AVALIAÇÃO DOS SEIOS MAXILARES DE PACIENTES DENTADOS COM DIFERENTES TIPOS FACIAIS ATRAVÉS DE TOMOGRAFIA CONE BEAM

Autores

  • José Robert Santos de Souza Centro Universitário Tiradentes - UNIT/AL
  • Fernanda Leão Souza da Corrente Centro Universitário Tiradentes - UNIT/AL
  • Hibernon Lopes Lima Filho Centro Universitário Tiradentes - UNIT/AL

Palavras-chave:

Seio Maxilar, Ápice dentário, Face.

Resumo

INTRODUÇÃO: Na vida extrauterina, o seio maxilar acompanha o crescimento e desenvolvimento craniofacial, estendendo-se ânteroposteriormente e inferiormente. Dessa forma, as características cranianas podem influenciar no tipo facial, que consequentemente influirá no volume dos seios maxilares, tornando-os variáveis em tamanho e forma de acordo com cada indivíduo. Sabe-se que o seio maxilar tem uma relação íntima com os ápices radiculares de molares e pré-molares, de forma que muitas vezes estão inseridos nessa cavidade, onde o assoalho do seio, desvia-se do seu caminho contornando as raízes dos dentes, formando assim as cúpulas alveolares. OBJETIVO: O objetivo do presente estudo é avaliar prováveis alterações volumétricas dos seios maxilares, assim como a relação de proximidade do mesmo com os ápices radiculares de pacientes dentados, considerando os diferentes biotipos faciais. METODOLOGIA: Dessa forma, o projeto envolve quatro fatores de estudo: tipo facial (braquifacial, mesofacial e dolicofacial), volume do seio maxilar, distância entre os ápices radiculares e o assoalho do seio maxilar (a nível do primeiro pré-molar até segundo molar) e do ápice do canino até a parede anterior do seio maxilar. Para este estudo, foi realizada uma análise retrospectiva através de tomografias computadorizadas realizadas para tratamento odontológico, de indivíduos maiores de 18 anos, independente do gênero, realizadas no período de 2011 a 2016. As tomografias foram obtidas pelo aparelho tomógrafo I-CAT (Imaging Sciences International, Hatfield, Pennsylvania, USA), o qual utiliza um sistema de raio-x Cone beam. As imagens selecionadas foram salvas em arquivos DICOM (Digital Imaging and Communications in Medicine) e importadas para o software ImplantViewer3 para a obtenção das reconstruções multiplanares (sagital, coronal e axial), para posterior mensuração. Assim, foram obtidos os seguintes grupos com amostra de dez pacientes cada: GM – pacientes mesofaciais, GB – pacientes braquifaciais e GD- pacientes dolicofaciais, os quais serão avaliados quanto aos outros fatores de estudo. RESULTADOS: Até o momento, foram mensurados os grupos GD e GM, este último parcialmente, apresentando média de volume de 9366.61 mm³ e para o GD de 7974.48 mm³. Direcionado ao distanciamento radicular, foram obtidos os seguintes valores (mm) para o GD: 1º pré-molar: 9.48, 2º pré-molar: 3.46, 1º molar: 1.29, 0.50 e 0.49 para as raízes mesiovestibular (MV), distovestibular (DV) e palatina (P), respectivamente, e 2º molar, respectivamente para as raízes MV, DV e P: -0.72, -0.49 e 1.24; GM: 1º pré-molar: 3.27, 2º pré-molar: -0.20, raízes MV, DV e P do 1º molar: -1.22, -0.92, -0.87 e raízes MV, DV e P do 2º molar -1.05, -0.19, -0.11, respectivamente. CONCLUSÃO: Desta forma, os pacientes enquadrados no GD apresentaram o volume do seio maxilar menor em relação aos pacientes do GM. Em contrapartida, uma maior distância entre os ápices radiculares e assoalho do seio maxilar foi encontrada para o GD em comparação com o GM.

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Publicado

2020-08-13

Como Citar

Souza, J. R. S. de, Corrente, F. L. S. da, & Filho, H. L. L. (2020). AVALIAÇÃO DOS SEIOS MAXILARES DE PACIENTES DENTADOS COM DIFERENTES TIPOS FACIAIS ATRAVÉS DE TOMOGRAFIA CONE BEAM. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (5). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/8258

Edição

Seção

PROBIC E PIBIC