ATUAÇÃO DA METFORMINA NO CÂNCER DE PRÓSTATA
Palavras-chave:
Metformina, Câncer de próstata, AntineoplásicoResumo
Rafhael Almeida Santos1, e-mail: rafhaelalm547@gmail.com;
Letícia Holanda Pessoa de Almeida Correia 1, e-mail: leticiahpac@gmail.com;
Augusto José Freire Tavares¹, e-mail: gutoft@hotmail.com
Ricardo Augusto de Almeida Correia2 (Orientador), e-mail: dr.rico@ig.com.br
Centro Universitário Tiradentes¹/Graduação em Medicina/Maceió, AL.
Universidade Federal de Alagoas²/Médico/Maceió, AL
INTRODUÇÃO: A Metformina é um dos antihiperglicêmicos mais antigos e mais bem estudados até hoje (SALBER et al., 2017). Esse hipoglicemiante é amplamente prescrito para as diferentes faixas socioeconômicas, no Brasil e no mundo (RAMOS et al., 2016). Recentes pesquisas têm demonstrado que a metformina atua não somente no tratamento da diabetes como também na evolução de diferentes tipos de cânceres, dentre eles o câncer de próstata (CaP). Essa atuação extra é atribuída à ativação de AMPK, um agente anticancerígeno em potencial quando está altamente ativado, e inibição do mTOR, bloqueando o crescimento do câncer (ZINGALES et al., 2017) OBJETIVO: descrever a relação atual entre a metformina e o câncer de próstata. MATERIAIS E MÉTODOS: o método de pesquisa utilizado para a realização desse trabalho se baseou na revisão de literatura, foram consultadas cinco referências em relação a atuação da metformina no câncer de próstata em bases de dados como PubMed, Frontiers, NEJM, American Diabetes Association, através dos descritores: Metformin, Cancer e Prostate. RESULTADOS: existe um debate contínuo através de metanálises e estudos sobre o uso de metformina e a prevenção e tratamento do carcinoma de próstata (ABDELGADIR et al., 2017). Apesar de não haver compreensão do mecanismo de ação da metformina em células tumorais, já é bem estabelecido o seu efeito antiproliferativo em células cancerígenas in vitro. A principal explicação para o efeito antineoplásico da metformina seria a ativação da AMPK e a inibição da mTOR, resultando no bloqueio do ciclo celular na fase G1/S (GRISS et al., 2015). Esse efeito foi demonstrado na administração de metformina isoladamente e associada com outros fármacos antineoplásicos utilizados para o tratamento do câncer de próstata. Embora a ativação da AMPK seja o principal mecanismo de ação através do qual a metformina exerce seu efeito anticancerígeno, outros mecanismos de ação antineoplásicos como aumento da expressão de REDD1, diminuição dos níveis de ciclina D1 e de proteína c-MYC foram demonstrados (ZINGALES et al., 2017). CONCLUSÃO: desempenhando um papel central como regulador metabólico e indiretamente como agente antiproliferativo e anticancerígeno, a metformina parece um candidato real adjuvante mais acessível do que outras opções terapêuticas caras para o tratamento de câncer de próstata. Embora a relação desse hipoglicemiante com o câncer de próstata tenha sido amplamente estudada, ainda não é completamente compreendida. Outros estudos são necessários, portanto, para determinar, por exemplo, qual a dose de metformina pode causar efeitos antineoplásicos no metabolismo das células cancerosas in vivo.
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Referências
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