O USO DE ENXERTO DE PELE TOTAL PARA A RECONSTRUÇÃO DE PAVILHÃO AURICULAR EXTERNO: RELATO DE CASO

Autores

  • Danielle Karla Alves Centro Universitário Tiradentes
  • Alyne Suellen Silva Pedrosa Acadêmica de Medicina do Centro Universitário Tiradentes
  • Lorena Barros dos Santos Mariz Costa Acadêmica de Medicina do Centro Universitário Tiradentes
  • Felipe Camilo Santiago Veloso Universidade Estadual das Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL)
  • Antônio Carlos Barros Lima Júnior Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL) e Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Maceió - AL - Brasil;
  • Anna Cristina Freitas Coelho Barros L Centro Universitário Tiradentes (UNIT) e Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL),

Palavras-chave:

carcinoma basocelular, pavilhão auricular, reconstrução.

Resumo

O carcinoma basocelular (CBC) é responsável por aproximadamente 70 a 75% dos casos de câncer de pele. É mais comum em pessoas com mais de 40 anos, sendo relativamente raro em crianças e negros, com exceção daqueles já portadores de doenças cutâneas anteriores. Pessoas de pele clara, sensível à ação dos raios solares, ou com doenças cutâneas prévias são as principais vítimas. Como a pele - maior órgão do corpo humano - é heterogênea, o câncer de pele não-melanoma pode apresentar tumores de diferentes linhagens. Os mais frequentes são o carcinoma basocelular e o carcinoma epidermoide. O CBC, apesar de mais incidente, é também o menos agressivo. A incidência de tumores cortados está associada a exposição crônica aos raios solares e ao envelhecimento da população. Como regiões mais comprometidas são face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e dorso, por ser áreas mais freqüentes expostas ao sol. Diversas modalidades de tratamento, dentre elas destacam-se os enxertos e os retalhos. Paciente do sexo masculino, 78 anos, hipertenso, leucodermo, apresentou lesão tumoral extensa, ulcerada, hiperemiada, de bordas irregulares e infiltrativas, comprometendo aproximadamente um terço do pavilhão auricular externo direito em sua porção anterolateral. Uma área da ressecção tumoral para demarcada com azul de metileno, respeitando-se como margens de segurança preconizadas pela literatura, de anestesia local com xilocaína 2%. Ressecou-se aproximadamente um terço da empresa, quase uma totalidade de anti-hélice e parte da concha. Através da preservação de grande segmento da energia, foi possível manter uma forma anatômica adequada do pavilhão auricular, tendo em conta o tamanho total em seu tamanho, quando comparado ao lado contralateral. Para cobertura da área cruenta obtida após uma ressecção tumoral, retirou-se um fuso de pele total na região posterior do pavilhão auricular externo esquerdo. A fim de evitar uma formação de hematomas e deslocamentos do enxerto não sítio receptor, realizou-se um curativo de Brown na área receptora que foi retirado apenas 5 dias após uma enxertia. Existem inúmeras opções disponíveis para uma reconstrução pós-ressecção de tumores no pavilhão auricular externo, que proporcionam resultados estético-funcionais adequados. No caso em questão, o paciente evoluiu com um resultado extremamente satisfatório e foi possível preservar a forma do pavilhão auricular externo com diferença mínima de tamanho em relação a orelha contralateral.

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Biografia do Autor

Danielle Karla Alves, Centro Universitário Tiradentes

Acadêmica de Medicina do Centro Universitário Tiradentes

Alyne Suellen Silva Pedrosa, Acadêmica de Medicina do Centro Universitário Tiradentes

Acadêmica de Medicina do Centro Universitário Tiradentes

Lorena Barros dos Santos Mariz Costa, Acadêmica de Medicina do Centro Universitário Tiradentes

Acadêmica de Medicina do Centro Universitário Tiradentes

Felipe Camilo Santiago Veloso, Universidade Estadual das Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL)

Acadêmico de Medicina da Universidade Estadual das Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL)

Antônio Carlos Barros Lima Júnior, Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL) e Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Maceió - AL - Brasil;

Médico Coloproctologista e Endoscopista. Professor auxiliar da disciplina de Habilidades Médicas II da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL) e da disciplina de Cirurgia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Maceió - AL - Brasil;

Anna Cristina Freitas Coelho Barros L, Centro Universitário Tiradentes (UNIT) e Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL),

Médica Cirurgiã Plástica. Professora da disciplina de Habilidades Profissionais Cirúrgicas I do Centro Universitário Tiradentes (UNIT) e Professora auxiliar da disciplina de Semiologia da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL),

Referências

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Publicado

2020-08-13

Como Citar

Alves, D. K., Silva Pedrosa, A. S., Barros dos Santos Mariz Costa, L., Camilo Santiago Veloso, F., Barros Lima Júnior, A. C., & Freitas Coelho Barros L, A. C. (2020). O USO DE ENXERTO DE PELE TOTAL PARA A RECONSTRUÇÃO DE PAVILHÃO AURICULAR EXTERNO: RELATO DE CASO. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (5). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/8157

Edição

Seção

Ciências da Saúde e Biológicas