FATORES QUE INTERFEREM NA QUALIDADE DE VIDA DOS PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM DA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA.
Palavras-chave:
bem-estar, enfermeiro, pronto-atendimento.Resumo
RESUMO: Introdução: Sabe-se que a atividade laboral na área da saúde está em terceiro lugar na classificação das profissões mais estressantes, atrás apenas dos controladores de voo e motoristas de transporte coletivo, e dos policiais e seguranças, que ocupam o primeiro lugar. Além do alto aporte de estresse que estes profissionais estão submetidos, ainda há a questão do ambiente insalubre, onde há exposição a riscos do serviço, como acidentes, infecções cruzadas, etc. Enfatiza-se que, em predominância, profissionais que atuam nos setores de urgência e emergência no âmbito hospitalar estão sempre mais expostos à situações de estresse, visto que há grande necessidade de ações imediatas e eficazes durante todo o período de trabalho. Objetivo: Descrever fatores que interferem na qualidade de vida dos profissionais da enfermagem que atuam na urgência e emergência. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, que possui recorte temporal entre 2011 a 202. A busca avançada foi realizada através da Biblioteca Virtual em Saúde, conforme os descritores em ciências da saúde: “Qualidade de Vida”, “Profissionais da Enfermagem”, e “Emergências”. A busca resultou em um total de 31 artigos, mas que após análise de títulos, resumos, e leitura na íntegra, permaneceram 10 artigos disponibilizados nas bases de dados LILACS e BDENF. Resultados: Sabendo que a qualidade de vida está ligada ao bem-estar em diferentes aspectos do cotidiano do indivíduo, inclusive ao laboral, os profissionais de enfermagem no âmbito da urgência e emergência têm essa qualidade de vida alterada negativamente principalmente pelo estresse no ambiente de trabalho, devido ao alto dinamismo do serviço, que demanda por vezes desgastes físicos e psicológicos, que podem se relacionar de forma direta com a saúde do colaborador. A falta de tempo para a família e lazer, a desvalorização profissional e a baixa remuneração, aliada às preocupações diárias também são considerados fatores que tendem a prejudicar ainda mais a qualidade de vida desses profissionais, devido a jornadas de trabalho duplicadas e consequentemente poucas horas de sono e descanso. Estas altas jornadas de trabalho podem acarretar, além de estresse e fadiga, enxaqueca, hipertensão, e até Síndrome de Burnout. Tornou-se clara também a relação entre a atividade laboral na emergência e a presença de distúrbios osteomusculares, que se materializam em forma de dor ou desconforto, principalmente na região do pescoço (cervical), e lombar. Conclusão: Sabendo que a qualidade de vida está ligada ao bem-estar em diferentes aspectos do cotidiano do indivíduo, inclusive laboral, pudemos concluir que a desvalorização profissional e baixa remuneração somado a falta de lazer e descanso, são fatores que têm contribuído para que os profissionais de enfermagem no âmbito da urgência e emergência sintam-se insatisfeitos no ambiente de trabalho.
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Referências
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