ALEITAMENTO MATERNO: QUAIS SUAS VANTAGENS E POR QUE TÃO NEGLIGENCIADO?

Resumo

Introdução: O aleitamento materno é artifício essencial tanto para promoção da saúde do lactente quanto para consolidação do vínculo efetivo entre a mãe e o bebê. Sua prática exclusiva dá-se desde o primeiro dia de vida até os seis meses, quando poderá ser associada à alimentação complementar. Para sua eficácia é importante o conhecimento pelas mães acerca dessa estratégia, como a proteção imunológica ao bebê, a afetividade entre o binômio e o fator nutricional fundamental para seu crescimento. Objetivo: Descrever a importância e vantagens do aleitamento materno, relacionando com a realidade dessa prática na população brasileira frente às condições socioeconômicas e culturais, as quais incentivam um negligenciamento das reais necessidades do bebê e influenciam para o desmame precoce. Métodos: Revisão bibliográfica nas plataformas científicas Scielo, Lilacs e Medline, utilizando-se o descritor aleitamento materno, assim como análise do Caderno de Atenção Básica do Ministério da Saúde. Resultados: A importância do aleitamento materno deve ser difundida pela população feminina, assim como para seus familiares, visto que possui inúmeras vantagens: diminuição de mortes infantis, diarreia, infecção respiratória, alergias, hipertensão, diabetes e obesidade; melhor nutrição; promoção do vínculo entre o binômio. Esses benefícios são prejudicados diante de fatores que estimulam o desmame precoce, como estruturação familiar, aspectos socioeconômicos, assistência pré e pós-natal e fatores culturais, muito difundidas na população atual. Dessa forma, perante o estilo de vida moderno, a posição social da mãe influencia significativamente nesse contexto, já que aumentou sua inserção no mercado de trabalho, expandiu-se o espectro de doenças maternas, associando-as ao uso de medicamentos, além da baixa escolaridade e tabus culturais, que diminuem o conhecimento acerca do real propósito da amamentação. Conclusão: Nota-se que o aleitamento materno, apesar de imprescindível, é negligenciado pela população brasileira, já que o índice de desmame precoce é muito elevado, por inúmeros motivos. Os fatores socioeconômicos e culturais, portanto, são de maior importância na análise dessa realidade, pois conduzem para crenças populares, falta de conhecimento efetivo e estrutura familiar deficiente. A partir disso, sabe-se que a orientação acerca do tema deve se iniciar no pré-natal, principalmente pelos profissionais de saúde, em um momento conjunto tanto com a gestante tanto com a família, posto que colaboram com o alicerce psicossocial da mulher. Fato que possui muita eficácia na diminuição dos índices de desmame precoce, pois a disseminação de conhecimento através de ações de educação em saúde estão cada vez mais em alta e conquistando índices positivos em seus objetivos.