AUMENTO DE SOBREVIDA EM CARCINOMA ANAPLÁSICO TIREOIDIANO – RELATO DE CASO
Palavras-chave:
Injúria tireoidiana. Carcinoma anaplásico. Prognóstico.Resumo
Introdução: Carcinoma anaplásico da tireóide representa a forma mais agressiva das neoplasias epiteliais da tireoide, sendo um dos mais letais dos tumores humanos. Apesar de constituir menos de 5% dos achados malignos da tireóide, é responsável por mais da metade das mortes provocadas por carcinomas da glândula com uma taxa de mortalidade acima de 90% e sobrevida média de seis meses após o diagnóstico. A estratificação do estágio TNM considerava até 2017, qualquer tipo de tumor anaplásico da tireóide como estágio IV, o estadiamento de pior prognóstico possível. Entretanto, com as mudanças de classificação, estão considerados tumores anaplásicos de pior prognóstico aqueles associados com o paciente em idade maior que 55 anos, comprometimento de linfonodos, extensão extratireoidiana para fáscia pré-vertebral, encarceramento de vasos maiores e metástase à distância. Objetivo: Descrever um relato de caso de paciente com sobrevida maior que a esperada para seu diagnóstico. Metodologia: As informações contidas neste trabalho foram obtidas por meio de revisão do prontuário, registro dos métodos cirúrgicos, aos quais a paciente foi submetida e revisão da literatura. Resultados: Paciente feminina, 74 anos, com presença de nódulos na tireoide e, punção por agulha fina inconclusiva. Ao exame físico não apresentava disfagia, disfonia ou dispneia, entretanto, na palpação detectou-se uma massa cervical pétrea de crescimento rápido no últimos mês. Realizou-se a tomografia, servindo de base no planejamento pré-operatório, que mostrou uma formação expansiva sólida heterogênea, junto à cartilagem tireóide à direita, indissociável do terço superior do lobo direito da tireóide, medindo cerca de 4,8 x 5,5 x 3,3 cm com invasão do compartimento vascular. A cirurgia foi feita com a indicação de tireoidectomia total, mas mostrou-se irressecável por invasão de estruturas adjacentes. O resultado da biópsia foi de carcinoma anaplásico. Iniciou-se a quimioterapia paliativa com posterior necessidade de gastrostomia e traqueostomia (2 meses após tratamento clinico) e radioterapia externa cerca de 10 meses após diagnostico. Todavia, a paciente manteve bom estado geral, em casa, com boa qualidade de vida. Após um ano do resultado da biópsia, a paciente evoluiu para o óbito, em contraste com a maioria dos casos de semelhante onde a sobrevida é de 3 a 6 meses após o diagnóstico. Conclusão: Os tumores anaplásicos mostram características agressivas e potencialmente invasoras, portanto a cirurgia de ressecção deve ser realizada de forma precoce, antes que este atinja estruturas nobres. O advento das novas terapias quimioterápicas vem se provando cada vez mais efetivas no aumento da sobrevida e qualidade de vida dos pacientes, sobretudo em casos nos quais os tumores são intratáveis cirurgicamente.
Palavras-chave: Injúria tireoidiana. Carcinoma anaplásico. Prognóstico.
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Referências
Referências:
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