A RELAÇÃO DAS ÁREAS DEGRADADAS NA PROLIFERAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE ARBOVIROSES: O CASO DOS MUNICÍPIOS DE RIO LARGO E PILAR, ALAGOAS, BRASIL.

Autores

  • Letícia Maria da Silva CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES - UNIT
  • Pedro Henrique Barcellos França CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES - UNIT
  • Diego Freitas Rodrigues CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES - UNIT

Palavras-chave:

Área degradadas, Saúde Urbana, Zica Vírus

Resumo

Qual a relação das áreas degradadas na proliferação e distribuição espacial de arboviroses? O crescimento desenfreado e sem planejamento das cidades brasileiras resulta em diversos problemas sociais, ambientais e econômicos no país. O avanço da poluição aliado a urbanização provoca mudanças ambientais diversas e em consequência a proliferação de doenças.  A relação das doenças com o meio ambiente se dá principalmente em áreas de alta vulnerabilidade socioambiental e reúnem fatores que facilitam a procriação dos vetores e consequentemente, a transmissão dessas doenças. O Zika vírus é um arbovírus que tem como vetor principal o mosquito Aedes aegypti e a doença tem ganhado importância devido à ampla disseminação em território nacional incluindo o estado de Alagoas que segundo o Ministério da Saúde em 2016 coloca o estado como o segundo em maior número de infectados pelo vírus no Nordeste. De acordo com os dados obtidos, mais da metade desses casos notificados no estado ocorreram na Região Metropolitana de Maceió e por conta disso, tornou-se área de interesse deste estudo. Dentre os vários municípios que compõe a Região Metropolitana, foram escolhidos os municípios de Pilar e Rio Largo para testar a hipótese do trabalho. Esses locais foram selecionados por conta do número de casos apresentados pela Secretária Estadual de Saúde. O presente trabalho levanta a hipótese de que uma maior proporção de áreas degradadas no perímetro urbano contribui diretamente para o aumento no número de caso de pessoas infectadas pelo mosquito Aedes Aegypti. A relevância deste estudo justifica-se ao reconhecer a importância da avaliação dos impactos ambientais urbanos na propagação de arboviroses em municípios pertencentes a regiões metropolitanas em franca expansão urbana com o objetivo de compreender como a ação do homem interfere de modo direto na saúde urbana. Com base nos casos notificados de Zika vírus no ano de 2016, foi empregada uma metodologia de pesquisa mista para identificar espacialmente e mensurar a incidência de casos de arboviroses em municípios selecionados, verificando se há correlação estatística-espacial entre a concentração das arboviroses notificadas e as áreas degradadas mapeadas por este estudo. Para quantificar as áreas degradadas desses dois municípios, foram utilizadas imagens de satélite obtidas pelo software livre Google Earth Pro. Também foi utilizada estatística descritiva para apresentar indicadores de saúde ambiental como a taxa de esgotamento sanitário, abastecimento de água e coleta de lixo, sendo esses dados provenientes de fontes secundárias. Os resultados apontam uma associação direta entre a distribuição de casos notificados de arboviroses e a maior concentração de áreas degradadas nos municípios avaliados.

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Publicado

2020-08-13

Como Citar

Silva, L. M. da, França, P. H. B., & Rodrigues, D. F. (2020). A RELAÇÃO DAS ÁREAS DEGRADADAS NA PROLIFERAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE ARBOVIROSES: O CASO DOS MUNICÍPIOS DE RIO LARGO E PILAR, ALAGOAS, BRASIL. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (5). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/8014

Edição

Seção

PROBIC E PIBIC