INVISIBILIZAÇÃO DA MULHER NEGRA DE MACEIÓ: uma análise acerca dos fatores de predominância da desigualdade racial (2020-2021)
Palavras-chave:
desigualdade racial, mulheres negras, racismoResumo
RESUMO Introdução: A desigualdade racial existente entre mulheres negras e brancas do município de Maceió, estado de Alagoas, é um problema público ocasionado por fatores como racismo, opressão de classe e sexismo e tem como consequências a hierarquização social, localizando mulheres negras na base da pirâmide social. Objetivo geral: verificar de que modo a vivência das mulheres negras de Maceió com o racismo estrutural influencia na desigualdade racial entre mulheres autodeclaradas negras e brancas. Objetivos específicos: identificar quais fatores geram a desigualdade racial e analisar como esses fatores são responsáveis por engendrar a realidade de invisibilização social entre elas. Identificar que características históricas, socioculturais e estatísticas de Maceió influenciam na manutenção do racismo estrutural e do preconceito e discriminação raciais. Metodologia: A fase inicial da pesquisa qualitativa se deu por meio da revisão bibliográfica acerca da problemática racial, de gênero e de classe, o que permitiu a análise do racismo estrutural e da desigualdade racial, sobretudo, em seu aspecto socioeconômico. A vivência da mulher negra de Maceió está sendo observada via investigação e análise de artigos e publicações de autores brasileiros e pesquisadores alagoanos sobre as características históricas do município relacionadas ao racismo que possibilitam compreender a desigualdade racial nesse município alagoano. A pesquisa de campo para coleta de dados teve início após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Unit/AL e caracteriza-se pela aplicação de questionários com uma amostra de 384 (trezentos e oitenta e quatro) mulheres na faixa etária de 20 a 59 anos, em Maceió. Foram selecionados oito bairros, dentre os quais quatro estão entre os bairros com maior renda familiar e quatro entre os que apresentam as menores rendas familiares (PMAS, 2014). A próxima etapa da pesquisa será a tabulação e exame dos dados obtidos. A interpretação dos dados será realizada tendo como referencial a literatura existente acerca do racismo estrutural, da desigualdade racial e da intersecção dos marcadores de diferença social, raça, gênero e classe, além do cotejamento com os dados mais recentes à época da análise, fornecidos pelo IPEA, IBGE e Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil, cujos dados mais recentes são do ano de 2010. Resultados: A revisão bibliográfica demonstra a influência do racismo estrutural na manutenção da desigualdade racial e a intersecção do sexismo e da opressão de classe no cotidiano da mulher negra. Conclusão: Posteriormente a conclusão da etapa de coleta de dados, a dimensão socioeconômica da desigualdade racial será aferida com os critérios de renda, condições de moradia, emprego, acesso à educação e acesso a bens de consumo e serviços. Como critérios de verificação da desigualdade entre mulheres autodeclaradas brancas e negras será realizada a desagregação dos dados por cor; de modo a verificar o percentual de mulheres autodeclaradas negras e o de mulheres brancas, possibilitando a identificação dos fatores de prevalência da desigualdade racial e como esses fatores exercem influência na realidade de invisibilização de mulheres negras de Maceió.
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Referências
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