CORRELAÇÃO ENTRE QUADRO DOLOROSO E CARGA HORÁRIA DE TREINO EM BAILARINOS NA CIDADE DE MACEIÓ-AL.

Autores

  • Laura Marcelly Moraes de Azevedo Centro Universitário Tiradentes - UNIT/AL
  • Júlio Cesar Neri da Silva Neri Silva
  • Ranielle de Mendonça Rocha Mendonça Rocha
  • Cesário da Silva Souza Silva Cesário

Palavras-chave:

balé, dor, qualidade de vida.

Resumo

Introdução: O balé é considerado uma atividade artística de expressão corporal, onde a leveza e a fisionomia dos dançarinos não permitem associa-los a quadros dolorosos, o que torna as lesões nesta população algo pouco estudado (GREGO; MONTEIRO, 2003).  Por ser uma atividade de alta complexidade e exigência, a biomecânica destes atletas pode ser demudada, provocando um desequilíbrio muscular e quadros de disfunções (AQUINO et al., 2010). As condições musculoesqueléticas são as causas mais comuns de dores severas de longa duração e de incapacidade física (SÁ K et al., 2009). A dor pode ser definida como uma experiência sensitiva desagradável, subjetiva e pessoal, além de ser um sintoma difícil de ser qualificado, estando sujeito a variantes como cultura, fator psicológico e sensibilidade (SOUZA; 2013). A experiência dolorosa no esporte e na dança tem sido objeto de crescentes pesquisas nos últimos anos. Assim como os profissionais do esporte, os bailarinos apresentam dor e limiar de tolerância à dor elevados (TAJET-FOXELL; ROSE, 2002). Objetivo: O objetivo desse estudo é relacionar a dor de origem musculoesqueléticas com a carga horária de treino semanal em bailarinos das escolas especializadas em dança na cidade de Maceió. Metodologia: Foi realizado um levantamento de dados nas escolas de balé de Maceió, por meio da Escala Visual Analógica da Dor (EVA), com alunos a partir de 12 anos, que estivessem devidamente matriculados e assinassem o TCLE. As escolas participantes são: Jeane Rocha Academia de Dança, Ballet Emília Vasconscelos, Manu Ducoulombier, Ballet Eliane Cavalcanti. Resultados: Foram coletadas informações de 19 bailarinos matriculados na Jeane Rocha Academia de Dança, destes, dois (2) apresentaram um quadro doloroso avaliado em oito (8), três (3) apresentaram nível sete (7), cinco (5) apontaram um grau de dor seis (6), cinco (5) afirmaram sentir uma dor nível cinco (5), três (3) sentem nível quatro (4) e um (1) apresentou dor grau três (3). 37% dos bailarinos apresentaram uma carga horária semanal de duas a três horas, enquanto outros 37% de quatro a cinco horas. Ainda 16% treinam de 35 a 40 horas semanais, e 10% entre nove e onze horas. A análise de dados apontou que não existe relação direta com a intensidade do quadro álgico e a quantidade de carga horária de treino semanal dessa população específica. Conclusão: O estudo dos dados apontou um índice de dor alto nos bailarinos que independe da carga horária de treino semanal, levantando a hipótese da relação da dor com outros fatores e da interferência deste quadro álgico na performance destes atletas e em sua qualidade de vida, suposições que precisam de um estudo abrangente para confirmar.

 

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Referências

GREGO, L. G.; MONTEIRO, H. L. As lesões na dança: conceitos, sintomas, causa situacional e tratamento. Motriz, Rio Claro, v.9, n.2, p. 63 - 71, abr./ago. 2003

AQUINO, C. F.; CARDOSO, V. A.; MACHADO, N. C.; FRANKLIN, J. S.; AUGUSTO, V. G. Análise da relação entre dor lombar e desequilíbrio de força muscular em bailarinas. Fisioter. Mov., Curitiba, v. 23, n. 3, p. 399-408, jul./set. 2010

SÁ K et al. Prevalência de dor crônica e fatores associados na população de Salvador, Bahia. Rev Saúde Pública.43(4):622-30, 2009

SOUZA, C. S. Epidemiologia da Dor Crônica Musculoesquelética no Município de Ribeirão Preto – SP. Programa de Pós-graduação Reabilitação e Desempenho Funcional. – USP, 2013.

Tajet-Foxell B, Rose FD. Pain and pain tolerance in professional ballet dancers. Br J Sports Med. 2002;29(1):31-4.

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Publicado

2020-08-13

Como Citar

Azevedo, L. M. M. de, Silva, J. C. N. da S. N., Rocha, R. de M. R. M., & Cesário, C. da S. S. S. (2020). CORRELAÇÃO ENTRE QUADRO DOLOROSO E CARGA HORÁRIA DE TREINO EM BAILARINOS NA CIDADE DE MACEIÓ-AL. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (5). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/8315

Edição

Seção

PROBIC E PIBIC