LESÃO POR PRESSÃO CAUSADA PELA POSIÇÃO PRONA EM PACIENTES COM COVID-19.

Resumo

Introdução: A doença originada pelo novo coronavírus pode ser transmitida por contato direto com saliva ou gotículas respiratórias expelida durante tosse, espirros, fala ou canta a uma distância de 1 metro, além do mais, pessoas infectadas mesmo assintomáticas podem disseminar o vírus facilmente apresentando diversas formas clínicas da doença, com variados sintomas. A síndrome do desconforto respiratório agudo - SDRA é um processo secundário proveniente da infecção por COVID-19 em que a posição de pronação melhora a oxigenação e estado clínico do paciente. A posição prona tem como objetivo facilitar as trocas gasosas e aumentar os níveis de oxigênio pulmonar em pacientes acometidos com insuficiência respiratória aguda grave, mas por outro lado o posicionamento em prona tem como principal complicação as lesões por pressão (LPP), acometidas em regiões de proeminências ósseas como ombros, nariz, bochechas, testa, mandíbula, esterno e outros. Objetivo: Identificar as implicações e os locais suscetíveis a lesão por pressão acerca da utilização da posição prona na assistência ao paciente com síndrome do desconforto respiratório aguda provocada pelo COVID-19. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa conduzida na plataforma Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), utilizando os descritores: “Lesão por pressão", “pronação” e “Covid-19, termos previamente localizados no Decs, além dos operadores booleanos “AND” E “OR” como estratégia de busca. A inclusão dos estudos se deu a partir de artigos referentes à lesão por pressão causada pela posição de pronação nos idiomas português e espanhol dos anos de 2020 e 2021. Em contrapartida, foram excluídos artigos pagos, que não estavam disponíveis na íntegra. Resultados e discussões: Foram selecionados 4 estudos que mostram que a posição prona, apesar de ser indicada para o tratamento de pessoas com SDRA, o seu uso prolongado pode acarretar diversos danos ao paciente e favorecer o surgimento de lesão por pressão (LPP), uma vez que essa posição para se tornar eficaz para o processo de recuperação e expansão pulmonar tem sido mantida em um período de 10 a 16 horas, podendo resultar, por outro lado, em pontos de pressão na face, no hálux, pavilhão auricular, e crista ilíaca aumentando o potencial de desenvolvimento de lesões isquêmicas. Outrossim, a efetividade da posição prona reduz a mortalidade de pacientes com SDRA, ao mesmo tempo que destaca complicações, e seu uso deve ser criteriosamente observado. Conclusão: À vista disso, torna-se essencial a incorporação de materiais que tenham ações de caráter preventivo à prática clínica e a segurança, além de um adequado dimensionamento dos profissionais, visto que uma equipe treinada que seja capaz de implementar intervenções avançadas com estratégias como checklists contendo a vigilância no reposicionamento de cabeça e membros, assim como de cateteres, utilização de coxim, coberturas preventivas.