AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO DA ESPESSURA DO OSSO CORTICAL DA CRISTA INFRAZIGOMÁTICA E BUCCAL SHELF EM DIFERENTES TIPOS DE PADRÕES FACIAIS: ESTUDO COM TOMOGRAFIAS COMPUTADORIZADAS DE CONE BEAM
Palavras-chave:
Implante Dentário Subperiósteo, Ortodontia, Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico.Resumo
Introdução: A crista infrazigomática e a buccal shelf são respectivamente, estruturas anatômicas localizada no processo zigomático da maxila e na linha oblíqua externa na mandíbula, cuja característica principal é ser uma região promissora para instalação de mini-implantes, pois possuem uma maior quantidade de osso corticalizado que garante a inserção dos mini-implantes com uma maior estabilidade e consequentemente diminuem as chances de insucesso. A espessura da cortical óssea é um dos fatores determinantes para o sucesso na estabilidade do uso de mini-implantes;pois a sua retenção é estabelecida pelo bloqueio mecânico; logo, em corticais mais delgadas, há o risco de não proporcionar uma maior eficiência na estabilidade primária dos mini-implantes. Objetivo: Este trabalho tem como finalidade analisar a espessura óssea na região da crista infrazigomática e buccal shelf em diferentes tipos de padrões faciais por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico, a fim de constatar a presença suficiente de osso corticalizado nessas regiões para inserção de mini-implantes. Métodos: A amostra de conveniência foi composta por 24 tomografias, divididas em três grupos: Dolicofacial (G1), Mesofacial (G2) e Braquifacial (G3), as quais foram mensuradas no solfware ImplantViewer 3. O estudo envolveu duas variantes: padrão de crescimento vertical e espessura da cortical óssea na área da crista infrazigomática e da buccal shelf; portanto, 30% da amostra foi utilizada para realização do cálculo de reprodutibilidade e posteriormente a amostra completa foi submetida à uma análise de variância, seguido do teste de post-hoc Tukey HSD, esse teste é um procedimento de comparação múltipla de etapa única e teste estatístico. Ele pode ser usado para localizar meios que são significativamente diferentes uns dos outros. Resultados: Não houve interferência do padrão facial para a crista infrazigomática; entretanto, houve diferença estatística entre os grupos braquifaciais (apresenta a direção de crescimento horizontal maior do que o crescimento vertical da face) e dolicofaciais (apresenta a direção de crescimento vertical maior do que o crescimento horizontal da face) como também entre os braquifaciais e mesofaciais (apresenta o crescimento proporcional entre os diâmetros vertical e horizontal) no que diz respeito a buccal shelf, onde os indivíduos braquifaciais mostraram maior espessura, seguido dos mesofaciais e dolicofaciais. Conclusão: Os indivíduos pertencentes ao grupo braquifacial apresentaram uma maior espessura na região da buccal shelf quando comparados aos demais; e, quando comparado á espessura óssea da crista infrazigomática, os diferentes padrões de crescimento vertical não possuem influencia significativa. Entretanto, ao avaliar por meio da tomografia computadorizada, todos os diferentes tipos de padrões faciais apresentaram espessura suficiente para a segura instalação dos mini-implantes.
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