ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA INCIDÊNCIA DE ESQUISTOSSOMOSE NO ESTADO DE ALAGOAS

Autores

  • Alesson Gabriel dos Santos Centro Universitário Tiradentes
  • Érico Rafael Barros de Gusmão Verçosa Centro Universitário Tiradentes
  • Martyanne de Sousa Santos Centro Universitário Tiradentes
  • Maria Anilda dos Santos Araújo Centro Universitário Tiradentes

Palavras-chave:

Esquistossomose, Epidemiologia, Alagoas.

Resumo

Introdução: A Esquistossomose Mansônica (EM) é uma enfermidade parasitária ocasionada pelo helminto Schistosoma mansoni e caracteriza-se como grave problema de Saúde Pública no Brasil, com aproximadamente 1,5 milhões de pessoas vivendo em áreas de risco de contrair a doença. Em estudos recentes, feitos no estado de Alagoas, demonstrou-se uma média de 66,33 casos/ano, apresentando um padrão epidemiológico associado a fatores socioeconômicos, demográficos e ambientais. Objetivo: Esta pesquisa teve como objetivo, avaliar os dados epidemiológicos e evidenciar a incidência da esquistossomose mansônica no estado de Alagoas. Metodologia: Para realização deste resumo, foram utilizados dados epidemiológicos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN, referentes à EM um período de nove anos, compreendido entre 2007 e 2015. Resultados: Durante o período analisado, houve 598 casos notificados de EM, sendo desses, 339 do sexo masculino e 259 do sexo feminino. Em relação à faixa etária, em indivíduos menores de um ano, ocorreram sete casos confirmados. Entre um e 19 anos, ocorreram 163 casos. Na faixa etária de 20 a 39 anos, 248 casos. Entre 40 e 59 anos, ocorreram 121 casos. Entre 60 e 80 anos, ocorreram 59 casos. O maior número de notificações ocorreu na cidade de Maceió, contabilizando 117 casos, seguido do município de Arapiraca, com 79 casos; Penedo, 63; São Miguel dos Campos, 61; Batalha, 60 e Traipu, 30. De todos os 598 casos notificados, em 281 não foi informada a evolução do paciente, 212 pacientes foram curados, 93 não curados, 9 pacientes vieram a óbito por EM e 3 óbitos por outras causas. Observa-se ao analisar os dados do relacionados às ocorrências de EM no estado de Alagoas, que em relação ao gênero, há um maior número de casos em homens, com aproximadamente 56,78% dos casos, enquanto em mulheres, a prevalência da EM é de 43,38%. O município com maior ocorrência de casos foi Maceió, com 28,53%, seguido de Arapiraca, com 19,26%; Penedo, 15,36%; São Miguel dos Campos, 14,87% dos casos e Batalha, 14,63%. A cidade com menor número de ocorrências foi Traipu, com 7,31%. Em 46,52% dos casos, o município não foi informado. Quanto à evolução da doença, em 35,09% dos pacientes houve cura; 15,39% não foram curados; 1,46% dos pacientes foram a óbito por EM e somente 0,49% foram a óbito por outras causas. Conclusão: De acordo com os dados analisados, conclui-se que em 2007 ocorreu o maior número de casos no período analisado, um total de 172 casos naquele ano. Em 2015 houve uma significativa diminuição de ocorrências, chegando a somente 24 casos. Faz-se necessário salientar sobre a importância do trabalho da vigilância epidemiológica no Estado de Alagoas, objetivando a redução de casos de EM através da conscientização da população e ações em áreas endêmicas.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ANDRADE, Z. A. A esquistossomose no Brasil após quase um século de pesquisas. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 35, n. 1, p. 509-513, 2002

BARBOSA, C. S.; BARBOSA, F. S. Padrão epidemiológico da esquistossomose em comunidade de pequenos produtores rurais de Pernambuco, Brasil. Cad. Saúde Pública, v. 14, n. 1, p. 129 – 137, 1998.

CADIM, L.L. CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS DE RISCO PARA A ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA NO MUNICÍPIO LAURO DE FREITAS, BAHIA. SALVADOR, 2010.

Ministério da Saúde, ESQUISTOSSOMOSE - CASOS CONFIRMADOS NOTIFICADOS NO SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO - ALAGOAS. Disponível em <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sinannet/cnv/esquistoal.def>. Acesso em 20 de outubro de 2017.

Downloads

Publicado

2020-08-13

Como Citar

dos Santos, A. G., Barros de Gusmão Verçosa, Érico R., de Sousa Santos, M., & dos Santos Araújo, M. A. (2020). ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA INCIDÊNCIA DE ESQUISTOSSOMOSE NO ESTADO DE ALAGOAS. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (5). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/8325

Edição

Seção

Ciências da Saúde e Biológicas