CARACTERIZAÇÃO DAS PRÁTICAS DE MORTES VIOLENTAS EM ALAGOAS – 2012/2014

Autores

  • Joane Marcelle de Oliveira e Silva Centro Universitário Tiradentes
  • Thayná Lobato Vieira UNIT/AL
  • Luiz Felipe UNIT/AL

Palavras-chave:

homicídio, latrocínio, lesão corporal seguida de morte.

Resumo

O problema da violência faz parte dos noticiários e quanto mais cruel a prática delituosa perpetrada nas modalidades de lesões corporais seguidas de morte, dos homicídios e dos latrocínios, mais repercussão é produzida no imaginário popular. As falas de gestores reproduzem um discurso de conformação transferindo para a sociedade a culpa pela superlotação dos presídios e constantemente a questão da violência é mitigada entre causa e consequência num emaranhado que dificulta a adoção de qualquer política pública. Neste cenário, caracterizar as mortes violentas em Alagoas constitui-se como fonte capaz de permitir uma análise para melhor compreensão do aumento das taxas de homicídios no estado. Dessa forma, os objetivos da presente pesquisa consistem em analisar a caracterização das práticas de mortes violentas (delitos de homicídio, lesão corporal seguida de morte e latrocínio) em Alagoas no período 2012/2014 para identificar o perfil do autor que praticou morte violenta; os tipos de vínculo do autor com a vítima; tempo de duração da prisão/pena, em relação ao crime dos indivíduos da amostra; locais onde os crimes foram cometidos e relacioná-los com dados de equipamentos do estado de prestação de serviços públicos, como escolas, creches, postos de saúde, praças e outros fatores que contribuem para o aumento das taxas de crimes de morte violenta no estado de Alagoas. Através de uma abordagem quanti-qualitativa o estudo se desenvolve através de uma verificação exploratória, de pesquisas bibliográficas e dados oficiais, bem como com o levantamento de dados secundários. No que diz respeito à análise qualitativa essa pretende correlacionar as causas e motivações dos crimes, utilizando-se das técnicas de investigação exploratória e de investigação analítica, pois além de valorar a quantidade busca-se indicar a qualidade desses fenômenos. Em sequência, tem se realizado uma triangulação dos métodos, técnicas para composição dos dados obtidos até o momento. Diante dos resultados preliminares, obtidos nos 6 primeiros meses iniciais da pesquisa, a partir dos dados fornecidos pela Delegacia Geral do Estado de Alagoas, verificou-se um total de 78 mortes violentas na capital alagoana. Sendo assim, foi possível identificar os bairros da cidade de Maceió onde mais ocorreram mortes violentas. Desses óbitos, percebeu-se a predominância de três bairros: Jacintinho, com 14 mortes, Benedito Bentes, com 6 mortes, e Farol, com 5 mortes. Vale expor, também, que 19 desse valor total, configuram como “null” o que significa, nos termos do órgão supracitado, sem identificação. Ainda no que tange ao sexo do autor do delito, informa que dos 78 casos, apenas 6 tem como agentes mulheres contra 72 homens.

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Publicado

2020-08-13

Como Citar

de Oliveira e Silva, J. M., Vieira, T. L., & Felipe, L. (2020). CARACTERIZAÇÃO DAS PRÁTICAS DE MORTES VIOLENTAS EM ALAGOAS – 2012/2014. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (5). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/8336

Edição

Seção

PROBIC E PIBIC