A INFORMALIZAÇÃO DO TRABALHO E OS IMPACTOS NA SAÚDE MENTAL

Autores

Palavras-chave:

Psicanálise, psicologia, saúde menta

Resumo


A INFORMALIZAÇÃO DO TRABALHO E OS IMPACTOS NA SAÚDE MENTAL


 Pedro Gustavo Ferreira de Melo¹, e-mail: pedro.gustavo00@souunit.com.br 

Taynara Maria da Silva Wanderley², e-mail: taynara.wanderley@ip.ufal.br

 Karolline Hélcias Pacheco Acácio³(Orientador), e-mail:karolline.pacheco@souunit.com.br


Acadêmico do curso de psicologia pelo Centro Universitário Tiradentes, Alagoas, AL.¹ Acadêmico do curso de psicologia pela Universidade Federal de Alagoas, Alagoas, AL.² Docente do curso de psicologia pelo Centro Universitário Tiradentes, Alagoas, AL.³

Centro Universitário Tiradentes/Psicologia/Maceió, AL.

7.00.00.00-0 - Ciências Humanas/  7.07.00.00-1 - Psicologia


RESUMO:

Introdução: O fenômeno da informalização do trabalho mostra-se como mais uma forma de desvalorização no que se diz respeito a noção do indivíduo como ser consciente além da objetificação deste como ferramenta onde invariavelmente o mesmo deve buscar sua própria gerência e se auto cuidar, uma vez que, os direitos trabalhistas conquistados no passado são continuamente desestruturados e sucateados de uma forma que pode até ser considerada proposital,tudo isto para focalizar em uma economia neoliberal informal e que invisibiliza a saúde mental de seu trabalhador e posteriores consequências deste ato.  Objetivo(s): Compreender como o predatismo da economia busca seu lucro incessantemente acima da valorização do trabalhador, desprezando-a e consequentemente informalizando e desvalorizando o indivíduo e as sequelas no aspecto psicológico deste. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica em bancos de dados como o SciELO e Google Acadêmico, onde foram selecionados artigos com os descritores "psicanálise", ”psicologia”, "trabalho”, os quais foram selecionados três artigos que após a leitura foram considerados relevantes para a discussão proposta. Além disso, foram utilizadas obras de psicanalistas como Sigmund Freud, Christian Dunker, Nelson da Silva Junior e Vladimir Safatlepara o embasamento do resumo. Resultados: Observa-se que a informalidade recai demasiadamente sobre o trabalhador mais vulnerável economicamente e o coloca em uma situação onde suas necessidades são subjugadas para suprir a vontade de empresas, que a partir de uma idealização do ser humano como algo puramente numérico e algorítmico, anulam sua singularidade como indivíduo e deixam de enxergá-lo como tal para o transformar apenas em massa trabalhadora e consequentemente levando-o a exaustão mental. Outrossim, nota-se que esta idealização está propositalmente planejada como fruto de uma sociedade capitalista que invisibiliza o trabalhador, o rebaixando de sua posição de sujeito para objeto e não leva em consideração sua subjetividade. Ademais, é possível perceber que sua valia está apenas voltada para a sua capacidade de produzir lucro, sendo este trabalhador negligenciado perante a ausência de regulamentação e manutenção de leis trabalhistas, estas que por sua vez são deslegitimadas pelo próprio Estado, o qual deveria focalizar na saúde mental de sua população e não apenas nos benefícios que atendem ao mercado. Conclusão: Infere-se, portanto, quehá uma urgência de estreitar laços e possibilitar uma conversa multiprofissional entre os trabalhadores da saúde em conjunto com os trabalhadores informalizados, buscando o enfoque na desintoxicação psico-fisiológica-social e a fim de propor um suporte adequado evitando desta forma o adoecimento psíquico, tão comum devido às novas forma de exploração que o neoliberalismo impõe.


Palavras-chave: Psicanálise; psicologia; saúde mental

ABSTRACT:


