CORRELAÇÃO ENTRE A FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA, PERIFÉRICA E A QUALIDADE DO SONO EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON

Autores

  • Thayná Lucilla Santos de Araújo Centro Universitário Tiradentes
  • Alberto César Ataíde Magalhães Centro Universitário Tiradentes
  • Ana Luíza Exel Centro Universitário Tiradentes

Palavras-chave:

Doença de parkinson, força muscular e sono.

Resumo

RESUMO: Introdução: Por ser considerada uma afecção crônica e progressiva do sistema nervoso, caracterizada pelos sinais de rigidez, acinesia, bradicinesia, tremor e instabilidade postural, a Doença de Parkinson (DP) é caracterizada pela perda de neurônios dopaminérgicos e o seu acometimento repercute no sistema respiratório devido a diminuição da amplitude do tórax. Com o envelhecimento, o sistema respiratório apresenta alterações estruturais, perda de complacência pulmonar, dilatação alveolar, diminuição do estímulo neural para os músculos respiratórios e alterações de volumes, onde na presença da Doença de Parkinson essas alterações respiratórias ocasionam-se devido à diminuição da amplitude do tórax reduzindo a complacência pulmonar em decorrência da postura em flexão do tronco e a degeneração ósteo-articular que alteram o eixo da coluna vertebral repercutindo na inspiração e na expiração, que por sua vez implica reduzindo os valores dos volumes pulmonares, capacidades e fluxos respiratórios. A fraqueza muscular e padrões de ativação muscular alterados parecem contribuir para a bradicinesia. O distúrbio do sono é outro fato sobre a DP vem ganhando interesse nos últimos anos são os distúrbios do sono que reverbera diretamente na qualidade de vida e em déficits cognitivos. Objetivo: Correlacionar se há diminuição da força muscular respiratória, periférica, e analisar a qualidade do sono de pacientes com Doença de Parkinson. Material e Métodos: Trata-se de um estudo de abordagem transversal, com uma amostra por conveniência, onde foi avaliado 31 indivíduos portadores da DP cadastrados na Associação de Parkinson Alagoas- AsPAL verificando-se  a correlação da força muscular periférica através do Dinamômetro portátil MicroFet, da força muscular respiratória utilizando o manovacuômetro analógico da Comercial Médica® e da qualidade do sono aplicando o Questionário Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI-BR). Os resultados dos testes foram descritos no programa Microsoft Excel, as relações entre as variáveis foram exploradas por meio de análises de correlação de Spearman. Resultados: Dos 31 indivíduos submetidos à pesquisa, 80,64% eram homens e 19,36% mulheres, com média de idade de 64,26 ± 9,45 anos, onde quanto ao diagnóstico, 77,42% ± 0,42 apresentaram Parkinson primário e 22,58% ± 0,42, secundário. Já em relação à gravidade, 90,32% ± 0,30 apresentaram incapacidade leve e moderada, e 9,67% ± 0,30 apresentaram incapacidade grave. Com relação a qualidade do sono, 9,67% ± 0,60 apresentaram uma qualidade de sono boa, 61,29% ± 0,60 apresentaram qualidade de sono ruim e 29,03% ± 0,60 apresentaram presença de distúrbio do sono. Não Houve variações significativas entre gênero e idade da amostra estudada com os resultados do Índice de Qualidade do Sono e a preensão palmar. Quando correlacionado preensão palmar e a força muscular periférica houve correlação positiva significativa. Conclusão: Força muscular diminuída leva a alterações da força muscular periférica, independente de gênero e idade.

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Biografia do Autor

Thayná Lucilla Santos de Araújo, Centro Universitário Tiradentes

Acadêmica de Fisioterapia do Centro Universitário Tiradentes - UNIT\AL. Estagiou de forma voluntária na Clínica de Ortopedia e Traumatologia MORUMBI (OTM) na cidade de São Paulo-SP e na Clínica Ortopédica Pacaembu na cidade de São Paulo. Bolsista no programa de bolsa de Iniciação científica PROBIC/UNIT-AL, com o projeto Correlação entre a força muscular respiratória, periférica e a qualidade do sono em pacientes com Doença de Parkinson.

Ana Luíza Exel, Centro Universitário Tiradentes

Doutoranda em Ciências da Saúde pela UFAL - AL. Mestre em Ciências da Saúde pela UFAL - AL (2015). Especialista em UTI pela Fundação Antônio Prudente - Hospital do Câncer - SP (2003) e Metodologia do Ensino Superior pela Faculdade Auxilium de Filosofia de Lins - SP (1994). Fisioterapeuta, graduada em 1993 (Faculdade de Educação Física de Lins - SP), e Atualmente coordenadora do curso de Fisioterapia e professora do Centro Universitário Tiradentes - UNIT Maceió, nas disciplinas de Fisioterapia Geral e Fisioterapia Pneumofuncional. Vice coordenadora do CEP - UNIT Maceió e membro da CPA. Experiência na área de Fisioterapia , com ênfase em Fisioterapia Respiratória (ambulatorial e hospitalar) e Uti (adulto e pediátrica).

Referências

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Publicado

2020-08-13

Como Citar

Araújo, T. L. S. de, Magalhães, A. C. A., & Exel, A. L. (2020). CORRELAÇÃO ENTRE A FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA, PERIFÉRICA E A QUALIDADE DO SONO EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (5). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/8182

Edição

Seção

PROBIC E PIBIC