CONSUMO DE ALIMENTOS PREDITORES E PROTETORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM ADOLESCENTES DA COMUNIDADE SÃO RAFAEL
Palavras-chave:
adolescência, consumo de alimentos, nutrição.Resumo
Introdução A Organização Mundial da Saúde (OMS), delimita a adolescência ao período entre 10 e 19 anos e caracteriza o período por intensas mudanças físicas, sociais e psicológicas. A alimentação inadequada nessa fase delicada é considerada significativo fator de risco para obesidade e doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como as cardiovasculares por exemplo. Objetivo: Avaliar o consumo de alimentos preditores e protetores de risco cardiovascular em adolescentes da comunidade são Rafael. Material e Métodos: O presente estudo, submetido e aprovado pelo Comitê de ética via plataforma Brasil, avaliou o consumo de alimentos preditores e protetores de risco cardiovascular em 38 adolescentes da comunidade São Rafael através de questionário de frequência alimentar (QFA) validado via online. Trata-se de estudo do tipo transversal que foi realizado a partir da aplicação de questionários online e exame antropométrico guiado por vídeos ou cartilhas para ser feito pelos adolescentes. Foram coletados dados sociodemográficos (idade, sexo, ocupação e procedência), econômicos (renda e classe econômica), de estilo de vida (tabagismo, etilismo, prática de atividade física e de lazer), além de variáveis voltadas para a alimentação e antropométricas (peso, altura e perímetro de cintura). Resultados: Dentre os respondentes a maioria foi do sexo masculino (68,4%; n= 26)), e a faixa etária com maior representatividade foi de 11 a 13 anos. Analisando as condições de saúde dos familiares dos respondentes, observou-se que a maioria dos pais apresentava uma ou mais DCNT (57,9%; n=22), e dentre elas diabetes (33,3%; n=11) e Hipertensão Arterial Sistêmica (24,2%; n=8) aparecem em maior representatividade. Quanto ao estilo de vida, nenhum adolescente respondente afirmou que fumava, e uma minoria (10,5%; n=5) assumiram beber, contudo, contabilizamos um certo número de fumantes passivos (13,2%; n=5). De acordo com o QFA aplicado, foi possível concluir que existe entre eles alto consumo de alimentos gordurosos e açucarados que são preditores do risco cardiovascular, e, agregado a isso, a prevalência de doenças crônicas não transmissíveis na família. Quanto aos valores antropométricos e suas classificações, os casos de obesidade na fase da adolescência, nesse grupo foi muito baixo, ao contrário há prevalência de desnutrição leve e deficiências nutricionais devido ao estilo de vida dos adolescentes, o que entendemos serem justificados pelos recursos limitados das famílias, juntamente ao grau de escolaridade baixa e baixo conhecimento sobre alimentação saudável, influenciando assim, no desenvolvimento dos hábitos dos mesmos. Embora confirmem a ingesta hídrica, não se sabe se é suficiente de acordo com sua individualidade. Em especial, nesse período de pandemia, os adolescentes sem acesso à escola ficavam com tempo livre alterando sono, alimentação comprada na rua e pouca atividade física. Conclusão: Foi possível concluir que há um alto de consumos de alimentos preditores de risco cardiovascular,agregado ao baixo consumo hídrico, histórico familiar de DCNT.Downloads
Referências
ALVES, M. A; Padrões alimentares e associação com sobrepeso/obesidade: estudo de riscos cardiovasculares em adolescentes (ERICA). .2017. 142f. Dissertação (Mestrado em Nutrição) - Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Santa catarina, Florianópolis, 2017.
ALVES, M.A.; SOUZA, A. M.; BARUFALDI, L.A. et al. Padrões alimentares de adolescentes brasileiros por regiões geográficas: análise do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA). Cad. Saúde Pública 2019; 35(6):e00153818.
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia alimentar para a população brasileira: promovendo a alimentação saudável. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 210p.
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