Perfil epidemiológico do suicídio e Alagoas 2005-2014
Resumo
Introdução: O suicídio, além de ser um inquietante enigma que preocupa profissionais de diversos campos do saber como filósofos, teólogos, antropólogos, médicos, artistas e psicólogos, é também um problema mundial de saúde pública. De acordo com o relatório anual da OMS, o “World Health Statistics”, 2016, o coeficiente global de mortalidade por suicídio em 2012 foi de 11,4 (por 100.000 habitantes), taxa superior a de homicídios no mundo (que foi de 6, 7 por 100.000 habitantes também para 2012 segundo este mesmo documento). Em Alagoas, porém, há poucos estudos sobre o tema, o que inviabiliza o estabelecimento de metas e prioridades no planejamento de políticas e de programas de saúde pública. Objetivo(s): Descrever o perfil epidemiológico dos óbitos por suicídios e das internações hospitalares por lesões autoprovocadas intencionalmente (X60-X84) em Alagoas no período de 2005 a 2014. Metodologia: Estudo epidemiológico descritivo com abordagem quantitativa. Dados de mortalidade, assim como os dados sociodemográficos foram obtidos no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e os dados sobre internação hospitalar foram obtidos no SIH/SUS, todos para o período de 2005 a 2014. Variáveis: sexo, estado civil, cor/raça, idade, escolaridade, categoria CID-10 e local de residência. Análise estatística e tabulação feitos no TabWin e Excel 2010. Resultados: Na década estudada foram notificados 1.058 casos de suicídios. A maior frequência ocorreu no sexo masculino (77,41%), entre pessoas solteiras (56,43%), pardos (76,6%) e na faixa etária de 20 a 29 anos (26,75%). Esta faixa etária também foi a que apresentou as maiores taxas no período, chegando à taxa de 12,44/100.000 no ano de 2013. Dos casos verificados, 33% ocorreram em Maceió, e 7% ocorreram em Arapiraca. A causa mais frequente do óbito foi o enforcamento, estrangulamento e sufocação – CID 10-X70 - (61,3%). No mesmo período foram registradas 393 internações hospitalares decorrentes de lesões autoprovocadas voluntariamente (CID 10.X60-X84), das quais 66% foi de pacientes do sexo masculino. A faixa etária mais atingida foi a de 20 a 29 anos (27%). 28% dos pacientes residiam em Maceió e 18% residiam em Arapiraca. É expressivo o número de informações ignoradas quanto à variável escolaridade (82,5%) o que acabou por comprometer a qualidade das informações relativas a esta variável. Conclusão(ões). Observou-se que há necessidade de reforçar as ações de prevenção e de intervenção em saúde mental focando a população residente nos municípios de Maceió e de Arapiraca, mais especificamente, constituídas por homens, solteiros, pardos, na faixa etária de 20 a 29 anos.Downloads
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Publicado
2020-08-13
Como Citar
Tenório de Aguiar, B., Victal, V., Rego Cabral Junior, C., & Xavier Júnior, A. F. (2020). Perfil epidemiológico do suicídio e Alagoas 2005-2014. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (5). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/8231
Edição
Seção
PROBIC E PIBIC
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