PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE EM ALAGOAS

Autores

  • Lucia Helena Monteiro Nunes Centro Universitário Tiradentes

Palavras-chave:

Hanseníase, Mycobacterium leprae, epidemiologia.

Resumo

RESUMO: Introdução: A hanseníase é uma infecção crônica causada pelo Mycobacterium leprae, bacilo que tem alto índice de contágio e baixa morbidade. Em 2011, 228.474 casos foram detectados no mundo. O Brasil tem grande número de ocorrência de casos, perdendo só para a Índia. Considerado o único país que não conseguiu retirar a doença do “problema de saúde pública” (BRASIL, 2016). É de notificação compulsória em todo o território nacional e de investigação obrigatória, segundo o Ministério da Saúde. Tem com agente etiológico: Mycobacterium leprae. Esse bacilo tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos, no entanto poucos adoecem. A transmissão é pelo contato direto da pessoa doente com a pessoa suscetível, através de gotículas de secreção eliminadas por tosse, espirro ou ao falar, a principal via de entrada do M. leprae é trato respiratório superior. O período de incubação da hanseníase é longo em média, de 2 a 7 anos. Há referências com períodos mais curtos, de 7 meses, como também a mais longos, de 10 anos. A hanseníase é dividida em: Paucibacilares (PB), não são considerados importantes como fonte de transmissão da doença devido à baixa carga bacilar. E os doentes Multibacilares (MB), no entanto, constituem o grupo contagiante, assim se mantendo como fonte de infecção, com mais de 5 lesões ou manchas, enquanto o tratamento específico não for iniciado. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi avaliar os casos de hanseníase no estado de Alagoas, através dos dados do Sistema Nacional de Agravos de Notificação-SINAN no período de 2010 à 2015. Metodologia: O presente trabalho foi realizado através de pesquisa no banco de dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificações SINAN - no período correspondente aos anos de 2010 à 2015 no estado de Alagoas; as variáveis analisadas foram: novos casos por ano, sexo, faixa etária, porcentagem de cura, óbitos e abandono. Trata-se de uma pesquisa quantitativas continuas e discreta. Resultados: Foram notificados 2.602 novos casos de hanseníase no estado de Alagoas nos períodos de 2010 a 2015, dentre esses 1.271 são do sexo masculino e 1331 do sexo feminino. Em relação a faixa etária as mais atingidas são pessoas de 20 a 59 anos, ou seja, principalmente a população economicamente ativa. A porcentagem de cura é de mais de 80% em todos os anos. Conclusão: Sabe-se que a Hanseníase ainda constitui um relevante problema de saúde pública. Fatores como densidade populacional, hábitos de vida, aspectos culturais, condições sanitárias e de moradia devem ser ponderados em um cenário desfavorável como o apresentado pelo Estado de Alagoas. Estudos demonstram que a hanseníase é fortemente relacionada com as condições de vida e pobreza. Segundo Cunha et al., evidencia-se uma tendência de concentração dos doentes em camadas da sociedade menos favorecidas.

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Referências

PORTAL DA SAÚDE - Ministério da Saúde – Hanseníase. 2017. Disponível em: < http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-oministerio/705secretariasvs/vigilancia-de-a-a-z/hanseniase/11294-descricao-da-doenca >. Acesso em: 14 de set de 2017.

CUNHA MD, CUNHA GM, SNATOS RS. Heterogeneidade geográfica na análise dos fatores associados à hanseníase em uma área endêmica do Brasil: estamos eliminando a doença? Disponível em:< https://bmcinfectdis.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12879-015-0924-x> Acesso em: 26 de outubro de 2017. BMC Infect Dis 2015; 15: 196.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. DATASUS. Disponível em:<http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/hanseniase/ cnv/hanswal.def>. Acesso em: 26 de outubro de 2017.

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Publicado

2020-08-13

Como Citar

Monteiro Nunes, L. H. (2020). PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE EM ALAGOAS. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (5). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/8266

Edição

Seção

Ciências da Saúde e Biológicas