Introduction: The phenomenon of informalization of work is one more form of devaluation with regard to the notion of the individual as a conscious being, in addition to the objectification of this as a tool where invariably they must seek their own management and self-care, a since, the labor rights conquered in the past are continuously destructured and scrapped in a way that can even be considered deliberate, all this to focus on an informal neoliberal economy and that makes the mental health of its workers and subsequent consequences of this act invisible. Objective(s): To understand how the economy's predatism seeks its profit incessantly above the worker's valorization, despising it and consequently informalizing and devaluing the individual and the consequences in its psychological aspect. Methodology: A literature search was carried out in databases such as SciELO and Google Academic, where articles with the descriptors "psychoanalysis", "psychology", "work" were selected, where three articles were selected that after reading were considered relevant for the proposed discussion. In addition, works by psychoanalysts such as Sigmund Freud, Christian Dunker , Nelson da Silva Junior and Vladimir Safatle were used for the basis of the abstract. Results: It is observed that informality falls too heavily on the economically most vulnerable worker and places them in a situation where their needs are subjugated to to supply the will of companies, which, based on an idealization of the human being as something purely numerical and algorithmic, nullify their uniqueness as an individual and fail to see them as such, transforming them only into a working mass and consequently leading to mental exhaustion . Furthermore, it is noted that this idealization is purposely planned as the result of a society capitalist that makes the worker invisible, lowering him from his position from subject to object and does not take into account his subjectivity. Furthermore, it is possible to see that their value is only focused on their ability to produce profit, and this worker is neglected in the absence of regulation and maintenance of labor laws, which in turn are delegitimized by the State itself, which should focus on mental health of its population and not just in the benefits that serve the market.Conclusion: It is inferred, therefore, that there is an urgent need to strengthen ties and enable a multidisciplinary conversation between health workers together with informal workers, seeking to focus on psycho-physiological-social detoxification and in order to propose adequate support, avoiding this forms the psychic illness, so common due to the new forms of exploitation that neoliberalism imposes.


 

Keywords: Psychoanalysis; psychology; mental health

Referências/references:


  1. ABÍLIO, Ludmila Costhek. Uberização: Informalização e o trabalhador just-in-time. Trabalho, Educação e Saúde, v. 19, 2021, e00314146. DOI: 10.1590/1981-7746-sol00314. 2020. Disponível em <https://www.scielo.br/j/rbso/a/CpWfR8RYCdd9skYTLxJjd5p/?lang=pt> Acesso em: 30 de set. de 2021.

  2. DUNKER, Christian ; SAFATLE, Vladimir ; JUNIOR, Nelson da Silva. Neoliberalismo como gestão do sofrimento psíquico, v. 1, Autêntica, 2021.

  3. FILGUEIRAS, Vitor; ANTUNES, Ricardo. Plataformas digitais, Uberização do trabalho e regulação no Capitalismo contemporâneo. Revista Contracampo, v. 39, n. 1, 2020.

  4. FREUD, Sigmund. Obras completas: O mal-estar na civilização, novas conferências introdutórias à psicanálise e outros texto, v. 18, São Paulo: Compania das Letras, 2010.

  5. UCHÔA-DE-OLIVEIRA, Flávia Manuella. Saúde do trabalhador e o aprofundamento da uberização do trabalho em tempos de pandemia. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, v. 45, 2020. Disponível em <https://www.scielo.br/j/tes/a/PmBnrqk937D6LkhQj8fWtyC/?format=pdf&lang=pt> Acesso em 30 de set. de 2021.


 

 



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Biografia do Autor

Taynara Maria da Silva Wanderley, Universidade Federal de Alagoas

Acadêmico do curso de psicologia pela Universidade Federal de Alagoas, Alagoas, AL.²

Referências

Referências/references:

ABÍLIO, Ludmila Costhek. Uberização: Informalização e o trabalhador just-in-time. Trabalho, Educação e Saúde, v. 19, 2021, e00314146. DOI: 10.1590/1981-7746-sol00314. 2020. Disponível em <https://www.scielo.br/j/rbso/a/CpWfR8RYCdd9skYTLxJjd5p/?lang=pt> Acesso em: 30 de set. de 2021.

DUNKER, Christian ; SAFATLE, Vladimir ; JUNIOR, Nelson da Silva. Neoliberalismo como gestão do sofrimento psíquico, v. 1, Autêntica, 2021.

FILGUEIRAS, Vitor; ANTUNES, Ricardo. Plataformas digitais, Uberização do trabalho e regulação no Capitalismo contemporâneo. Revista Contracampo, v. 39, n. 1, 2020.

FREUD, Sigmund. Obras completas: O mal-estar na civilização, novas conferências introdutórias à psicanálise e outros texto, v. 18, São Paulo: Compania das Letras, 2010.

UCHÔA-DE-OLIVEIRA, Flávia Manuella. Saúde do trabalhador e o aprofundamento da uberização do trabalho em tempos de pandemia. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, v. 45, 2020. Disponível em <https://www.scielo.br/j/tes/a/PmBnrqk937D6LkhQj8fWtyC/?format=pdf&lang=pt> Acesso em 30 de set. de 2021.

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Publicado

2021-11-12

Como Citar

Ferreira de Melo, P. G., & da Silva Wanderley, T. M. (2021). A INFORMALIZAÇÃO DO TRABALHO E OS IMPACTOS NA SAÚDE MENTAL. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (9). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/15066

Edição

Seção

Seminários de Temas Livres - Ciências da Saúde e Biológicas