AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO DA ESPESSURA DO OSSO CORTICAL DA CRISTA INFRAZIGOMÁTICA E BUCCAL SHELF EM DIFERENTES TIPOS DE PADRÕES FACIAIS: ESTUDO COM TOMOGRAFIAS COMPUTADORIZADAS DE CONE BEAM

Autores

  • Kamyla Maria Chagas Viana Silva Centro Universitário Tiradentes https://orcid.org/0000-0003-1940-8586
  • Luan Marcel Gonçalves Mélo Centro Universitário Tiradentes
  • Dayanne Hillary Azevedo de Carvalho
  • Danila Bezerra de Moura
  • Hibernon Lopes Filho

Palavras-chave:

Implante Dentário Subperiósteo, Ortodontia, Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico.

Resumo

Introdução: A crista infrazigomática e a buccal shelf são respectivamente, estruturas anatômicas localizada no processo zigomático da maxila e na linha oblíqua externa na mandíbula, cuja característica principal é ser uma região promissora para instalação de mini-implantes, pois possuem uma maior quantidade de osso corticalizado que garante a inserção dos mini-implantes com uma maior estabilidade e consequentemente diminuem as chances de insucesso. A espessura da cortical óssea é um dos fatores determinantes para o sucesso na estabilidade do uso de mini-implantes;pois a sua retenção é estabelecida pelo bloqueio mecânico; logo, em corticais mais delgadas, há o risco de não proporcionar uma maior eficiência na estabilidade primária dos mini-implantes. Objetivo: Este trabalho tem como finalidade analisar a espessura óssea na região da crista infrazigomática e buccal shelf em diferentes tipos de padrões faciais por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico, a fim de constatar a presença suficiente de osso corticalizado nessas regiões para inserção de mini-implantes. Métodos: A amostra de conveniência foi composta por 24 tomografias, divididas em três grupos: Dolicofacial (G1), Mesofacial (G2) e Braquifacial (G3), as quais foram mensuradas no solfware ImplantViewer 3. O estudo envolveu duas variantes: padrão de crescimento vertical e espessura da cortical óssea na área da crista infrazigomática e da buccal shelf; portanto, 30% da amostra foi utilizada para realização do cálculo de reprodutibilidade e posteriormente a amostra completa foi submetida à uma análise de variância, seguido do teste de post-hoc Tukey HSD, esse teste é um procedimento de comparação múltipla de etapa única e teste estatístico. Ele pode ser usado para localizar meios que são significativamente diferentes uns dos outros. Resultados: Não houve interferência do padrão facial para a crista infrazigomática; entretanto, houve diferença estatística entre os grupos braquifaciais (apresenta a direção de crescimento horizontal maior do que o crescimento vertical da face)  e dolicofaciais (apresenta a direção de crescimento vertical maior do que o crescimento horizontal da face) como também entre os braquifaciais e mesofaciais (apresenta o crescimento proporcional entre os diâmetros vertical e horizontal) no que diz respeito a buccal shelf, onde os indivíduos braquifaciais mostraram maior espessura, seguido dos mesofaciais e dolicofaciais. Conclusão: Os indivíduos pertencentes ao grupo braquifacial apresentaram uma maior espessura na região da buccal shelf quando comparados aos demais; e, quando comparado á espessura óssea da crista infrazigomática, os diferentes padrões de crescimento vertical não possuem influencia significativa. Entretanto, ao avaliar por meio da tomografia computadorizada, todos os diferentes tipos de padrões faciais apresentaram espessura suficiente para a segura instalação dos mini-implantes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Kamyla Maria Chagas Viana Silva, Centro Universitário Tiradentes

Acadêmica de Odontologia do Centro Universitário Tiradentes (Maceió-AL, Brasil)

Luan Marcel Gonçalves Mélo, Centro Universitário Tiradentes

Acadêmico de Odontologia do Centro Universitário Tiradentes (Maceió-AL, Brasil)

Hibernon Lopes Filho

Doutor em Ortodontia e Professor de Ortodontia do Centro Universitário Tiradentes (Maceió-AL, Brasil)

Referências

Namiuchi Júnior OK, Herdy JL, Flório FM, Motta RGL. Utilização do mini-implante no tratamento ortodôntico. Rev. Gaúcha Odontol. 2013 Jul-Dec;61:453-60

Marassi C, Marassi C. Mini-implantes ortodônticos como auxiliares da fase de retração anterior. Rev. Dent. Press Ortodon. Ortop. Facial. 2008 Oct;13(5): 57-75.

Kyung, HM, Park HS, Bae SM, Sung JH, Kim IB. Development of orthodontic micro-implants for intraoral anchorage. J. Clin. Orthod. 2003; 37(6):321-28.

Marassi C, Leal A, Herdy JL. Mini-implantes como método de ancoragem em Ortodontia. In: SAKAI, E. et al. Nova visão em Ortodontia: Ortopedia Funcional dos Maxilares. 2004; ed. São Paulo: Ed. Santos: 967-74.

Centeno ACT. Avaliação do osso cortical em áreas de inserção de miniimplantes inter-radiculares em indivíduos de diferentes faixas etárias e padrões faciais. Santa Maria, RS. Dissertação [Mestrado em Ciências odontológica] – Universidade Federal de Santa Maria; 2018.

Ludwig B, Glasl B, Lietz CLT, Bowman SSJ. Inserção de mini-implantes. JTE (Periódicos na internet). 2016 (acesso em 14 de fevereiro de 2019). Disponível em: https://docplayer.com.br/9719938-Insercao-de-mini-implantes.html

Marquezan M, Mattos CT, Sant'Anna EF, de Souza MM, Maia LC. Does cortical thickness influence the primary stability of miniscrews? A systematic review and metaanalysis. Angle Orthod. 2014; 84(6): 1093-103.

