AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE HOMENS E MULHERES COM BAIXA ESCOLARIDADE DA REGIÃO NORDESTE, NOS ANOS DE 2014 A 2016.
Palavras-chave:
Obesidade, População, SaúdeResumo
Introdução: Os hábitos alimentares estão entre os aspectos mais antigos, exercendo forte influência sobre o comportamento dos indivíduos. Nas últimasdécadas a população brasileira sofreu intensas transformações nas suas condições de vida, saúde e nutrição, e dentre as principais mudanças destacam-se a adoção de hábitos alimentares inadequados. Atualmente há uma variedade enorme de produtos alimentícios crescendo cada vez mais, estimulando assim o alto consumo de alimentos hipercalóricos, ricos em gorduras e pouco nutritivos, tais como: ultraprocessados, fast-food, entre outros. O estilo de vida atual de muitos brasileiros, caracterizado por hábitos alimentaresirregulares e sedentarismo, constitui fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas a exemplo da obesidade, que acomete todas as fases do ciclo de vida e diferentes estratos socioeconômicos. Objetivo: Avaliar a prevalência de obesidade em adultos com baixa escolaridade na região nordeste. Metodologia: Trata-se de estudo transversal com dados secundários, provenientes do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN). A amostra foi constituída de adultos de ambos os sexos, com ensino fundamental incompleto, cadastrados no SISVAN na região nordeste entre os anos de 2014 e 2017. Os dados foram tabulados em planilha do programa excel e foi aplicada análise descritiva das variáveis, mediante frequência simples.Resultados e Discussão:De acordo com os dados avaliados do SISVAN, a prevalência de obesidade entre os anos de 2014 (20,28%), 2015 (23,8%) e 2016 (24, 7%) e, obteve um aumento significativo referente a população avaliada, resultante do processo de transição nutricional.A obesidade é uma doença de etiologia multifatorial, que além da sua determinação mediante fatores genéticos, há uma importante influência dos padrões alimentares inadequados, baixo nível de escolaridade, e o baixo poder aquisitivo no aumento das prevalências deste agravo no país, uma vez que estes últimos fatores contribuem significativamente para escolha alimentar da população. Os resultados encontrados no presente estudo assemelham-se a dados encontrados em inquéritos realizados a nível nacional, a exemplo da Pesquisa sobre Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito telefônico (VIGITEL), assim como estudos locais, os quais evidenciamaumento da obesidade e do excesso de peso em adultos, de diferentes estratos sociais. Conclusão:Conclui-se que a prevalência de obesidade aumentou durante o período avaliado, na população adulta com ensino fundamental incompleto na região nordeste. O Brasil apresenta diversas políticas, programas e estratégias que visam prevenir e controlar a obesidade, no entanto, algumas delas parecem não ser efetivas.Diante disso,recomenda-se implantação de ações de educação alimentar e nutricional, que visem promover a adoção de hábitos alimentares adequados e estilo de vida saudável principalmente pelapopulação pertencente a um estrato social menos favorecido, respeitando as questões culturais, sociais e econômicas com vistas a mudança do cenário atualDownloads
Referências
Sistema de Vigilância Alimentar Nutricional – SISVAN Disponível em: sistemas.saude.gov.br/sistemas/sisvan/relatorios_publicos/relatorios.php. Acesso em 27 abril 2017.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. VIGITEL. Brasil 2012: Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
CABRERA, M.A.S. et al. Obesidade em adultos: Prevalência, Distribuição e Associação Com Hábitos e Co-Morbidades. ArqBrasEndocrinolMetab, v. 45, n. 5, Outubro, 2013.
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