fístula bronquiobiliar (FBB) é uma afecção rara, de alta morbidade e mortalidade, decorrente da comunicação anormal entre a árvore brônquica e a via biliar, sendo a bilioptise um sinal clínico patognomônico. Normalmente está associada a doenças hepatobiliares, mas principalmente ao trauma e complicações de cirurgias hepatobiliares. Em caso de dúvida diagnóstica ou diante de afecções hepáticas não traumáticas, exames contrastados da via biliar como colangiografia retrógrada endoscópica (CPRE) são exames considerados padrão-ouro para seu diagnóstico, podendo ainda ser usada como método terapêutico. Objetivo: Este trabalho tem o objetivo de mostrar a viabilidade da CPRE como método diagnóstico e terapêutico  Metodologia: foi realizada uma revisão integrativa de artigos científicos disponíveis nas bases de dados do Sciello, Bireme e Lilacs correspondente aos anos de 2007 a 2015. Resultado: Para a ocorrência de FBB há necessidade de associação de fator mecânico (obstrução biliar total ou parcial) e infeccioso (abscesso subfrênico ou intra-hepático). Tal fato resultará em colangite com extravasamento de bile para o espaço subfrênico e subhepático, com conseqüente infecção secundária. Através de contiguidade e por compressão diafragmática há adesão pneumodiafragmática que será responsável por pleurite e ruptura do diafragma com formação de fístula bílio-pleural, seguida de FBB. Devido à gravidade e à complexidade, associadas à baixa incidência, seu manejo é desafiador, não havendo um consenso na literatura. Sugere-se que o aumento da incidência de fístula bronquiobiliar está diretamente relacionada ao aumento da incidência de trauma hepático e das cirurgias e procedimentos invasivos para tratamento de doenças hepáticas. Esta complicação apresenta alta taxa de morbidade e mortalidade (12,2%). A raridade da FBB torna sua abordagem sistematizada casuística, o que pode causar insegurança quanto ao uso da CPRE. No Brasil, são poucas as publicações da ocorrência da fistula bílio-brônquica, por isso, torna-se necessário o estudo da sua etiologia, assim como, sua abordagem endoscópica. A CPRE é cada vez mais aplicada no manejo das FBB, principalmente devido à possibilidade de associar em um único procedimento um método diagnóstico de boa sensibilidade e uma terapia efetiva, porém, conservadora. A CPRE possibilita o estudo do sistema biliar e diagnóstico da doença primária, com a vantagem de permitir a abordagem terapêutica através da papilotomia endoscópica, com ou sem o implante de stents de via biliar. No entanto, é um procedimento invasivo com morbidade e taxa de sucesso relacionadas diretamente à experiência do endoscopista. A drenagem interna da via biliar tem se mostrado suficiente para a resolução e cicatrização de trajetos fistulosos entre via biliar, brônquios, espaço pleural e pele. Conclusão: A evolução das técnicas de endoscopia proporcionam cada vez mais o manejo conservador da doença antes tratada exclusivamente por meio cirúrgico.

 

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Publicado

2020-08-13

Como Citar

MORETTI, T. L., Leitão, M. A. C., Vasconcelos, L. M. de S., Barbosa, M. L. S., Loureiro, F. de L., & da Costa, D. P. (2020). USO DA CPRE NA FÍSTULA BRONQUIOBILIAR. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (5). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/8397

Edição

Seção

Ciências da Saúde e Biológicas