ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA INCIDÊNCIA DE ESQUISTOSSOMOSE NO ESTADO DE ALAGOAS
Palavras-chave:
Esquistossomose, Epidemiologia, Alagoas.Resumo
Introdução: A Esquistossomose Mansônica (EM) é uma enfermidade parasitária ocasionada pelo helminto Schistosoma mansoni e caracteriza-se como grave problema de Saúde Pública no Brasil, com aproximadamente 1,5 milhões de pessoas vivendo em áreas de risco de contrair a doença. Em estudos recentes, feitos no estado de Alagoas, demonstrou-se uma média de 66,33 casos/ano, apresentando um padrão epidemiológico associado a fatores socioeconômicos, demográficos e ambientais. Objetivo: Esta pesquisa teve como objetivo, avaliar os dados epidemiológicos e evidenciar a incidência da esquistossomose mansônica no estado de Alagoas. Metodologia: Para realização deste resumo, foram utilizados dados epidemiológicos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN, referentes à EM um período de nove anos, compreendido entre 2007 e 2015. Resultados: Durante o período analisado, houve 598 casos notificados de EM, sendo desses, 339 do sexo masculino e 259 do sexo feminino. Em relação à faixa etária, em indivíduos menores de um ano, ocorreram sete casos confirmados. Entre um e 19 anos, ocorreram 163 casos. Na faixa etária de 20 a 39 anos, 248 casos. Entre 40 e 59 anos, ocorreram 121 casos. Entre 60 e 80 anos, ocorreram 59 casos. O maior número de notificações ocorreu na cidade de Maceió, contabilizando 117 casos, seguido do município de Arapiraca, com 79 casos; Penedo, 63; São Miguel dos Campos, 61; Batalha, 60 e Traipu, 30. De todos os 598 casos notificados, em 281 não foi informada a evolução do paciente, 212 pacientes foram curados, 93 não curados, 9 pacientes vieram a óbito por EM e 3 óbitos por outras causas. Observa-se ao analisar os dados do relacionados às ocorrências de EM no estado de Alagoas, que em relação ao gênero, há um maior número de casos em homens, com aproximadamente 56,78% dos casos, enquanto em mulheres, a prevalência da EM é de 43,38%. O município com maior ocorrência de casos foi Maceió, com 28,53%, seguido de Arapiraca, com 19,26%; Penedo, 15,36%; São Miguel dos Campos, 14,87% dos casos e Batalha, 14,63%. A cidade com menor número de ocorrências foi Traipu, com 7,31%. Em 46,52% dos casos, o município não foi informado. Quanto à evolução da doença, em 35,09% dos pacientes houve cura; 15,39% não foram curados; 1,46% dos pacientes foram a óbito por EM e somente 0,49% foram a óbito por outras causas. Conclusão: De acordo com os dados analisados, conclui-se que em 2007 ocorreu o maior número de casos no período analisado, um total de 172 casos naquele ano. Em 2015 houve uma significativa diminuição de ocorrências, chegando a somente 24 casos. Faz-se necessário salientar sobre a importância do trabalho da vigilância epidemiológica no Estado de Alagoas, objetivando a redução de casos de EM através da conscientização da população e ações em áreas endêmicas.
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Referências
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