Carano A, Stefano V, Leone P, Siciliani G. Clinical applications of the miniscrews anchorage system. J Clin orthod. 2005 Jan;39(1): 9-42.

Almeida MR, Almeida RR, Chang C. Biomecânica do tratamento compensatório da má oclusão de Classe III utilizando ancoragem esquelética extra-alveolar. Rev Clín Ortod Dental Press. 2016 Apr-May;15(2):74-86.

Cope J. Temporary anchorage devices in orthodontics: a paradigm shift. Semin Orthod. 2005;11(1):3-9.

Araújo TM, Nascimento MHA, Bezerra F, Sobral MC. Ancoragem esquelética em Ortodontia com miniimplantes. Rev. Dent. Press Ortodon. Ortop. Facial. 2006 Aug;11(4):126-56.

Buj M, Vargas IA, González Hernández, PA. O uso de implantes para ancoragem em Ortodontia. 2005; 11(20):43-50.

Menezes CC. Influência do padrão de crescimento sobre a espessura da cortical óssea alveolar e sua correlação com a estabilidade dos mini-implantes. Dissertação [Mestrado em Odontologia] – Faculdade de Odontologia de Bauru. Universidade de São Paulo, Bauru, 2011.

Chang C, Liu SS, Roberts WE. Primary failure rate for 1680 extra-alveolar mandibular buccal shelf mini-screws placed in movable mucosa or attached gingiva. Angle Orthod. 2015;85(6):905-10.

Costa A, Raffaini M, Melsen B. Miniscrews as orthodontic anchorage: a preliminary report. Int J Adult Orthod Orthognath Surg. 1998;13:201-9.

Cheng SJ, Tseng IY, Lee JJ, Kok SH. A prospective study of the risk factors associated with failure of mini-implants used of orthodontic Anchorage. Int J Oral Maxillofac Implants. 2004;19(1):100-6.

Tweed CH. The Frankfort-mandibular plane angle in orthodontic diagnosis, classification, treatment planning, and prognosis. Am J Orthod Oral Surg. 1946 Apr; 32:175-230.

Masumoto T, Hayashi I, Kawamura A, Tanaka K. Relationships among facial types, buccolingual molar inclination, and cortical boné thickness of the mandible. Eur J Orthod. 2001;23:15-233.

Cheng YJ, Chen YH, Lin LD, Yao CC. Removal torque of miniscrews used for orthodontic anchorage—a preliminar report. In J Oral Maxillofac Implants. 2006, 21 (2): 283-9.

Faber J, Morum TFA, Leal S, Berto PM, Carvalho CKS. Miniplacas permitem tratamento eficiente e eficaz da mordida aberta anterior. R Dental Press Ortodon Ortop Facial. Maringá, v. 13, n. 5, p. 144-157, set./out. 2008

Wilmes B, Rademacher C, Olthoff G, Drescher D. Parameters affecting primary stability of orthodontic mini-implants.J Orofac Orthop. 2006;67(3):162-74.

Deguchi T, Takano-Yamamoto T, Kanomi R, Hartsdiel JK Jr., Roberts WE, Garetto LP. The use of small titanium screws for orthodontic Anchorage. J Dent Res. 2003; 28(5):377-81.

Crismani AG, Bertl MH, Celar AG, Bantleon HP, Burstone CJ. Miniscrews in orthodontic treatment: review and analysis of published clinical trials. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2010;137(1):108-13.

Kumar V, Ludlow J, Cevidanes LHS, Mol A. In vivo comparison of conventional and cone beam CT Synthesized Cephalograns. Angle Orthod. 2008;78(5):873-9.

Elshebiny T, Palomo JM, Baumgaertel S. Anatomic assessment of the mandibular buccal shelf for miniscrew insertion in white patients. American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics. 2018 Apr;125(4).

Miyawaki S, Koyama I, Inoue M, Mishima K, Sugahana T, Takano-Yamamoto T. Factors associated with the stability of titanium screws placed in the posterior region for oorthodontic Anchorage. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2003;124(4):373-8.

Tsunori M, Mashita M, Kasai K. Relationship between facial types and tooth and boné characteristics of the mandible obtaines by CT scanning. Angle Orthod. 1998;68(6):557-62.

Horner KA, Bherents RG, Kim KB, Buschang PH. Cortical boné and ridge thickness of hyperdivergent and hypodivergent adults. American Journal of Orthodontic and Dentofacial Rothopedics. 2012;142(2).

Motoyoshi M, Yoshida T, Ono A, Shimizu N. Effect of cortical boné thickness and implant placement torque on stabilly of orthocontic mini-implant. Int J Oral Maxillofac Implant. 2007 Sep-Oct; 22(5)779-84.

Santos AR, Castellucci M, Crusoé-Rebelo IM, Sobral MC. Mapeamento da crista infrazigomática com vistas à instalação de mini-placas ortodônticas: um estudo tomográfico. Dental Press J Orthod. 2017; 22(4)70-6.

Publicado

2021-11-12

Como Citar

Silva, K. M. C. V., Mélo, L. M. G., Carvalho, D. H. A. de, Moura, D. B. de, & Filho, H. L. (2021). AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO DA ESPESSURA DO OSSO CORTICAL DA CRISTA INFRAZIGOMÁTICA E BUCCAL SHELF EM DIFERENTES TIPOS DE PADRÕES FACIAIS: ESTUDO COM TOMOGRAFIAS COMPUTADORIZADAS DE CONE BEAM. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (9). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/15098

Edição

Seção

Seminários de Temas Livres - Ciências da Saúde e Biológicas