O Gênero Como Um Conceito Opressor

Resumo

O Gênero é um conceito concebido pelo homem e proveniente de seu Contrato Social, uma arma
patriarcalista e tradicionalista que sustenta a desigualdade entre homens e mulheres, que surge no seio da
família primitiva e modela o ser desde seu processo de socialização primária, segundo padrões
considerados aceitáveis. O artigo em questão evidencia como a utilização do conceito supracitado é uma
perpetuação da opressão perpetrada pelo próprio ser para com seus iguais, um conceito que, fundado no
patriarcalismo e nas convenções do “politicamente correto”, contribui para uma ótica de dominaçãoexploração,
principalmente, à figura feminina. Levando em conta que sexo e gênero são conceitos distintos
relacionados, o autor trata do primeiro como uma construção humana, social e cultural, levando em
consideração o fator histórico desempenhado por tal termo na formação do que consideramos como
masculino e feminino dentro do meio social contemporâneo, enquanto trata o segundo como uma imposição
natural, utilizada pelo gênero para hierarquizar e dividir os papéis socais por ele impostos. Além disso,
visando explanar um pouco sobre a luta das mulheres durante as épocas, o escritor em pauta mostra um
pouco da luta e resistência feminista ao patriarcado e ao conceito de gênero, analisando o pensamento de
algumas pensadoras proeminentes, que discursam e se perguntam sobre o que é ser mulher? Qual a
origem da opressão do feminino pelo masculino? E, ainda, qual o papel do gênero nessa ótica dominadora?
Quando se trata de uma pesquisa de caráter social e filosófico é improvável não surgir questionamentos a
serem respondidos ou, ainda, questões a serem explanadas. A pesquisa como um todo, que compreende
um conjunto de reflexões a cerca de um termo tão complexo como gênero, é um impulsionador da ideologia
abolicionista, tratando tal pensamento, considerado muitas vezes impossível de ser alcançado, como a luz
que trará a igualdade efetiva em nossa sociedade moderna, tão marcada pela violência de gênero, pelo
feminicídio e pelo preconceito. De forma geral, todo o debate promovido gira em torno, principalmente, da
figura feminina, pois essa é a que mais sofre com o sexismo - que sustenta a opressão de gênero e, desse
modo, o patriarcado - esse último, confabulando com o gênero, pode ser compreendido como as raiz do
poder masculino, sua garantia na ordem social e, assim, o fomentador da dicotomia homem e mulher.
Assim, o artigo tem o intuito de “quebrar” a máxima histórica de que o “poder é macho, branco e, de
preferência, heterossexual”.