SIMULAÇÃO DA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO ATRAVÉS DA INJEÇÃO DE CO2
Resumo
Formados há mais de 10 milhões de anos, os reservatórios petrolíferos são constituídos, basicamente, por rochas sedimentares que contém em sua composição hidrocarbonetos e água de formação. O petróleo pode ser encontrado em reservatórios dos mais variados tipos, como os carbonáticos, que possuem óleo leve e de boa qualidade, ou seja, ideal para a geração de gasolina; sua exploração, entretanto, apresenta determinadas adversidades técnico-operacionais, como a alta produção de dióxido de carbono - CO2. Devido a questões ambientais, deve-se impor limites às emissões de gases que aceleram o efeito estufa; assim, o CO2 extraído não pode ser integralmente emitido à atmosfera. Como alternativa à problemática em questão, tem-se através reinjeção do gás carbônico produzido uma excelente saída, contribuindo inclusive para combater a depleção dos reservatórios em questão. Após ser separado do gás-natural, o CO2, que possui forte atração pelo óleo, é recolocado no reservatório por meio de um poço injetor. Dentre os campos que utilizam esse método, destacam-se, sobretudo, aqueles localizados na Bacia de Santos e no Pré-Sal. O objetivo geral do presente trabalho consiste em reproduzir a produção e injeção simultânea de petróleo e gás carbônico através de experimento realizado em laboratório. Inicialmente, realizar-se-á a montagem de um pequeno reservatório, dotado de porosidade, e com volume total não superior a 3 litros. O reservatório será constituído de rochas de granulometria grossa, ou seja, de 1 a 10 milímetros, e os fluidos que preencherão os espaços porosos serão diesel e água potável, que representarão, respectivamente, o petróleo e a água de formação. Posteriormente, realizar-se-á a conexão hermética do reservatório a dois outros recipientes, que simularão os poços injetor e produtor. Para efetuar a injeção do dióxido de carbono, serão diluídas pastilhas efervescentes em água, que liberarão o gás supracitado, enviando-o ao reservatório pelo poço injetor. Dessa forma, o CO2 será dissolvido no óleo, gerando o deslocamento do mesmo no interior do reservatório e, consequentemente, a sua extração através do poço produtor. Através do experimento, será possível constatar que a reinjeção do gás no reservatório, de fato, propicia o aumento da energia necessária para ocorrer a elevação dos fluidos, bem como um melhor fator de recuperação. A determinação da quantidade de gás injetada será realizada através de cálculos estequiométricos, com base na premissa de que, para cada mol de bicarbonato de sódio (NaHCO3), será gerado um mol de CO2. Assim, através das repetições e alterações nas concentrações do experimento, será possível determinar a melhor eficiência possível para a recuperação de óleo a partir da injeção do CO2, mensurando as quantidades injetadas e recuperadas.
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Referências
THOMAS, José Eduardo (Org.). Fundamentos de Engenharia de Petróleo. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 2001.
MORAIS, José Mauro de. Petróleo em Águas Profundas: Uma história tecnológica da PETROBRAS na exploração e produção offshore. Brasília: IPEA: Petrobras, 2013.
KAMALI, Fatemeh; HUSSAIN, Furkan; CINNAR, Yildiray. A Laboratory and Numerical Simulation Study of Co-optmizing Storage and CO2 Enhanced Oil Recovery. Society of Petroleum Engineers, 2016.
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