PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA ESQUISTOSSOMOSE NO ESTADO DE ALAGOAS NO PERÍODO DE 2010- 2015.
Palavras-chave:
Esquistossomose, Epidemiologia, Saúde Pública.Resumo
Introdução: A esquistossomose manssônica, é uma doença que institui um grande problema de saúde pública no Brasil. É causada por um parasita, o Schistosoma mansoni; este pode afetar vários órgãos como baço, fígado, aparelho geniturinário, cardiorrespiratório e em alguns casos o sistema nervoso central. O estado de Alagoas possui características específicas para disseminar a doença como fatores sociais, culturais e naturais que colaboram para que permaneçam entre as que mais acometem populações rurais e de periferias urbanas, ocasionando consequências sanitárias e econômicas importantes para o comprometimento do desenvolvimento. Objetivo: O objetivo do estudo foi traçar o perfil epidemiológico da esquistossomose no estado de Alagoas no período de 2010 a 2015. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo de abordagem quantitativa realizada através de dados coletados por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), com as variáveis: raça, sexo, faixa etária, escolaridade e municípios de maiores incidências de 2010 a 2015. Resultados e conclusões: No período estudado foram notificados 289 casos de esquistossomose em Alagoas. Os casos foram predominantes na raça parda com 69,9%, no sexo masculino em 55,4 %, faixas etárias de 20- 39 anos com 30,1% dos casos e 40-59 anos 26,6% de casos; quanto à escolaridade da 1º a 4ºserie incompleto com 18% de casos e da 5º a 8º serie incompleta com 11,1% dos casos. Os municípios com maior número de notificações foram Maceió, Feliz Deserto, Major Isidoro e Girau do Ponciano, respectivamente com 34,6%, 12,4%, 9,3% e 6,6%. Existe certo balanceamento entre os sexos que se explica pelo fato da exposição de ambos aos fatores de risco da doença, como um saneamento básico inadequado. A faixa etária mais afetada está relacionada com atividade financeira, devido à exposição no trabalho. Sobre o nível de escolaridade pode ser explicado por terem começado a mão de obra cedo e pela falta de informação necessária. No Estado de Alagoas alguns municípios representam áreas endêmicas de esquistossomose e muitas pessoas vivem em situações de risco nessas áreas, por isso, a importância de políticas de saneamento e conscientização sanitária junto à população. Em virtude dos fatos mencionados conclui-se que para redução do risco da esquistossomose, devem-se adotar medidas preventivas e de controles para melhoria de condições de vida, cuidados com o saneamento básico, controlar os portadores como estratégias de prevenção, educação em saúde visando à profilaxia e controle de hospedeiros intermediários. A enfermagem tem um papel fundamental na prevenção da doença por meio da educação em saúde.
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Referências
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JORDÃO, Mariana Cristina Corrêa et al. Caracterização do perfil epidemiológico da esquistossomose no estado de Alagoas. Caderno de Graduação-Ciências Biológicas e da Saúde-UNIT-ALAGOAS, v. 2, n. 2, p. 175-188, 2014.
Disponível em: < https://periodicos.set.edu.br/index.php/fitsbiosaude/article/view/1785>. Acesso em: 26 out 2017.
MORAES, Marcia de Souza. Assistência de Enfermagem em infectologia. 2. ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2014.
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