O Mini INSURE e o tratamento da Síndrome do desconforto respiratório
Palavras-chave:
Displasia broncopulmonar, Mini INSURE, Síndrome do Desconforto RespiratórioResumo
A síndrome do desconforto respiratório neonatal (SDRN) é causada pela quantidade reduzida ou ausência de surfactante, quantitativa e qualitativa, devido à imaturidade do parênquima pulmonar. O quadro clínico surge nas primeiras 24 horas de vida, é caracterizado por atelectasia pelo colabamento dos alvéolos, causando apneia seguida por hipoxemia, hipotensão arterial e esforço respiratório. Se não tratado pode evoluir para uma falência respiratória e colapso circulatório. Nesse contexto, utiliza-se o INSURE (Intubação, Surfactante e Extubação), uma estratégia na qual, combina o uso de intubaçãoendotraqueal, que permite a aplicação de surfactante exógeno por um pequeno tubo, uso de ventilação mecânica, e posterior extubação. A partir dessa técnica surge o Mini INSURE, que segue os mesmos passos, mas substitui a ventilação mecânica orotraqueal, por uma ventilação positiva menos invasiva, o CPAP, e não força a entrada de surfactante por meio de insuflações, priorizando sua disseminação pelarespiração espontânea dos bebês. Objetivo: Descrever o Mini INSURE e seus benefícios nasíndrome do desconforto respiratório.Metodologia: Para esse estudo, foi feita uma pesquisa na literatura dos últimos 3 anos, utilizando os seguintes bancos de dados: PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). As estratégias de busca utilizadas foram estabelecidas pela combinação dos seguintes descritores com o operador Booleano “AND”: ‘’RespiratoryDistressSyndrome’’, ‘’Treatment’’, “Newborn”. No qual foram selecionados 8 artigos e 1 capítulo de livro.Resultados e Discussão: Assim o primeiro protocolo evita o uso de ventilação mecânica, preterindo o uso de CPAP nasal e inspiração do surfactante, que comparada com a intubação de recém-nascidos, demonstra-se mais eficiente na reversão do quadro dos pacientes, devido à distribuição mais homogênea do surfactante, posto que contribui para a ação dele nos alvéolos e diminui a necessidade de respiração mecânica, o que evita as complicações associadas ao uso da ventilação mecânica como a displasia broncopulmonar (DBP). Nesse contexto, a chance de DBP foi de 2,4 e 14,9 vezes maior com o uso da ventilação mecânica após 24 horas e acima de 7 dias, respectivamente. Esse método foi avaliado em diferentes momentos da doença, e é possível concluir que tanto precoce ou em caso de administração tardia de surfactante, seu uso deve ser priorizado, se as condições do paciente permitirem. Outros fatores facilitadores ajudam na conduta são: equipe com experiência, não esperar a radiografia de tórax, e realizar logo em seguida o Mini INSURE. Conclusão: A intervenção através do protocolo Mini INSURE torna-se vantajoso em muitos casos nos quais a ventilação mecânica não é necessáriaDownloads
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