MECANISMOS NEUROQUÍMICOS E PATOLOGIA DA DEPRESSÃO
Palavras-chave:
Depressão, Fisiopatologia, Neurobiologia.Resumo
RESUMO:
Introdução: A depressão é um transtorno do humor, desencadeado pela diminuição de neurotransmissores, principalmente a serotonina e a noradrenalina e caracterizado por sintomas específicos incluindo tristeza, perda de interesse, anedonia (perda de prazer), falta de apetite, sentimento de culpa, baixa autoestima ou autovalorização, distúrbios do sono, sensação e falta de concentração. Objetivos: Relatar os mecanismos fisiopatológicos da depressão e descrever os marcadores biológicos e elucidação dos mecanismos que desencadeiam a depressão. Metodologia: Revisão de Literatura Integrativa por meio do banco de dados PubMed. Foram incluídos artigos publicados entre os anos de 2017 e 2021. Os descritores utilizados foram: “Depression” AND “Pathophysiology” e “Depression” AND “Neurobiology”. A partir disso, 6 artigos foram selecionados após a leitura dos títulos e resumos, após a leitura completa dos artigos, 4 foram incluídos na revisão. Resultados: Os mecanismos atualmente reconhecidos, que visam explicar a fisiopatologia da depressão incluem: a hipótese da amina biogênica, desregulação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA) e fatores genéticos e ambientais. Outros possíveis contribuintes incluem neogênese, aumento da secreção de citocinas inflamatórias e níveis elevados de fator de liberação de corticotrofina (CRF). Desse modo, a combinação e a ligação desses fatores contribuem, de forma significativa, na construção da patogênese da depressão, por meio de mudanças estruturais e funcionais em inúmeras regiões cerebrais, pois reflete numa disfunção na neurogênese e neurotransmissão. Por isso, os indivíduos afetados apresentam uma sintomatologia variada, que acarreta em um enorme problema de saúde mundial, com alta prevalência e um pesado fardo socioeconômico. Logo, a complexidade da interação entre os fatores genéticos e ambientais culminam na má compreensão dos mecanismos neurobiológicos subjacentes à fisiopatologia da depressão. Em termos gerais, a depressão é um transtorno mental comum que afeta pessoas independentemente de idade, raça, etnia e gênero, resultando em efeitos adversos na saúde física, nas relações humanas e na função cognitiva, com deficiência associada e aumento da carga de doenças. Além disso, anormalidades dos sistemas de segundos mensageiros-receptores de serotonina 5-HT1A foi detectado em regiões cerebrais associadas à atrofia e comprometimento do funcionamento das regiões cortico-límbicas envolvidas na regulação do humor e da emoção, como hipotálamo, hipocampo e amígdala. Nesse sentido, o principal desafio para a compreensão dos mecanismos fisiopatológicos subjacentes à depressão é que não existe uma hipótese única que explique todos os aspectos dos sinais e sintomas da depressão. Conclusão: Foi possível verificar e descrever os mecanismos neuropatológicos essenciais para o diagnóstico e tratamento da depressão e as dificuldades referentes na compreensão dos mecanismos fisiopatológicos.
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Referências
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