AVALIAÇÃO E PROPOSTA DE TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO EM PACIENTES PARKINSONIANOS
Palavras-chave:
Fisioterapia, Doença de Parkinson, treinamento muscular respiratório.Resumo
RESUMO: Introdução: Durante a progressão Doença de Parkinson, os músculos respiratórios apresentam redução de força, o que pode afetar a performance ventilatória dos indivíduos acometidos por esta patologia, comprometendo a capacidade e os volumes pulmonares (GUEDES et al., 2012; BONJORNI et al., 2012). Objetivo: Avaliar a força muscular respiratória de indivíduos com doença de Parkinson e comparar os efeitos do treinamento muscular respiratório (TMR) sobre a força muscular respiratória (FMR) destes pacientes. Metodologia: Trata-se de um estudo prospectivo, transversal, realizando com 18 indivíduos com doença de Parkinson leve a moderada, sendo estes 14 do sexo masculino e 4 do sexo feminino, os quais apresentam média de idade de 64,4±9,4 anos. Os participantes foram submetidos à um ensaio clínico controlado, randomizado de amostragem aleatória, e divididos igualmente (n=6) nos três grupos: 1) Grupo Threshold® IMT (GTI); 2) Grupo Threshold® PEP (GTE) e 3) Grupo Threshold® IMT e PEP (GTIE). Primeiramente, os participantes foram submetidos a uma anamnese e a avaliação da força muscular inspiratória máxima (PImáx) e expiratória máxima (PEmáx) utilizando um manovacuômetro analógico. As medidas da PImáx e PEmáx foram realizadas segundo as orientações da ATS/ERS (2002), e os valores obtidos foram comparados com os preditos para a população brasileira por Neder et al. (1999). O treinamento foi compreendido em 12 sessões, distribuídas em 3 vezes semanais, sendo que a carga aplicada foi de: 30% da PImáx (GTI), 30% da PEmáx (GTE) e o GTIE foi. Os valores de FMR obtidos pelos três foram comparados pré e pós treinamento usando o teste estatístico ANOVA two-way mista (post-hoc de Holm-Sidak), sendo o valor de significância adotado p<0,05. Resultados: Foi observado uma redução dos valores FMR dos participantes quando comparado aos valores preditos para a população brasileira. Em relação aos valores de PImáx foi observado interação entre as condições pré e pós treino e os grupos (p<0,001), sendo que os grupos GTI e GTE foram os responsáveis por esta diferença. Já sobre os valores de PEmáx, foi observado diferença entre os valores pré e pós treino (p<0,001) e entre os grupos (p<0,001), sendo que o GTE apresentou uma melhora mais significante. Conclusão: O TMR resultou em uma melhora da força muscular inspiratória e expiratória de indivíduos com Parkinson. Contudo, esta melhora só foi evidente quando o treinamento inspiratório (GTI) e expiratório (GTE) foram realizados de maneira isolada, o que resultou em um aumento dos valores de PImáx e pelo primeiro e um aumento FMR global pelo segundo. Sendo assim, o treino combinado (GTIE) parece não ter tanto efeito sobre a melhora da FMR desta população.
Palavras-chave: Fisioterapia, Doença de Parkinson, treinamento muscular respiratório.
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Referências
American Thoracic Society/European Respiratory Society. ATS/ERS Statement on respiratory muscle testing. American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine. v 166, n 4, p:518-624, 2002
BONJORNI L., Lorenzo, J. M.; PESSOA, B. Influência da doença de Parkinson em capacidade física, função pulmonar e índice de massa magra corporal. Fisioterapia e Movimento. Curitiba, p: 727-736. 2012.
GUEDES, L. et al. Respiratory changes in Parkinson’s disease may be unrelated to dopaminergic dysfunction. Arquivo de Neuropsiquiatria. v 70. n 11. p:847-851, 2012.
Neder JA, Andreoni S, Lerario MC, Nery LE. Reference values for lung function tests. II. Maximal respiratory pressures and voluntary ventilation. Brazilian Journal of Medical and Biological Research. v 32, n 6, p:719-27, 1999.
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