AVALIAÇÃO DO CONTROLE DE TRONCO E DA FUNCIONALIDADE DE CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL EM UM SETOR DA EQUOTERAPIA.
Palavras-chave:
Criança, Equoterapia, Paralisia CerebralResumo
INTRODUÇÃO: A paralisia cerebral (PC) é uma doença não progressiva que gera disfunções neuromotoras. Essas lesões ocorrem no cérebro que ainda encontra-se em desenvolvimento, o que leva a tais distúrbios e alterações musculares afetando a função motora de maneira permanente. Para reduzir a quantidade de déficits gerados pela perda de controle postural, a equoterapia tem sido usada como recurso cinesioterapêutico para manter a estabilidade corporal e funcional das crianças portadoras de PC, atraves do movimento realizado pelo cavalo, onde é deslocado seu centro de gravidade em três planos distintos, o que estimula as reações de retificação e do equilibrio postural. Devido ao conjunto de desordens posturais e no desenvolvimento decorrente da paralisia cerebral, mostra-se necessário um procedimento avaliativo mais específico para crianças com paralisia cerebral que encontram-se em um tratamento da equoterapia. OBJETIVO: O objetivo deste estudo será analisar o controle de tronco e a funcionalidade de crianças com PC através do uso da equoterapia como método terapêutico. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional e transversal de crianças com PC, com idade entre 6 meses aos 7 anos, que estejam fazendo tratamento no setor de equoterapia. O projeto será iniciado com a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Na sequência, serão realizadas as seguintes avaliações: avaliação inicial; avaliação do controle de tronco pela Escala de Avaliação Segmentar do Controle do Tronco (SATCO); e a avaliação da funcionalidade pela aplicação da parte I do Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI). Também serão utilizadas a escala de Ashworth para a avaliação do tônus muscular e a avaliação pelo Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS). RESULTADOS: Como desfecho primário, espera-se identificar o perfil do controle postural e a funcionalidade de crianças com PC de um setor de equoterapia. E como desfechos secundários, espera-se identificar o perfil geral da criança, identificar a função motora grossa e verificar a espasticidade de crianças com PC. Assim como, espera-se, verificar o nível do controle de tronco e identificar possíveis alterações da funcionalidade de crianças com PC em tratamento com a equoterapia, em relação ao autocuidado, mobilidade e função social. CONCLUSÕES: O estudo proporcionará avaliações específicas sobre a condição motora, controle de tronco e a funcionalidade das crianças. Deste modo, a abordagem terapêutica poderá ser mais qualificada, revertendo em propostas de atividades que poderão promover melhora direta no desenvolvimento infantil. O estudo em questão trará resultados que fornecerão subsídios para orientar profissionais da saúde, a própria criança e os familiares sobre as possíveis alterações, possibilitando propostas fisioterapêuticas para melhoria de tais aspectos.
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