Rastreio de Solidão em universitários durante a pandemia

Autores

  • Gabriel De Sena Cabral Centro universitário Tiradentes

Palavras-chave:

UCLA, pandemia, Solidão.

Resumo

Introdução: Estudos internacionais sobre solidão indicaram que 80% das pessoas abaixo de 18 anos e 40% acima de 65 anos alegam sentir solidão pelo menos uma vez por semana, onde estudos realizados em diversos países em idosos apresentam prevalência entre 25% na Dinamarca a 60% na Grécia, porém ainda não possuímos está informação estimada no Brasil. A Escala Solidão (UCLA) é utilizada como ferramenta de pesquisa para avaliar o grau de solidão dos brasileiros. A primeira versão da Escala de Solidão UCLA já demonstrava correlação moderada com a triagem para depressão em 1978, hoje com a mudança de hábitos alimentares e comportamentais ocasionados pela pandemia do Covid-19 trouxe consigo à tona sinais e sintomas da manifestação de solidão e de problemas psicológicos como ansiedade e depressão. Objetivo: Avaliar a prevalência de solidão em acadêmicos durante o período de isolamento da pandemia de Covid-19. Metodologia: Trata-se de um estudo de análise descritiva simples, previamente aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) sob parecer 4.474.935, durante o período outubro de 2020 a julho de 2021, com acadêmicos de uma rede institucional privada denominada Centro Universitário Tiradentes (UNIT), abrangendo todas as áreas de graduação. As ferramentas utilizadas como instrumento de pesquisa foram um inquérito socioeconômico formulado pelos pesquisadores e a Escala de Solidão (UCLA) que possibilita a classificação de grau de solidão. A coleta da base de dados foi realizada através da plataforma virtual Google Forms, junto a um termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado previamente pelos participantes. Resultados: Ao se tratar do perfil socioeconômico dos participantes se analisou que o público em sua maioria foi representado por adultos do sexo feminino e da área Biológicas e da Saúde, onde também se percebeu um aumento nos níveis de stress em 66,67% e o diagnóstico de ansiedade em 35,96% durante o período de isolamento por conta do sars-cov-2. No inquérito da UCLA foi identificado que 91,34% da população estudada foi diagnosticada com algum grau de solidão sendo estes 9,20% em um grau mais elevado, 25,30% em um grau moderado e 63,24% mais leve. Os sinais e sintomas com ênfase para esse resultado foram relacionados ao item 1 que se trata de fazer coisas sozinho, item 3 que retrata sentimento de falta de companhia e 4 que relata falta de compreensão por outras pessoas. Conclusão: A solidão se constitui como um evento de alta prevalência entre os universitários investigados o que sinaliza a necessidade de maior atenção com esse público, uma vez que a solidão pode ser o gatilho para doenças de cunho psicológicos e ainda favorecer o aparecimento de agravos crônicos. Contudo, necessitam-se de mais estudos referentes ao tema se fazendo necessário a abrangência de outros públicos para um diagnóstico mais amplificado deste cenário.

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Referências

BARROSO, SABRINA MARTINS; ANDRADE, VALÉRIA SOUSA DE; MIDGETT, AIDA HUTZ; CARVALHO, RUBEM GOMES NEVES DE.

Jornal Brasileiro de Psiquiatria Mar 2016, Volume 65 Nº 1

BARROSO, SABRINA MARTINS; ANDRADE, VALÉRIA SOUSA DE; OLIVEIRA, NADYARA REGINA DE.

Jornal Brasileiro de Psiquiatria Mar 2016, Volume 65 Nº 1

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Publicado

2021-11-12

Como Citar

De Sena Cabral, G. (2021). Rastreio de Solidão em universitários durante a pandemia. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (9). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/15307

Edição

Seção

Seminário de Iniciação Científica - PROBIC/UNIT - Ciências da Saúde e Biológicas