ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DE ALAGOAS

Autores

  • Érico Rafael Barros de Gusmão Verçosa
  • Alesson Gabriel dos Santos
  • Martyanne de Sousa Santos
  • Maria Anilda dos Santos Araujo

Palavras-chave:

Sífilis, Congênita, Epidemiologia.

Resumo

RESUMO: Introdução: A Sífilis é uma doença causada pela bactéria, espiroqueta, Gram negativa Treponema pallidum. A transmissão vertical da Sífilis pode ocorrer por via transplacentária em qualquer período da gestação. Quando transmitida durante a gestação, a doença é conhecida como Sífilis Congênita (SC). Objetivo: Esta pesquisa teve como finalidade avaliar os dados epidemiológicos e evidenciar a incidência da SC no estado de Alagoas. Material e Método: Para a confecção do presente resumo, foram utilizados os dados epidemiológicos do Sistema de informação de agravos de notificação - SINAN, referentes à SC em um período de sete anos, compreendido entre 2007 e 2013. Resultados: No período analisado, houve 1524 casos notificados de SC, sendo desses, 716 do sexo masculino, 723 do sexo feminino e 85 não informados. Em 1014 gestações foram realizadas pré-natal, enquanto 222 não realizaram pré-natal e 288 não foram informados. Em relação à faixa etária nas quais os casos foram confirmados, 1420 foram diagnosticados até 6 dias de nascimento, 60 entre sete e 27 dias de nascimento, 35 entre 28 dias e um ano incompleto (11 meses), dois casos foram confirmados entre um ano completo e dois anos incompletos (23 meses), um na faixa etária de dois a quatro anos, e seis casos entre cinco e 12 anos. Houve 45 óbitos decorrentes de SC entre a população estudada, 12 óbitos por demais causas, 1237 permanecem vivos e 71 não foram informados. Em relação à incidência de casos por ano no período analisado, foram notificados 49 casos em 2007, 198 em 2008, 196 em 2009, 2017 em 2010, 318 em 2011, 355 em 2012, 190 em 2013 e em um caso, não foi informado o ano de ocorrência. Houve uma média de 217,7 casos por ano. Nota-se, ao analisar os dados do SINAN em relação à ocorrência de SC em Alagoas, uma ausência de informações. Em 5,58% dos casos, não consta o gênero do paciente. 18,9% (288) dos casos não constam se o pré-natal foi ou não realizado. A evolução do paciente não consta em 4,66% dos casos. 0.07% (um) dos casos não informa o ano de confirmação da doença. No ano de 2008, houve um aumento de 404,1% no número de casos, em relação ao ano de 2007. O Ano de 2013 teve o menor índice de casos do período. Conclusão: Com o auxílio dos dados analisados, evidencia-se o crescente aumento na incidência de SC em Alagoas e a necessidade do presente estudo epidemiológico para a conscientização sobre esse aumento, visando à conscientização sobre a importância na prevenção contra a SC, objetivando a redução do número de casos futuros.

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Referências

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MINISTÉRIO DA SAÚDE, Sífilis Congênita - CASOS CONFIRMADOS NOTIFICADOS NO SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO - ALAGOAS. Disponível em <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sinannet/cnv/esquistoal.def>. Acesso em 20 de Outubro de 2017.

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Publicado

2020-08-13

Como Citar

Barros de Gusmão Verçosa, Érico R., dos Santos, A. G., de Sousa Santos, M., & dos Santos Araujo, M. A. (2020). ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DE ALAGOAS. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (5). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/8358

Edição

Seção

Ciências da Saúde e Biológicas