OBESIDADE E GORDURA VISCERAL COMO CAUSAS DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Autores

  • Julio Antonio Moura Centro Universitário Tiradentes - UNIT-AL

Palavras-chave:

Obesidade, Gordura Visceral, Acidente Vascular Cerebral.

Resumo

Introdução: Antigamente a gordura exercia um papel fundamental na proteção do frio e contra choques mecânicos, mas com a invenção da roupa ao longo dos anos ele foi perdendo sua função. Nos mamíferos existem dois tipos de tecido adiposo: O Tecido Adiposo Branco (TAB) e o Tecido adiposo Marrom (TAM). Destes, principalmente o tecido TAB como gordura visceral entre os órgãos abdominais por exemplo, é mais perigosa, pois segundo estudos ela está relacionada com diversas doenças, como diabetes tipo II, hipertensão e acidentes vascular cerebral. Objetivo: Analisar a relação entre obesidade, gordura abdominal no desenvolvimento de acidente vascular cerebral. Metodologia: Pesquisa bibliográfica através de periódicos e documentos eletrônicos encontrados em sites especializados como Scielo, pubmed, NCBI, Biomed central e dados da OMS/WHO. Resultados e Discussão: A obesidade é um dos fatores etiológicos no aumento da pressão arterial (PA). Dados da ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), apontam que mais de 50% da população está acima do peso, ou seja, na faixa de sobrepeso e obesidade. Um mecanismo de medidas bastante utilizado para caracterizar a obesidade é o IMC (Índice de massa corporal), contudo este é considerado impreciso, pois o mesmo não quantifica a adiposidade corporal total e nem dá informações sobre a distribuição regional de gordura. Assim, um bom e simples marcador de acúmulo de gordura abdominal é a circunferência abdominal (CA), pois mesma mostra uma melhor correlação do risco de doenças com o acumulo de gordura abdominal. De acordo com a OMS, os riscos de complicações metabólicas são aumentados quando a CA é superior a 94 cm para homens e 80 cm para mulheres, progredindo para risco muito aumentado quando maior que 102 cm (homens) e 88 cm (mulheres). (Lean 1995; Han 1995; WHO 2000). A gordura abdominal tem uma estreita relação com o acidente vascular cerebral, independente do IMC. As células do tecido adiposo são responsáveis por produzir substâncias que atuam em diversos sistemas fisiológicos e nele mesmo, como a leptina, adiponectina e resistina. Essas substâncias sinalizam para o cérebro regular a ingestão de alimentos e o gasto energético. A leptina, uma das principais substâncias secretadas pelo tecido adiposo branco, participa ativamente da regulação do metabolismo energético organismo. Sua produção está intimamente ligada com a produção de outras substâncias como a insulina, glicocorticóides e as citocinas pró-inflamatórias.  Conclusão: É possível concluir que perda de peso está associada com melhorias significativas em níveis de lipídios, controle glicêmico e da pressão arterial, melhorando assim a qualidade de vida do paciente.

 

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Biografia do Autor

Julio Antonio Moura, Centro Universitário Tiradentes - UNIT-AL

Graduando do 5º período de Nutrição no Centro Universitário Tiradentes. 

Referências

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Publicado

2020-08-13

Como Citar

Moura, J. A. (2020). OBESIDADE E GORDURA VISCERAL COMO CAUSAS DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (5). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/8308

Edição

Seção

Disciplinas de Práticas de Pesquisa, Práticas Extensionistas e IESC