USO DA REALIDADE VIRTUAL NA REABILITAÇÃO DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA CARDÍACA
Palavras-chave:
Cirurgia Torácica, Realidade Virtual, Fisioterapia.Resumo
Introdução: As cirurgias cardíacas são um procedimento complexo, em que em sua maioria, os indivíduos submetidos estão propensos, à inúmeras complicações relacionadas ao período pós-operatório. Dessa forma, os programas de reabilitação cardíaca têm como metas básicas reduzir os riscos de complicações e diminuir do tempo de internamento hospitalar. Objetivo: Analisar a eficácia do uso da realidade virtual na reabilitação de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo e intervencionista realizado no Hospital do Coração de Alagoas. Para a realização do estudo, inicialmente os pacientes no pré-operatório (1 dia antes da cirurgia) passaram por uma avaliação fisioterapêutica para coletas das informações referentes ao peso, altura, entre outros. Após isto, os indivíduos passaram por uma avaliação postural; força muscular respiratória; capacidade funcional; força muscular periférica; equilíbrio e qualidade de vida. Os pacientes foram divididos em dois grupos, sendo eles o grupo controle (GC) e o grupo da realidade virtual (GRV). De inicio foi realizado a coleta de dados com os pacientes alocados no GC, no qual realizaram o tratamento fisioterapêutico convencional, duas vezes ao dia (manhã e tarde) com duração de 30 minutos cada sessão. Os pacientes foram reavaliados no 7º dia de pós-operatório, comparando o quadro inicial com o final. Já os pacientes do grupo GRV, no qual a coleta está em andamento, são tratados executando as mesmas técnicas que o tratamento convencional. Porém, nos 15 minutos restantes da sessão fisioterapêutica é utilizado à realidade virtual como ferramenta adicional ao tratamento. Resultados: Foram avaliados 10 indivíduos alocados para o grupo controle, sendo 6 do sexo masculino e 4 do sexo feminino. Os indivíduos apresentaram a média geral de idade de 60,50±13,86, altura de 1,64±0,09 cm, peso de 75,10±15,22 e IMC de 26,10± 4,35. Na avaliação postural as maiores alterações no pré-operatório foram: Hiperlordose lombar (80%); Joelhos genorecurvado (70%) e pé direito e esquerdo plano (80%), já no pós-operatório foram: ombros protuso (70%), coluna cervical em hiperlordose (60%), coluna torácica em hipercifose (70%) e coluna lombar retificada (70%). Na avaliação da força muscular respiratória obtiveram-se os seguintes resultados: Pré-operatório: PImáx: -92,0±28,20 cmH2O e PEmáx: 96,20±29,27; Pós-operatório: PImáx: -67,90±30,47 cmH2O e PEmáx: 55,50±23,02. Na avaliação da capacidade funcional a média no pré-operatório foi de 17,54±5,42 segundos e no pós-operatório de 23,09±14,80 segundos. Na avaliação da força muscular periférica no pré-operatório obtiveram-se os seguintes resultados: Membro dominante média de 64,60±25,78 e membro não dominante 57,60±28,09. Já no pós-operatório: Membro dominante 55,00±22,73 e membro não dominante 45,90±23,43. Na avaliação do equilíbrio a média no pré-operatório foi de 24,50±3,77 e no pós-operatório de 20,80±6,26. Na avaliação da qualidade de vida os indivíduos no pré-operatório apresentaram maiores comprometimentos no domínio do sono (64,50±28,71) e no pós-operatório no sono (50,0±28,67) e na Habilidade física (60,90±19,84). Conclusão: Através do estudo observou-se que mesmo sendo realizada a fisioterapia convencional duas vezes ao dia, os indivíduos apresentaram diminuição da força muscular respiratória, força muscular periférica, capacidade funcional, qualidade de vida e alterações no equilíbrio e na postura no 7º dia de pós-operatório. Dessa forma, espera-se que uso da realidade virtual como ferramenta complementar proporcione uma melhora em todos os aspectos avaliados.
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