AVALIAÇÃO DO CONTROLE DE TRONCO E DA FUNCIONALIDADE DE CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL EM UM SETOR DA EQUOTERAPIA.

Autores

  • João Paullo Nascimento Oliveira Centro Universitário Tiradentes

Palavras-chave:

Criança, Equoterapia, Paralisia Cerebral

Resumo

INTRODUÇÃO: A paralisia cerebral (PC) é uma doença não progressiva que gera disfunções neuromotoras. Essas lesões ocorrem no cérebro que ainda encontra-se em desenvolvimento, o que leva a tais distúrbios e alterações musculares afetando a função motora de maneira permanente. Para reduzir a quantidade de déficits gerados pela perda de controle postural, a equoterapia tem sido usada como recurso cinesioterapêutico para manter a estabilidade corporal e funcional das crianças portadoras de PC, atraves do movimento realizado pelo cavalo, onde é deslocado seu centro de gravidade em três planos distintos, o que estimula as reações de retificação e do equilibrio postural. Devido ao conjunto de desordens posturais e no desenvolvimento decorrente da paralisia cerebral, mostra-se necessário um procedimento avaliativo mais específico para crianças com paralisia cerebral que encontram-se em um tratamento da equoterapia. OBJETIVO: O objetivo deste estudo será analisar o controle de tronco e a funcionalidade de crianças com PC através do uso da equoterapia como método terapêutico. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional e transversal de crianças com PC, com idade entre 6 meses aos 7 anos, que estejam fazendo tratamento no setor de equoterapia. O projeto será iniciado com a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Na sequência, serão realizadas as seguintes avaliações: avaliação inicial; avaliação do controle de tronco pela Escala de Avaliação Segmentar do Controle do Tronco (SATCO); e a avaliação da funcionalidade pela aplicação da parte I do Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI). Também serão utilizadas a escala de Ashworth para a avaliação do tônus muscular e a avaliação pelo Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS). RESULTADOS: Como desfecho primário, espera-se identificar o perfil do controle postural e a funcionalidade de crianças com PC de um setor de equoterapia. E como desfechos secundários, espera-se identificar o perfil geral da criança, identificar a função motora grossa e verificar a espasticidade de crianças com PC. Assim como, espera-se, verificar o nível do controle de tronco e identificar possíveis alterações da funcionalidade de crianças com PC em tratamento com a equoterapia, em relação ao autocuidado, mobilidade e função social. CONCLUSÕES: O estudo proporcionará avaliações específicas sobre a condição motora, controle de tronco e a funcionalidade das crianças. Deste modo, a abordagem terapêutica poderá ser mais qualificada, revertendo em propostas de atividades que poderão promover melhora direta no desenvolvimento infantil. O estudo em questão trará resultados que fornecerão subsídios para orientar profissionais da saúde, a própria criança e os familiares sobre as possíveis alterações, possibilitando propostas fisioterapêuticas para melhoria de tais aspectos. 


 


Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

DIAS, A. C. B. et al. Desempenho funcional de crianças com paralisia cerebral participantes de tratamento multidisciplinar. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v.17, n.3, p.225-9, jul/set. 2010.

ROSENBAUM, P. et al. A report: the definition and classification of cerebral palsy, April 2006. Dev Med Child Neurol, v. 49, n. 109, p. 8-14. 2007.

DEBUSE, D. et al. Uma exploração das opiniões dos fisioterapeutas alemães e britânicos sobre os efeitos da equoterapia e suas medições. Physiother Theory Pract, v. 3, n. 25, p. 92-174, 2009.

.HORAK, F.B. Postural orientation and equilibrium: what do we need to know about neural control of balance to prevent falls? v. 2, n. 35, p. 7-11, 2006

MANCINI, M.C. et al. Gravidade da paralisia cerebral e desempenho funcional. Rev. Bras Fisioter. v. 3, n. 8, p. 253-60, 2004.

BORGES, M.B.S et al. Therapeutic effects of a horse riding simulator in children with cerebral palsy. Rev. Arq. Neuropsiquiatr. n. 69, p. 799-804, 2011.

SÁ C. S. C., FÁVERO F. M.; VOOS M. C.; CHOREN F.; CARVALHO R. P. Versão brasileira da Segmental Assessment of Trunk Control (SATCO). Fisioterapia e Pesquisa, v. 24, p. 89-99, 2017.

MURAHOVSCHI A. C. S. F. et al., Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Espasticidade. Portaria SAS/MS no 377, de 10 de novembro de 2009.

SANTIAGO, A. et al. Benefícios da equitação com fins terapêuticos na reabilitação de crianças com paralisia cerebral. Rev. Fisioterapia Brasil, v. 12, n. 4, 2011.

FERREIRA, J. T. C et al. Análise qualitativa dos efeitos da equoterapia em crianças com paralisia cerebral. Cadernos de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento, São Paulo, v.17, n.1, p. 62-68, 2017.

ROSANGELA L. M. et al. Avaliação do desempenho funcional de crianças com paralisia cerebral de acordo com níveis de comprometimento motor. Rev Bras Fisioter, São Carlos, v. 13, n. 5, p. 390-7, set./out. 2009.

ASSUMPÇÃO M. S.; PIUCCO E. C.; CORRÊA E. C. R.; RIES L. G. K. Coativação, espasticidade, desempenho motor e funcional na paralisia cerebral. Motriz, Rio Claro, v.17, n.4, p.650-659, out./dez. 2011.

TSIFTZOGLOU, K. et al. Cadernos de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento São Paulo, v. 19, n. 1, p. 35-50, 2019.

Downloads

Publicado

2021-11-12

Como Citar

Oliveira, J. P. N. (2021). AVALIAÇÃO DO CONTROLE DE TRONCO E DA FUNCIONALIDADE DE CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL EM UM SETOR DA EQUOTERAPIA. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (9). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/15292

Edição

Seção

Seminário de Iniciação Científica - PIBIC/FAPEAL - Ciências da Saúde e Biológicas