O USO DE ENXERTO DE PELE TOTAL PARA A RECONSTRUÇÃO DE PAVILHÃO AURICULAR EXTERNO: RELATO DE CASO
Palavras-chave:
carcinoma basocelular, pavilhão auricular, reconstrução.Resumo
O carcinoma basocelular (CBC) é responsável por aproximadamente 70 a 75% dos casos de câncer de pele. É mais comum em pessoas com mais de 40 anos, sendo relativamente raro em crianças e negros, com exceção daqueles já portadores de doenças cutâneas anteriores. Pessoas de pele clara, sensível à ação dos raios solares, ou com doenças cutâneas prévias são as principais vítimas. Como a pele - maior órgão do corpo humano - é heterogênea, o câncer de pele não-melanoma pode apresentar tumores de diferentes linhagens. Os mais frequentes são o carcinoma basocelular e o carcinoma epidermoide. O CBC, apesar de mais incidente, é também o menos agressivo. A incidência de tumores cortados está associada a exposição crônica aos raios solares e ao envelhecimento da população. Como regiões mais comprometidas são face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e dorso, por ser áreas mais freqüentes expostas ao sol. Diversas modalidades de tratamento, dentre elas destacam-se os enxertos e os retalhos. Paciente do sexo masculino, 78 anos, hipertenso, leucodermo, apresentou lesão tumoral extensa, ulcerada, hiperemiada, de bordas irregulares e infiltrativas, comprometendo aproximadamente um terço do pavilhão auricular externo direito em sua porção anterolateral. Uma área da ressecção tumoral para demarcada com azul de metileno, respeitando-se como margens de segurança preconizadas pela literatura, de anestesia local com xilocaína 2%. Ressecou-se aproximadamente um terço da empresa, quase uma totalidade de anti-hélice e parte da concha. Através da preservação de grande segmento da energia, foi possível manter uma forma anatômica adequada do pavilhão auricular, tendo em conta o tamanho total em seu tamanho, quando comparado ao lado contralateral. Para cobertura da área cruenta obtida após uma ressecção tumoral, retirou-se um fuso de pele total na região posterior do pavilhão auricular externo esquerdo. A fim de evitar uma formação de hematomas e deslocamentos do enxerto não sítio receptor, realizou-se um curativo de Brown na área receptora que foi retirado apenas 5 dias após uma enxertia. Existem inúmeras opções disponíveis para uma reconstrução pós-ressecção de tumores no pavilhão auricular externo, que proporcionam resultados estético-funcionais adequados. No caso em questão, o paciente evoluiu com um resultado extremamente satisfatório e foi possível preservar a forma do pavilhão auricular externo com diferença mínima de tamanho em relação a orelha contralateral.
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Referências
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