DESIGUALDADE SOCIAL E TRANSTORNOS AFETIVOS EM IDOSOS ATENDIDOS NA REDE DE SAÚDE PÚBLICA E PRIVADA DE MACEIÓ/AL
Palavras-chave:
Idoso, Iniquidade social, Transtornos afetivosResumo
INTRODUÇÃO: Desigualdade social (DS) é vista em diversas regiões do Brasil, no entanto, os estudos apontam que a região Nordeste apresenta diversas iniquidades sociais. A DS tem como uma de suas consequência o acometimento dos transtornos afetivos, como por exemplo: ansiedade e depressão. OBJETIVO: Apresentar a desigualdade social em dois grupos diferentes de idosos e a relação com transtornos afetivos. METODOLOGIA:Avaliaram-se dois grupos, de ambos os sexos e idade entre 60 a 94 anos. Divididos em indivíduos da rede privada (G1) e rede pública (G2). O G1 composto por 85 idosos; o G2 composto por 85. Em primeira instância foi feita a caracterização dos idosos, seguido pela aplicação da Escala de Depressão Geriátrica (GDS-15) e Inventário de Ansiedade Geriátrica (GAI). Para realização desse estudo obteve-se o parecer do Comitê de Ética (parecer nº 1.904.3180). RESULTADOS E DISCUSSÃO: No grupo G1 100% possuem alta escolaridade enquanto no G2 apenas 19% possuem escolaridade. Quanto ao arranjo familiar os idosos do G1 188 indivíduos se dividem em 80 residências e apresentou uma média por habitação de 4,13 salários mínimos, enquanto o G2, compreendido por 257 indivíduos que se dividem em 84 residências apresentam 1,73 salários mínimos. Com relação as variáveis consideradas positivas em relação a depressão apresentaram os seguintes resultados χ² como alta escolaridade (χ² = 0,000), alta renda (χ² = 0,002) e residir com cônjuge/familiar (χ² = 0,089) e em a ansiedade obteve-se os seguintes resultados: alta escolaridade (χ² = 0,000), alta renda (χ² = 0,011) e residir com cônjuge/familiar (χ² = 0,011) todos os resultados apresentam significância estatisticamente. No que refere-se ao acometimento dos transtornos afetivos a prevalência diante dos testes utilizados houve uma maior incidência no G2 com 48,84% no GDS-15 e 47,67% no GAI. Visto que esse é o primeiro estudo Alagoano que trata diretamente da desigualdade social entre a população idosa, observa-se que os fatores sociais diante dos resultados apresentados são determinantes para o desencadeamento dos transtornos afetivos. Além disso, nota-se uma feminilização da velhice, assim como, a prevalência desses transtornos entre os indivíduos menos favorecidos e principalmente do sexo feminino. Esses resultados não se divergem de outros estudos realizados com os mesmos objetivos. CONCLUSÃO: O fator socioeconômico detém grande influência sobre os transtornos afetivos.
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Referências
Referência/References:
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